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Ansiedade – Causas, Sintomas e Tratamento

A ansiedade pode ser descrita como uma resposta exagerada a uma ameaça real ou percebida, futura ou possível. A ansiedade está intimamente relacionada ao medo.

A ansiedade pode ser descrita como uma resposta exagerada a uma ameaça real ou percebida, futura ou possível. A ansiedade está intimamente relacionada ao medo.

O medo e a ansiedade são respostas evoluídas normais em humanos e animais, e as respostas físicas estão ligadas ao sistema de “luta ou fuga”.

O sistema nervoso autônomo controla a resposta de luta ou fuga no corpo, e essa resposta geralmente inclui dilatação das pupilas nos olhos, aumento da frequência cardíaca e aumento da respiração.

As respostas de ansiedade podem incluir maior vigilância (prestar mais atenção ao ambiente) e tensão muscular.

A ansiedade pode ser construtiva, pode melhorar o desempenho em um teste, evento esportivo ou falar em público. Embora sejam respostas normais e frequentemente respostas úteis ao perigo, a ansiedade pode causar problemas quando é ativada com muita facilidade, ou se não for desativada quando o perigo está ausente ou quando a resposta é muito forte.

Ansiedade excessiva que causa sofrimento ou prejuízo, que interfere na função normal ou evita atividades importantes e pessoas na vida, é considerada um distúrbio de ansiedade.

Tipos de transtorno de Ansiedade

Os transtornos de ansiedade são diferenciados com base no tipo de objeto ou situação que causa medo, ansiedade ou evitação, bem como nos padrões de pensamento associados ao medo ou à ansiedade. Para ser considerado um transtorno de ansiedade, o medo ou ansiedade também deve ser persistente (durando geralmente seis meses ou mais), e não uma fase normal de desenvolvimento (por exemplo, uma criança com medo de ficar longe dos pais). Os transtornos de ansiedade geralmente começam na infância, mas persistem na idade adulta.

Os transtornos de ansiedade mais comuns fobias específicas. Fobias específicas são um medo excessivo de um objeto ou situação específica, como medo de aranhas (aracnofobia), medo de alturas (acrofobia) medo de avião ou espaços fechados (claustrofobia) A maioria dos portadores reconhece que seus medos (fobias) são excessivos, mas geralmente se sentem impotentes para controlá-los. Às vezes, uma fobia pode ter início após um evento traumático (por exemplo, ficar preso em um espaço pequeno; ver alguém ferido por um animal), mas os sintomas estão relacionados ao medo, e não relacionados à experiência do trauma podendo ser relacionado ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

No transtorno de ansiedade social (fobia social ou ansiedade de desempenho), os portadores se apresentam excessivamente amedrontados ou preocupados com interações ou situações sociais, ondem demonstram excessiva preocupação em serem observados ou examinados. A autoconsciência de ser observado pelos outros ou de se apresentar na frente dos outros é normal. No entanto, a ansiedade social é muito mais extrema e atrapalha a realização de atividades normais (e muitas vezes necessárias) com sucesso. A fobia social pode estar limitada a situações de desempenho (como falar, cantar, atuar na frente de outras pessoas) ou pode ser mais geral e relacionada a muitas (ou todas) situações em torno de outras pessoas.

O transtorno de ansiedade generalizada, (TAG) é caracterizado por ansiedade persistente, e excessiva preocupação, com várias situações diferentes que são difíceis de controlar.

Outros transtornos de ansiedade incluem transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo, agarofobia (medo de multidões é classificado como um tipo de transtorno de ansiedade em que as pessoas ficam ansiosas em ambientes desconhecidos, ou onde percebem que têm pouco controle ou quando se sentem aprisionadas) e transtorno do pânico (ataques de pânico inesperados recorrentes e medo de ter outros ataques de pânico).

Os transtornos de ansiedade também podem ser causados ​​por drogas, medicamentos ou outras substâncias (incluindo estimulantes, cafeína e corticosteroides).

