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Anemia na maturidade – Causas mais comuns

A anemia pode ser definida como uma redução no número de glóbulos vermelhos circulantes abaixo dos limites normais de idade e gênero.

A anemia pode ser definida como uma redução no número de glóbulos vermelhos circulantes abaixo dos limites normais de idade e gênero. É reconhecida quando o portador apresenta na avaliação do sangue baixo valor de hematócrito, hemoglobina ou contagem de glóbulos vermelhos. O hematócrito é a métrica mais usada para este fim.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, pode ser considerado portador de anemia indivíduos com valores de hemoglobina abaixo de 13g∕dl para homens e 12g∕dl para mulheres adultos, no entanto estes valores podem  variar a depender da idade e da condição clínica, como em mulheres gestantes que pode ser considerada normal o valor de 11g∕dl.

A anemia é uma condição comum a medida que envelhecemos, geralmente multifatorial  e sua prevalência aumenta com a idade. Embora o declínio da hemoglobina fosse considerada no passado,  uma consequência normal do envelhecimento, evidências demonstram que a presença de anemia nas pessoas idosas reflete saúde comprometida e aumento da vulnerabilidade para desfechos adversos

A atitude é um fator que pode alterar este níveis, pois em altas altitudes pode ocorrer uma produção maior de eritropoetina, elevando os níveis de hemoglobina.

Existem várias possíveis causas de anemia, entre elas perda,  de sangue aguda ou crônica, reações a drogas, autoimunidade, supressão da medula óssea por processos sistêmicos ou intrínsecos de doenças das células estaminais hematopoiéticas, fatores externos como queimaduras, afogamento, radiação ionizante, desnutrição, entre outros.

Muitas formas de anemia são decorrentes de defeitos intrínsecos na função da medula óssea, ou na estrutura ou função de produtora de eritróides ou eritrócitos. No entanto, na maioria dos pacientes com anemia, a causa subjacente será processos de doenças sistêmicas, exposições tóxicas, medicamentos, agentes infecciosos ou fatores físicos (por exemplo, calor, afogamento de água doce) que afetam negativamente o eritrócito.

A causa mais comum de anemia é o sangramento. Uma avaliação completa do sangramento deve direcionar a terapêutica deste agravo, mesmo que outros fatores contribuam ou causem a coexistência da anemia. O sangramento revela frequentemente outras anormalidades subclínicas que predispõem a anemia.

Embora existam muitos testes que podem ser feitos para auxiliar o tratamento de anemia, a maioria dos casos será diagnosticada com base em uma história completa (particularmente para sangramento ou doenças sistêmicas, inadequações nutricionais, medicamentos), e através exame físico. Avaliações laboratoriais que incluem uma contagem sanguínea completa com diferencial, uma contagem de reticulócitos e uma revisão pericial do esfregaço de sangue periférico.

Entre as abordagens diagnósticas possíveis deve-se considerar primeiro se a anemia deve-se à perda de sangue, à pouca produção de glóbulos vermelhos ou à destruição excessiva de células vermelhas, reconhecendo que, em alguns casos, mais de um processo pode contribuir para sua ocorrência.

Tipos de Anemias

As anemias microcíticas decorrentes de defeitos na produção de hemoglobina da deficiência de ferro (mais comum), talassemia, anemias sideroblásticas ou, a forma incomum, anemia da inflamação crônica. O traço de talassemia geralmente apresenta microcitose profunda e anemia leve a moderada .

As anemias macrocíticas devido a anemias megaloblásticas, mais comumente por  deficiência de vitamina B12 ou toxicidades de drogas que interrompem seu metabolismo. A deficiência de folato é uma causa muito menos comum de anemia macrocítica nos Estados Unidos desde a introdução de suplementos de folato em alimentos. A “macrocitose benigna” está associada a doença hepática e / ou alcoolismo, mas não é por si só, geralmente acompanhada de anemia. A macrocitose leve ou a presença de glóbulos vermelhos macrocíticos às vezes é encontrada em síndromes mielodisplásicas e hipotireoidismo.

A maioria das anemias presentes com glóbulos vermelhos normocíticos. Os pontos mais importantes sobre as anemias normocíticas, antes de pensar nas inúmeras outras causas, é lembrar que a anemia por deficiência de ferro, se torna microcítica somente em estágio avançado.

Sinais e Sintomas

A depender da causa os sinais e sintomas irão variar. No caso de anemias carenciais (falta de ferro) observa-se queda de cabelos, unhas quebradiças, queilite angular, glossite em pessoas maduras pode-se observar também a presença de dispneia, dor de angina e síncopes. Já nas anemias hemolíticas observa-se icterícia e esplenomegalia.

Tratamento

O tratamento irá depender da causa determinante da anemia. No caso da anemia por deficiência de ferro também conhecida como anemia ferropriva, mais comum em idosos. Neste caso o tratamento consiste na administração e ingestão de suplementos a base de ferro.

A suplementação de ferro pode ser através de medicamentos a base de ferro ou por uma dieta rica em ferro como consumo de carnes vermelhas, mariscos, frutos do mar, feijão, beterraba, acelga, brócolis, entre outros acompanhados de alimentos ricos em vitamina C que potencializam a absorção de ferro.

Espero que tenham gostado deste post e até a próxima.

Fonte:

CLIQUET, Marcelo Gil. Anemia no idoso. Rev RBM, v. 67, n. 4, 2010.

GUALANDRO, Sandra FM et al. Deficiência de ferro no idoso. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 32, n. suppl 2, p. 57-61, 2010.

MILAGRES, Clarice S. et al. Prevalência e etiologia da anemia em idosos: uma revisão integral. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 48, n. 1, p. 99-107, 2015.

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