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Farmacologia e envelhecimento – Parte II

A evolução da terapêutica, do início do século XX até a atualidade, contribuíram enormemente para o processo de envelhecimento. Este fato foi impulsionado pela descoberta de fármacos, muitos deles para o tratamento e cura de doenças, bem como para a manutenção da saúde em caso de doentes crônicos.

Podemos citar as vacinas que ajudam a prevenir muitas doenças infecciosas (como a gripe e pneumonia), as quais no passado mataram muitas pessoas principalmente crianças e idosos.

Os antibióticos são frequentemente eficazes no tratamento da pneumonia e muitas outras infecções graves.

Medicamentos para controlar a pressão arterial elevada (anti-hipertensivos) ajudam a prevenir ataques cardíacos e derrames.

Medicamentos para controlar os níveis de açúcar no sangue (insulina e outros medicamentos hipoglicemiantes) permitem que milhares de pessoas com diabetes levem uma vida normal. Estes fármacos também reduzem o risco de problemas oculares (retinopatia diabética) e renais( insuficiência renal) que a diabetes pode causar.

Medicamentos para controlar a dor (analgésicos opióides e AINEs) e outros sintomas permitiram que milhares de pessoas com artrite continuassem ativas.

No entanto, os fármacos podem ter efeitos não esperados ou desejadas (efeitos colaterais ou adversos). Em torno dos 50 anos, o risco de efeitos colaterais relacionados com a utilização de drogas aumenta. As pessoas mais velhas são mais de duas vezes mais suscetíveis aos efeitos colaterais das drogas quando comparado as pessoas mais jovens.

Os efeitos colaterais também podem agravar o estado geral do paciente, afetando a qualidade de vida e resultando em visitas ao médico até mesmo levando a hospitalização.

Além disso, as pessoas mais velhas costumam tomar mais medicamentos, devido as múltiplas patologias. E, as pessoas que tomam mais medicamentos têm um maior risco de interações medicamentosas (quando um medicamento interfere no efeito de outro).

Poucos estudos têm sido feitos em idosos a fim de identificar doses adequadas de droga, e promover segurança em seu uso nos idosos.

Devido a essas alterações relacionadas com a idade, muitos medicamentos tendem a permanecer no corpo de uma pessoa mais velha muito mais tempo, prolongando o efeito da droga e aumentar o risco de efeitos colaterais. Portanto, as pessoas mais velhas muitas vezes precisam tomar doses menores de certas drogas ou talvez menos doses diárias.

Por exemplo, digoxina, um fármaco, por vezes utilizado para tratar certas doenças do coração, se dissolve na água e é eliminado pelos rins. Uma vez que a quantidade de água no corpo diminui e os rins funcionam menos a medida que envelhecemos, as concentrações de digoxina no corpo podem ser aumentadas, resultando num maior risco de efeitos colaterais (tais como náuseas ou perturbações do ritmo cardíaco). Para evitar este problema, os médicos podem utilizar uma dose menor, ou até mesmo substituir o fármaco em uso.

Outro exemplo pode ser observado onde as pessoas mais velhas tendem a se tornar sonolentas e tornar-se confusas quando utiliza medicamentos ansiolíticos ou sedativos para tratar a insônia.

Alguns medicamentos que baixam a pressão arterial tendem a baixar a pressão arterial muito mais dramaticamente em pessoas mais velhas do que em pessoas mais jovens. Mudanças bruscas na pressão arterial como a hipotensão postural, pode levar a efeitos colaterais como tonturas, síncopes (desmaios) e quedas.

Se você notar a presença de efeitos colaterais, ao usar um medicamento prescrito, converse com seu médico, ele irá lhe orientar na sua conduta em relação à este fato.

Espero que tenham gostado.

Abraços medicinais.

LEIAM A PRIMEIRA PARTE DESTA POSTAGEM: Farmacologia e envelhecimento – parte I

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