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Pesquisa relata que drogas anti-hipertensivas podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares em pacientes portadores de Diabetes tipo II

Para alguns pacientes portadores de diabetes tipo II, o tratamento utilizado por pacientes também hipertensos, para baixar a pressão, podem fazer mal para saúde dos mesmos, de acordo com um novo estudo publicado no British Medical Journal (BMJ).

Pesquisadores – do Departamento de Saúde Pública e Medicina Clínica na Universidade de Umeå, na Suécia – descobriram que as drogas anti-hipertensivas podem aumentar o risco de morte por causa de doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes que apresentem pressão arterial sistólica igual ou abaixo de 140 mm / Hg.

Enquanto quase 1 em cada 2 pessoas nos EUA têm pressão arterial alta, ou hipertensão, esta mesma condição afeta cerca de 2 em 3 de americanos com diabetes, o que os coloca em maior risco de derrame, doenças cardíacas e outros problemas cardiovasculares.

Devido ao fato da diabetes, em alguns casos, estar associada a hipertensão, na grande maioria dos casos são prescritos medicamentos para ajudar a baixar a pressão arterial, para pacientes diabéticos.

A Associação Americana de Diabetes recomenda um valor de pressão sanguínea sistólica de até ou inferior a 140 mm / Hg para pacientes com diabetes tipo 2 – a forma mais comum de diabetes – no entanto a meta de valores desejáveis seria de até 130 mm / Hg recomendado para alguns pacientes, caso possa ser alcançado com segurança.

O estudo objetivou descrever os efeitos de drogas anti-hipertensivas em pacientes diabéticos portadores de hipertensão arterial.

A equipe realizou uma meta-análise de 49 ensaios clínicos randomizados – envolvendo um total de 73.738 participantes – que analisaram os resultados cardiovasculares de pessoas com diabetes que recebiam medicação para baixar a pressão arterial.

A grande maioria dos participantes tinham diabetes tipo 2, e os indivíduos foram acompanhados por pelo menos 12 meses.

A equipe observou a pressão arterial dos participantes antes do tratamento e, avaliou os efeitos cardiovasculares da medicação anti-hipertensiva.

Os pesquisadores descobriram que os participantes cuja pressão arterial sistólica foi maior do que 140 mm / Hg antes do tratamento tiveram uma redução do risco de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e mortalidade por qualquer causa.

Entre os indivíduos cuja pressão arterial foi inferior a 140 mm / Hg antes do tratamento anti-hipertensivo, no entanto, não foram identificados benefícios cardiovasculares. Na verdade, esses participantes apresentaram um risco maior de morte por distúrbios cardiovasculares.

Comentando os resultados, Brunstrom diz:

“Nosso estudo mostra que o tratamento a base de drogas anti-hipertensivas pode ser prejudicial para pessoas com diabetes e pressão arterial sistólica inferior a 140 mm / Hg.”

Os pesquisadores salientam que a maioria dos participantes do estudo tinham diabetes tipo 2, os seus resultados não podem ser aplicados as pessoas com diabetes tipo 1 ou aqueles com diabetes que têm pressão arterial normal.

Além disso, eles apontam que medicação anti-hipertensiva é crucial para a maioria das pessoas com diabetes que têm pressão arterial sistólica acima de 140 mm / Hg. “Na prática, é importante lembrar que o sub tratamento da pressão arterial elevada é um problema maior do que a falta de tratamento”, acrescenta Brunstrom.

Ainda assim, a equipe diz que as descobertas podem ter implicações importantes para diretrizes clínicas para pacientes com diabetes com pressão arterial elevada, observando que muitos países deverão rever essas orientações nos próximos anos.

“Tem sido discutida a recomendação de níveis ainda mais baixos de pressão arterial para as pessoas com diabetes – talvez tão baixos quanto 130 mmHg”, diz Brunstrom. “Esperamos que este estudo, que mostra os riscos potenciais do tratamento agressivo de redução da pressão arterial, virá a influenciar estas orientações.”

Fonte:

http://www.medicalnewstoday.com/articles/307080.php

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