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Crenças negativas sobre a velhice pode aumentar o risco de demência

Uma pesquisa sugere que as crenças que temos sobre a velhice, podem influenciar o risco de desenvolver demência. Ainda não se sabe  o que causa demência, mas é fato que os genes desempenham um papel fundamental.

Uma pesquisa sugere que as crenças que temos sobre a velhice, podem influenciar o risco de desenvolver demência.

Ainda não se sabe  o que causa demência, mas é fato que os genes desempenham um papel fundamental.

Um gene especifico  denominado  ApoE, é considerado como o principal fator de risco genético na doença de Alzheimer de início tardio.

No entanto, nem todos os indivíduos com cópias deste gene irão  desenvolver a condição.

Na verdade, menos da metade das pessoas com predisposição genética são diagnosticadas com doença de Alzheimer.

Pesquisadores da Becca Levy, da Yale School of Public Health em New Haven, CT – buscaram responder a esta questão em um estudo publicado na revista PLOS One.

A nova pesquisa investigou pela primeira vez,  se fatores ambientais – e, portanto, modificáveis ​​-como crenças sobre o envelhecimento, poderiam influenciar o risco de desenvolver demência.

A equipe acompanhou 4.765 pessoas que não apresentavam demência no início do estudo: 91% dos participantes eram brancos, e 26% tinham uma variante E4 do gene ApoE – a variante mais comumente associada à doença de Alzheimer.

Os participantes tinham pelo menos 60 anos de idade e todos foram recrutados no Estudo de Saúde e Aposentadoria. Suas atitudes em relação à idade foram avaliadas usando uma Escala de Moral do Centro Geriátrico de Filadélfia.

O questionário incluiu itens como, “quanto mais velho eu fico, mais inútil eu sinto”, exemplo de declarações de que os participantes precisariam opinar se estavam de acordo, ou não.

Eles foram acompanhados por um período de 4 anos, e a cada 2 anos receberam questionários que avaliaram suas habilidades cognitivas. Os pesquisadores  realizaram uma análise prospectiva de regressão logística durante os anos do estudo, sempre reforçando a opinião dos idosos acerca do processo de envelhecimento.

Entre aqueles que possuíam a variante genética ApoE E4, com crenças positivas sobre idade apresentaram-se 49,8% menos propensas a desenvolver demência do que aqueles com crenças negativas em relação a idade.

Os autores especulam sobre o mecanismo que pode explicar esses resultados, sugerindo que a crença que envelhecer seja algo ruim pode aumentar  o estresse, enquanto que os positivos podem atenuar os efeitos negativos.

Os pesquisadores  acreditam que o estresse pode provocar o desenvolvimento da demência e conclui: “Os resultados deste estudo sugerem que crença que o envelhecimento é parte do processo de desenvolvimento humano, e que este fato tem características positivas, pode reduzir o estresse, e atuar como um fator protetor, mesmo para pessoas idosas com alto risco de demência.” Ou seja aceitar o processo de envelhecimento, pode proteger contra a ocorrência de demência.

Os autores observam que suas descobertas têm implicações sociais de grande alcance.

Os autores do estudo acreditam que a crença positiva sobre o envelhecimento pode minimizar os fatores de risco genéticos estabelecidos da demência.

Na verdade, ainda é comum em nossa sociedade a presença de  estereótipos negativos direcionados aos idosos, pois a mídia muitas vezes retrata o idoso como “triste, deprimido, pouco atraente e dependente”.

Esses retratos tendenciosos na mídia, juntamente com práticas de discriminação social, tendem a encorajar atitudes negativas em relação aos idosos.

Para os autores, a redução do estresse por crenças positivas da idade poderia potencialmente contribuir para uma menor incidência de demência em indivíduos mais velhos em geral e especificamente entre aqueles que têm a presença do ApoE E4.

Fonte:

https://www.medicalnewstoday.com/articles/320843.php

Créditos imagem:

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