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Alopécia Universal – Causas, sintomas e tratamento

Quando ouvimos alguém falar "queda de cabelo", geralmente pensamos no cabelo no alto da cabeça. Mas existe uma condição onde ocorre a perda de todos os pelos incluindo sobrancelhas e cílios, pelos faciais, do corpo e da  cabeça que é a alopecia universal.

Quando ouvimos alguém falar “queda de cabelo”, geralmente pensamos no cabelo no alto da cabeça. Mas existe uma condição onde ocorre a perda de todos os pelos incluindo sobrancelhas e cílios, pelos faciais, do corpo e da  cabeça que é a alopecia universal.

A palavra alopecia significa perda de cabelo. Mas, novos tratamentos podem ser eficazes para ajudar algumas pessoas a regenerar o cabelo. Aqueles que lidam com a perda de cabelo podem encontrar apoio mental e emocional que podem ser úteis na melhoria da qualidade de vida

  • Atualmente, não há cura para a alopecia universal e não é contagiosa também não danifica permanentemente os folículos pilosos.
Causas

Acredita-se que a alopecia universal seja uma forma avançada de alopecia areata, que é um tipo de alopécia não cicatricial, com evolução imprevisível. Tem prevalência estimada entre 0,1 e 0,2% da população. Pode ocorrer em qualquer idade, mas entre 20%1 e 50%2 dos casos manifesta-se antes dos 16 anos. Acredita-se que seja de etiologia autoimune específica de órgão, mediada por linfócitos T dirigidos contra o folículo piloso, no entanto, o mecanismo etiológico exato ainda não é conhecido e outros fatores, nomeadamente genéticos, imunológicos inespecíficos, ambientais e psicológicos poderão também estar envolvidos.

Pesquisadores acreditam, que a alopecia universal é um distúrbio do sistema imunológico, onde o mesmo ataca erroneamente os folículos pilosos que faz o cabelo cair.

No entanto, o sistema imunológico pode não ser a única causa da alopecia universal, especialistas acreditam que tenham contribuição genética em sua ocorrência, mas ao contrário de muitas doenças hereditárias, ambos os pais devem contribuir com genes específicos para transmitir a alopecia areata aos filhos.

Esta situação é conhecida como uma doença poligênica, que significa “genes múltiplos”, pois requer genes de ambos os pais. No entanto a maioria das pessoas com qualquer forma de alopecia areata, incluindo a alopecia universal, não passarão a doença para seus filhos.

Sintomas

A alopecia universal pode começar como alopecia areata, afetando apenas uma ou duas pequenas mechas de cabelo.

A perda de cabelo pode acontecer de repente, produzindo perda dos pelos em questão de dias. À medida que progride para a alopecia universal, a perda de cabelo continuará a se espalhar até que não haja mais cabelo na cabeça ou no corpo.

A perda total de cabelos que ocorre com a alopecia universal geralmente não apresenta outros sintomas.

A alopecia universal pode ser diagnosticada com um exame físico e laboratoriais. O dermatologista pode diagnosticar a condição com um histórico médico e verificar se há perda de cabelo por todo o corpo.

Em alguns casos o médico pode recomendar uma biópsia para confirmar a doença e outras condições da pele.

Tratamento

O tratamento escolhido dependerá da idade da pessoa, do histórico médico e da gravidade da queda de cabelo. O manejo do estresse pode diminuir os efeitos exacerbados da perda dos pelos.

Embora não haja tratamento confiável, alguns medicamentos que podem funcionar incluem:

  • Difenilciclopropenona: Droga tópica que tem sido bem sucedida no tratamento da alopecia areata em algumas pessoas.
  • Ácido Squaric dibutiléster: Este é também usado para tratar alopecia areata.
  • Esteróides: ajudam a acalmar a resposta imunológica e a inflamação.
  • Ciclosporina: Droga imunossupressora, em combinação com um esteróide chamado metilprednisolona.

Quando uma pessoa tem alopecia universal, os folículos pilosos ainda estão vivos e capazes de regenerar o cabelo, existem casos onde a condição desaparece após alguns meses ou anos.

Mas na maioria das vezes a perda de cabelo é permanente. Os especialistas não sabem ao certo por que algumas pessoas apresentam sucesso com o tratamento ou recuperação espontânea, enquanto outras não.

Fonte:

ROCHA, Joana et al. Alopécia Areata: Análise Retrospectiva da Consulta de Dermatologia. Pediátrica (2000-2008). 2011.

SAFAVI, Kayvon H. et al. Incidência de alopecia areata em Olmsted County, Minnesota, 1975 até 1989. Em: Mayo Clinic Proceedings.

MADANI, Shabnam; SHAPIRO, Jerry. Atualização de alopecia areata. Jornal da Academia Americana de Dermatologia , v. 42, n. 4, p. 549-566, 2000.

RIVITTI, Evandro A. Alopecia areata: a revision and update. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 80, n. 1, p. 57-68, 2005.

Créditos imagem:

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