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Alimentos funcionais

Olá pessoal, tudo bem? O nosso post de hoje irá falar sobre alimentos funcionais.

Tenho certeza que você já ouviu falar desse tema, mas … calma. O assunto é muito abrangente e interessante, por isso, precisamos entender alguns conceitos antes.

O entendimento de que os alimentos poderiam ter a capacidade de prevenir doenças e serem utilizados como forma de tratamento surgiu há 2.500 anos atrás quando Hipócrates, considerado o pai da Medicina, declarou: “Faça do seu alimento seu medicamento e do seu medicamento seu alimento.”

No entanto, o termo alimento funcional é recente, tendo surgido no Japão, na década de 80, quando o governo desse país visando diminuir os gastos com a previdência social, principalmente, referentes ao amparo à saúde, iniciou estudos com alimentos para relacionar a ingestão de alimentos de sua população com os baixos índices epidemiológicos de câncer de mama, cólon e a alta longevidade. Esses alimentos, no Japão, foram definidos como Alimentos para Uso Específico de Saúde (Foods for Specified Health Use – FOSHU) em 1991.

Por definição, segundo Araújo & Araújo (1999), ALIMENTOS FUNCIONAIS são produtos que contem, além dos nutrientes conhecidos, compostos capazes de causar efeitos benéficos à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. Os alimentos funcionais caracterizam-se por oferecer vários benefícios à saúde, além do valor nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, tais como diferentes tipos de câncer.

Com relação ao consumo é importante estar atento a algumas recomendações, como:

– É necessário que o consumo destes alimentos seja regular a fim de que seus benefícios sejam alcançados. A recomendação de consumo objetiva aumentar a ingestão de vegetais, frutas e cereais integrais de forma regular na alimentação, visto que grande parte dos componentes ativos estudados encontra-se nos alimentos de origem vegetal.

– Outra recomendação, com base nos estudos realizados, é substituir, pelo menos uma vez na semana, o consumo de carne bovina (de vaca), embutidos e outros produtos à base desse tipo de carne por peixes de águas frias e profundas (salmão, atum, sardinha, cavala, arenque), os quais são ricos em ácidos graxos ômega 3.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), visando dar maior clareza e transparência à alegação de propriedade funcional ou de saúde, os alimentos devem ter sua eficácia reconhecidas pela comunidade científica através de pesquisas.

Para que os resultados sejam eficientes, é importante que o consumidor siga as instruções, apresentadas no rótulo do alimento, quando processado pela indústria. É importante que o produto seja utilizado da forma recomendada pelo seu fabricante.

É importante, ainda, que o consumidor saiba que esses alimentos somente exercem seus efeitos no organismo de forma adequada quando fazem parte de uma dieta equilibrada. Isto quer dizer que se o indivíduo estiver utilizando um alimento para o controle da taxa de colesterol sanguíneo, ele somente terá efeito positivo, se a ingestão deste alimento estiver associada ao consumo de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol.

A seguir apresentamos um quadro com os alimentos funcionais, seus princípios ativos, benefícios à saúde e a quantidade recomendada de ingestão, de acordo com a Associação Americana de Dietética (American Dietetic Association – ADA).

Lembrando que somente os profissionais habilitados em Medicina e Nutrição podem fazer, respectivamente, o diagnóstico de doenças e indicação de tratamento adequado e prescrição de cardápios de acordo com a situação fisiológica e nutricional do indivíduo.

Espero ter esclarecido as dúvidas referentes a esse tema. Nos próximos posts abordaremos, de forma mais detalhada, a ação de cada um desses compostos e alimentos em nosso organismo.

Referências

Araújo WMC & Araújo RAC. Alimentos funcionais. Rev Bras Nutr Clin 1999; 14(14): 237-46.
Hassler CM, Brown AC, American Dietetic Association. Position of the American Dietetic Association: functional foods. J Am Diet Assoc 2009; 109 (4): 735-46.

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