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Artrite Reumatóide – fatores de riscos, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Olá pessoal, o assunto deste post é sobre uma doença que ocorre mais frequentemente em pessoas maduras, no entanto em sua ocorrência causa prejuízo na qualidade de vida de seu portador. Essa doença é a artrite reumatoide.

A artrite reumatóide (AR) é uma doença autoimune de causa desconhecida, que se caracteriza por poliartrite periférica, simétrica, que leva a deformidade e destruição das articulações em virtude de erosões dos ossos e cartilagens. Afeta mulheres duas a três vezes mais do que homens, e sua prevalência aumenta com a idade.

Em geral, a AR acomete grandes e pequenas articulações e está associada a manifestações sistêmicas como: rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.

A AR é uma doença autoimune, onde o corpo ataca o tecido de revestimento das articulações, causando inflamação em órgãos como o pulmão, olhos, pele e coração.

As pessoas com AR apresentam sintomas como dor nas articulações dos dedos das mãos, pés, articulações do joelho e cotovelo, tornozelos e ombro. Pode ocorrer também inchaço e aumento de temperatura nas articulações, a rigidez matinal é a queixa mais frequente além de fadiga e febre.

Com a progressão da doença, os pacientes com AR desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, com impacto econômico significativo para o paciente e para a sociedade

Infelizmente não há cura para esta doença, no entanto os medicamentos utilizados para esta doença podem parar a progressão da doença bem como aliviar os sintomas.

Os fatores de risco

– Sexo feminino: mulheres desenvolvem artrite reumatoide 3 vezes mais do que os homens e os sintomas nas mulheres costumam aparecer entre os 30 aos 60 anos.

– Genética: pode haver uma influencia hereditária em sua ocorrência – historia familiar.

– Tabagismo: Pessoas que fumam tem um risco maior de desenvolver a doença.

Articulações saudáveis X Artrite reumatoide

O termo artrite refere-se a mais de 100 condições que afetam o sistema músculo esquelético, articulações são as partes do corpo onde os ossos se encontram. Quando a artrite está presente, as articulações se tornam inflamadas, rígidas, avermelhadas e dolorosas. Os danos relacionados a AR, podem ocorrer nos tecidos que odeiam as articulações, incluindo tendões, ligamentos e músculos.

Causas de Artrite Reumatoide

A causa exata de AR ainda é desconhecida, mas as mulheres são mais, comumente, acometidas, e suspeita-se que o estrogênio desempenhe um papel importante em sua ocorrência, acredita-se que a exposição ocupacional à certas poeiras como a sílica, madeira ou amianto possa ser uma fator de risco.

Sintomas de artrite reumatoide

– Inchaço nas articulações, dor e rigidez mais comumente no período da manhã;

– Fadiga;

– Febre baixa;

– Falta de energia;

– Perda de apetite;

– Falta de ar devido a inflamação no pulmão;

– Falta de ar;

– Problemas oculares – inflamação nas glândulas do olhos e na boda ( secura) desenvolvimento de doença auto imune nas glândulas lacrimais ( síndrome de Sjogren), inflamação na parte branca do olho (esclerite).

– Inflamação no Baço (Síndrome de Felty) que pode causar diminuição nos glóbulos brancos, aumentando o risco de infecção.

– Fraqueza óssea;

– Nódulos reumatoides em torno das articulações afetadas, geralmente em pontos de pressão como cotovelos, dedos e nódulos.

– Inflamação de vasos sanguíneos (vasculite) limitando o suprimento de sangue em tecidos circundantes, causando a morte do tecido (necrose).

– Deformidade articular.

Em casos de suspeita de artrite reumatoide, deve-se buscar auxilio médico, pois ele é o profissional indicado para o tratamento e, caso seja necessário, será indicado um reumatologista, que é um especialista em tratamento de artrite e outras doenças auto imunes como lúpus, polimiosite e vasculite.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado mediante exames de sangue a fim de identificar anticorpos relacionados a sua ocorrência, tais como anticorpos anti-peptidos citrulinados, fator reumatóide (FR) e anticorpos antinucleares (ANA), os quais estão presentes na maioria dos portadores da doença. Também pode ser solicitado teste de proteína C reativa, pois seus níveis costumam ser altos em surtos da doença.

Também podem ser solicitados exames de imagem como o RX, ultrassom e Ressonância Magnética.

A artrocentese também é outro método diagnóstico e de tratamento, e consiste na aspiração de fluido articular para avaliação laboratorial, e é inserido agulha com seringa estéril para drenar o líquido da junção articular, este procedimento também ajuda a aliviar a dor articular.

Pode ser utilizada também cortisona que é injetada nas articulações durante o procedimento que promove um alívio mais rápido da dor e inflamação.

Atualmente não há cura para esta doença, mas uma série de medicamentos podem ser utilizados no alívio dos sintomas, se o tratamento for realizado no início da doença pode ajudar a minimizar ou retardar os danos nas articulações e melhorar qualidade de vida ao seu portador. O tratamento geralmente envolve a combinação de medicamentos, exercícios, descanso e proteção das articulações, em alguns casos a cirurgia pode ser necessária.

Tratamento

O tratamento ideal da AR deve iniciar com a educação do paciente sobre a doença, sobre os riscos de deformidades articulares e perda de capacidade funcional, assim como a orientação sobre os riscos e benefícios das opções terapêuticas disponíveis.

Tratamento Medicamentoso:

O tratamento da AR deve ser feito o mais precocemente possível, e inclui:

– Estudos recentes mostraram que existe um grande benefício na resposta ao tratamento quando se iniciam as drogas anti-reumáticas modificadoras da doença (DMARDs) em sua fase inicial e de forma mais agressiva.

– Drogas antiinflamatórias não esteroidais (AINEs) e glicocorticóides, que podem ser utilizados como injeção intra-articular ou como baixa dose oral, podem ser considerados para o controle dos sintomas articulares, embora não mudem a evolução natural da doença, se utilizados de forma isoladas.

– Drogas modificadoras de resposta biológica, anti-TNF alfa, antiIL1 que têm como alvo terapêutico as citocinas específicas importantes no processo inflamatório, tem ocupado atualmente um papel importante na terapêutica da AR.

No entanto, quando se trata de artrite reumatóide a busca de um profissional especializado é fundamental para a manutenção da qualidade de vida de seu portador e a garantia na prevenção de complicações relacionadas ao tratamento não adequado.

Fonte:

1- PEREIRA, Ivânio Alves. Artrite reumatóide. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 36, n. 3, 2007.

2- MOTA, Licia Maria Henrique da et al. Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia 2011 para o diagnóstico e avaliação inicial da artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol, v. 51, n. 3, p. 199-219, 2011.

3- BÉRTOLO, Manoel Barros et al. Atualização do consenso brasileiro no diagnóstico e tratamento da artrite reumatóide. Revista Brasileira de Reumatologia, 2007.

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