A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência. Espera-se que a incidência cresça à medida que as pessoas vivam mais.
As causas de demência, incluindo a doença de Alzheimer, continua sendo um mistério, mas pesquisas sugerem que, embora os fatores genéticos tenham um papel importante, fatores ambientais também aumentam o risco. As ações relacionadas ao estilo de vida podem reduzir sua ocorrência. Estes incluem não fumar, ser fisicamente ativo, ingerir uma dieta equilibrada e saudável, manter a saúde cardiovascular e exercitar o cérebro.
O diagnóstico precoce com foco na prevenção de doenças crônicas como aumento da pressão arterial e do colesterol, diabetes e depressão podem auxiliar na redução do risco de demências.
Pessoas com problemas cardiovasculares parecem ser mais propensas a desenvolver demência.
Hipertensão arterial, fibrilação atrial , colesterol alto, distúrbios cardíacos, acidente vascular cerebral e diabetes, são todos precursores potenciais da doença de Alzheimer.
Há evidências de que hábitos cardíacos ruins, como fumar e uma dieta rica em gorduras saturadas, podem reduzir o volume do cérebro.
As autópsias detectaram doenças cardiovasculares em 80% das pessoas com doença de Alzheimer, embora essa relação não signifique que uma tenha causado a outra.
Já a associação com a demência vascular ocorre quando os vasos sanguíneos que fornecem oxigênio ao cérebro são danificados, privando o cérebro do oxigênio.
Isso sugere que os controles de fatores de risco cardiovascular poderiam ajudar a prevenir o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Estudos sugerem que a demência é mais comum em pessoas com síndrome metabólica, que é um conjunto de condições que incluem obesidade, pressão alta, colesterol elevado e altos níveis de açúcar no sangue.
A síndrome metabólica pode ser prevenida ou tratada com dieta, exercício, perda de peso e alguns medicamentos. Reduzir o peso, a pressão arterial e o colesterol podem reduzir o risco não só de diabetes e eventos cardiovasculares, mas também de demência e doença de Alzheimer.
Pesquisadores acreditam que pessoas com excesso de peso ou obesidade na maturidade são mais propensas a desenvolver a doença de Alzheimer ou demência vascular.
Um estudo realizado na Universidade de Kyushu em Fukuoka, no Japão, descobriu em 2011 que pessoas com diabetes apresentavam probabilidades significativamente maiores de desenvolver a doença de Alzheimer e outras demências, incluindo a demência vascular. O controle do diabetes pode reduzir o risco.
A dieta mediterrânea que utiliza o azeite como principal fonte de gordura, abundância de frutas, vegetais e carne e produtos lácteos limitados, podem minimizar os efeitos deletérios do envelhecimento e prevenir a demência vascular.
Algumas evidencias sugerem que a dieta mediterrânea é mais eficaz do que uma dieta com baixo teor de gordura na proteção da saúde cerebral de pessoas mais velhas.
Outros estudos demostraram que indivíduos com mais de 70 anos que ingeriram mais de 2.100 por dia quase duplicaram o risco de comprometimento cognitivo leve.
As dietas que contém ácidos graxos, ômega3 e vitaminas C, B, D e E são indicadas para melhorar a capacidade mental, enquanto uma dieta rica em gorduras trans parece favorecer o encolhimento cerebral.
A atividade física que inclui exercício regular também diminui o risco de desenvolver demência vascular e doença de Alzheimer.
Isso pode ser devido a um melhor fornecimento de sangue e oxigênio ao cérebro, mas também porque beneficia a saúde cardiovascular, que é um fator de risco para a demência.
No entanto, a equipe de Fina observa que os resultados foram os mesmos, independentemente de uma pessoa ter tido ou não um AVC.
À medida que a idade adulta se aproxima, o hipocampo do cérebro começa a encolher, levando a uma perda de memória e maior risco de demência. Um estudo recente afirma que um ano de exercício físico moderado, pode reverter o encolhimento cerebral e melhorar a memória espacial.
O hipocampo faz parte do sistema límbico e está localizado no interior do tecido cerebral. É importante para vários tipos de formação de memória e navegação espacial.
Vários estudos sugerem que o risco de declínio cognitivo é muito menor se o cérebro for mantido mentalmente ativo e as pessoas mantenham fortes conexões sociais.
Pesquisas afirmam que aposentar-se tardiamente reduz as chances de demência. Um estudo descobriu que os funcionários que se aposentaram com 65 anos de idade foram 14% menos propensos a serem diagnosticados com doença de Alzheimer em comparação com aqueles que se aposentaram aos 60 anos. Jogos de raciocínio, escrever, ler e se se envolver em atividades que exercitam o cérebro, podem ajudar a preservar a memória na maturidade. As pessoas que participam regularmente de atividades que exercitam o cérebro melhoram nos testes que mediam o pensamento e a memória.
Cientistas demostraram que os indivíduos que mantêm seus cérebros ativos ao longo de suas vidas têm níveis mais baixos da proteína β-amilóide, que desempenha um papel importante no acúmulo de placa amilóide na doença de Alzheimer.
Outro fator, que também contribui para a diminuição do risco de demência, é um boa noite de sono dormir pode oferecer proteção significativa contra a perda de memória, demência e doença de Alzheimer.
O sono interrompido foi associado a um acúmulo de placas amilóides. As pessoas que não acordam muitas vezes durante a noite podem ser cinco vezes menos propensas a ter acumulo de placa amilóide em comparação com aqueles que dormem bem. No entanto, são necessárias mais pesquisa nesta área.
Alguns estudos relacionaram o tabagismo e a nicotina com declínio cognitivo, especialmente em homens, mas outros não. Isso pode ser devido ao aumento do risco de AVC e doença cardíaca, também fatores de risco para a doença de Alzheimer, entre os fumantes.
Enfim, hábitos saudáveis podem melhorar não só sua qualidade de vida, protegendo sua saúde de certas doenças crônicas como também proteger seu cérebro do risco de certos tipos de demência. Cuidados com a dieta, praticar atividade física, não fumar e diminuir a ingestão de álcool são medidas simples que podem fazer com que vivamos mais e com saúde.
Fonte:
/www.medicalnewstoday.com/articles/263769.php?sr
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