Abstinência alcoólica e certas drogas (incluindo benzodiazepínicos às vezes usados ​​para tratar a ansiedade aguda, como Alprazolan, Lorazepan ou Clonazepan, bem como barbitúricos e anticonvulsivantes) que também podem causar sintomas semelhantes aos da ansiedade.

Quando um medicamento ou droga é a principal causa da ansiedade o paciente pode ser diagnosticado como portador de distúrbio de ansiedade induzido por substância.

Doenças como distúrbios da tireoide, problemas respiratórios como asma, DPOC, ou tumores da glândula adrenal, também podem causar transtornos de ansiedade, ou sintomas semelhantes a ansiedade.

Sintomas e sinais comuns de transtorno de ansiedade podem incluir
  • inquietação ou nervosismo;
  • cansar-se facilmente, fadiga;
  • problemas de concentração, que também podem aparecer como problemas de memória ou atenção;
  • irritabilidade;
  • tensão muscular;
  • dores de cabeça;
  • distúrbios do sono;

A ansiedade associada a medos específicos (fobia específica ou simples) ou social (fobia social) também pode desencadear ataques de pânico.

Os ataques de pânico são episódios repentinos de intenso medo e / ou desconforto físico que atingem o ápice em minutos.

Sinais e sintomas específicos de ataques de pânico, incluem sintomas físicos e emocionais, como:

  • palpitações;
  • dor em aperto no peito ou outro desconforto, sensação como se estivesse tendo um ataque cardíaco;
  • falta de ar ou dificuldade em respirar;
  • sudorese nas palmas das mãos;
  • náuseas e dor no estômago;
  • tremores;
  • tontura
  • desrealização (sentimentos de irrealidade) ou despersonalização (sentimento desapegado de si mesmo);
  • medo de perder o controle ou de enlouquecer;
  • sensação de dormência ou formigamento;
  • calafrios e ondas de calor;
  • sensação de sufocamento;
  • sensação de destruição iminente;
  • sentir-se como se estivesse morrendo.
Diagnóstico

Os transtornos de ansiedade são diagnosticados em mulheres duas vezes mais que nos homens. É difícil determinar se as mulheres são mais suscetíveis a transtornos de ansiedade ou se os homens têm menos probabilidade de reconhecer ou relatar sintomas e, portanto, são diagnosticados com menos frequência. Da mesma forma, diferenças na maneira como homens e mulheres experimentam ou reconhecem sintomas de ansiedade também podem influenciar o diagnóstico de transtorno de ansiedade.

Todos nós, em algum momento iremos experimentar sintomas de ansiedade, mas na maioria das vezes isso ocorre em situações muito graves. Quando os sintomas são desencadeados por eventos normais que não são perigosos, ou não nos acalmamos em um período de tempo razoável, pode haver um distúrbio de ansiedade.

Da mesma forma, se os sintomas de ansiedade estão atrapalhando a rotina, deve-se considerar procurar uma avaliação com um profissional de saúde especializado, e um possível tratamento para um distúrbio de ansiedade. Não tratar um transtorno de ansiedade pode prejudicar o bem-estar geral e aumentar o risco de depressão, abuso de substâncias e até ideias suicidas.

Tratamento medicamentoso para ansiedade

Há uma variedade de tratamentos disponíveis para controlar a ansiedade, incluindo medicamentos e psicoterapia.

Um medicamento eficaz para o tratamento de ansiedade é a Bupropiona conhecido por ser bastante eficaz no tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada.

Medicamentos  como Clonazepam e Lorazepam (Ativan) são sedativos que também podem ser usados ​​no tratamento da ansiedade,  podem ser mais eficazes para uso a curto prazo (por exemplo, semanas a meses) ou uso ocasional para interromper sintomas de ansiedade severos, como aqueles que ocorrem em ataques de pânico.

