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A falta de movimento – exercício – diminui a circulação sanguínea cerebral

A falta de exercício diminui a circulação cerebral, esta foi a principal conclusão de um novo estudo – realizado pela Universidade de Maryland (UMD) Escola de Saúde Públicano Estados Unidos publicado recentemente na revista Frontiers in Aging Neuroscience – encontrou evidencias significativas na relação entre aptidão física e saúde cognitiva.

O estudo demonstrou que o treinamento de endurance (movimentos musculares repetitivos prolongados como o ciclismo, caminhada, corrida e musculação) melhoraram a saúde vascular cerebral causou efeitos positivos sobre o hipocampo ( área cerebral responsável pela memória e aprendizado).

O autor principal, J. Carson Smith, professor associado de cinesiologia na UMD diz que a manutenção do hipocampo é fundamental na manutenção da aprendizagem e da memória.

Os estudos com camundongos e ratos demonstraram que o exercício potencializa o funcionamento de vasos sanguíneos e células do cérebro. Além disso, a pesquisa mostra que em pessoas mais velhas, o exercício pode evitar que o hipocampo diminua.

“O estudo demonstrou que pessoas que pararam de se exercitar por apenas 10 dias apresentaram uma diminuição do fluxo sanguíneo para as regiões do cérebro que são importantes para manter a saúde cognitiva”.
Usando ressonância (MRI) Scans cerebrais magnéticos, a equipe mediu o fluxo sanguíneo cerebral em indivíduos saudáveis, aptos fisicamente com idade entre 50-89 anos (média de 61) antes e depois, de um período de 10 dias, durante o qual eles pararam totalmente o exercício.

Os resultados mostraram reduções significativas na redução do fluxo sanguíneo cerebral em oito regiões do cérebro – incluindo o hipocampo direito e esquerdo.

No entanto, os pesquisadores não encontraram alterações significativas na função cognitiva – que foi mensurada utilizando testes de fluência verbal – nos participantes antes e depois de se exercitarem.

Os participantes que se voluntariaram para o estudo eram todos “atletas” que os pesquisadores descreveram como “uma população diferenciada que praticava atividade física frequentemente”.

Os pesquisadores foram surpreendidos ao descobrir esses atletas seniores obtiveram alta capacidade aeróbica relacionada à sua idade (a capacidade aeróbica fica reduzida no envelhecimento).

O VO2 (volume de oxigênio) máximo estava no acima de 10% do esperado para sua faixa etária (acima do percentil 90). VO2 max é o volume de oxigênio uma pessoa consome durante o exercício em sua capacidade máxima.

Com uma história de treinamento de resistência contínua com média de 29 anos, os voluntários participaram regularmente em eventos relacionados a corridas nacionais e regionais.

Pouco antes de tomar parte no estudo, eles estavam treinando uma média de 59 quilômetros, 5 dias por semana.
Indivíduos fisicamente inativos, são mais propensos a ter problemas cognitivos e demência com a idade. No entanto, não foi encontrada qualquer evidência neste estudo de que as habilidades cognitivas pioraram muito após a interrupção do exercício por até 10 dias.

Curiosidades sobre o Hipocampo:
O Hipocampo está situado no lóbulo temporal no centro do cérebro;

O Hipocampo está relacionado à memória (novas memórias e aprendizado) e a função visuoespacial (nosso GPS, orientação no tempo e espaço);

Lesões no Hipocampo pode acarretar perda de memória e dificuldades em estabelecer novas memórias – pessoas submetidas a remoção bilateral do hipocampo não conseguem aprender novas informações, simplesmente não constroem novas memórias;

Em portadores de Doença de Alzheimer os sintomas iniciais estão associados à lesão no Hipocampo;

A forma do Hipocampo se assemelha a um cavalo marinho.

Para construção de uma memória de longa duração são necessárias a expressão gênica e a síntese proteica nas primeiras três a seis horas, no hipocampo ou em outras regiões vinculadas a esse processo;

No hipocampo se formam as memórias de curto prazo.

Fonte:
http://www.medicalnewstoday.com/articles/312627.php

Izquierdo, Iván, Lia RM Bevilaqua, and Martín Cammarota. “A arte de esquecer.” estudos avançados 20.58 (2006): 289-296.

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