Embora o Alprazolam (Xanax) seja frequentemente usado para tratar ataques de pânico, sua curta duração de ação às vezes pode resultar em dependência.

Outro benzodiazepínico, o Diazepam tende a ser usado com menos frequência devido a preocupações sobre sua longa duração de ação e seu potencial de dependência. O uso de benzodiazepínicos é um tanto controverso; muitos médicos relutam em usá-los devido ao risco de abuso e dependência e / ou retirada.

Devido à ligação entre o sistema nervoso autônomo e a resposta de luta ou fuga presentes na ansiedade, os medicamentos que bloqueiam essa resposta podem ser úteis. Um exemplo é a família de medicamentos betabloqueadores geralmente usados ​​para tratamento da hipertensão. Essas drogas interrompem alguns dos efeitos da adrenalina, que também está envolvida nas respostas à ansiedade e ao medo. Às vezes, o uso de betabloqueadores como o propranolol, são usados ​​para diminuir a ansiedade episódica (por exemplo, ansiedade de desempenho ou ansiedade de teste) e também podem aliviar alguns dos sintomas físicos associados ao ataque de pânico.

A gabapentina (Neurontin) é um medicamento indicado para tratar convulsões,  mas pode ser utilizado em pacientes com sintomas graves de ansiedade. A gabapentina pode ser uma opção menos viciante em comparação aos benzodiazepínicos.

Medicamentos anti-histamínicos sedativos, como a Hidroxizina são outro tipo de medicamento não-aditivo que pode ser útil para ataques de pânico ou episódios graves de ansiedade.

Tratamentos alternativos, naturais e complementares para ansiedade

Mas como tratar a ansiedade sem medicamentos prescritos, remédios naturais podem ser uma opção. Métodos de tratamento alternativos e complementares, como hipnose, acupuntura, valeriana, chá de maracujá são considerados úteis para algumas pessoas com alguns transtornos de ansiedade.

Psicoterapia no tratamento de ansiedade

A psicoterapia no tratamento de transtornos de ansiedade é tão importante quanto o tratamento medicamentoso. De acordo com estudos o aconselhamento ou a combinação de medicamentos e tratamento psicoterapêutico são mais eficazes do que os medicamentos isoladamente para superar a ansiedade em adultos e crianças.

O tipo mais comum de terapia usada para tratar a ansiedade é a terapia Cognitiva Comportamental. Essa forma de terapia visa ajudar as pessoas com transtorno de ansiedade a identificar e diminuir os pensamentos e comportamentos irracionais que reforçam os sintomas de ansiedade e podem ser administrados individualmente, em terapia de grupo e até em terapia assistida por parceiros.

Técnicas comportamentais frequentemente usadas para diminuir a ansiedade, incluem, técnicas de relaxamento onde o terapeuta aumenta gradualmente a exposição a situações que podem ter precipitado a ansiedade anteriormente no indivíduo. Outro nome para esse tipo de psicoterapia é terapia de exposição. Verificou-se também que ajudar o sofredor de ansiedade a entender e como lidar com as forças emocionais que podem ter contribuído para o desenvolvimento de sintomas (psicoterapia psicodinâmica focada na ansiedade).

Outras abordagens de psicoterapia comumente disponíveis também podem melhorar os sintomas de ansiedade. Terapias focadas no bem-estar, incluindo terapias individuais ou de grupo baseadas na atenção plena, são opções eficazes.

Muitas vezes, uma combinação de psicoterapia e medicamentos produz bons resultados. A melhora geralmente é observada em um período bastante curto, de dois a três meses, embora uma resposta completa (ou remissão dos sintomas) geralmente leve mais tempo. Assim, o tratamento adequado para a ansiedade objetiva prevenir os sintomas ou, pelo menos, reduzir substancialmente sua gravidade e frequência, trazendo alívio significativo para muitas pessoas com ansiedade.

Créditos de imagem:

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