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Descoberta de nova proteína pode ajudar no tratamento da perda de memória

Pesquisadores identificaram, uma proteína que desempenha um papel crucial em manter ou apagar nossas memórias. No futuro, cientistas podem usar esse conhecimento para desenvolver medicamentos efetivos para a perda de memória.

Pesquisadores identificaram, uma proteína que desempenha um papel crucial em manter ou apagar nossas memórias. No futuro, cientistas podem usar esse conhecimento para desenvolver medicamentos efetivos para a perda de memória.

Uma equipe de estudiosos,  está investigando o papel de uma substância denominada histona H2A.Z na formação da memória e como isso pode ajudar, na descoberta de  tratamentos para a perda de memória.

A perda de memória motiva pesquisadores a tentar entender melhor o funcionamento do cérebro, como elas são consolidadas e como e por que as perdemos.

A manutenção de nossas memórias nos permite preservar a individualidade, autonomia  e orientação no mundo. Entender como prevenir a perda de memória, é uma prioridade para neurociência.

Recentemente, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Toronto Mississauga em Ontário, Canadá – em colaboração com colegas dos Estados Unidos e do Reino Unido – investigou o papel de uma determinada proteína na formação de memórias.

A pesquisadora Iva Zovkic e sua equipe realizaram um estudo em cobaias (ratos), com foco especificamente uma proteína chamada H2A.Z. Este tipo de proteína é chamado de histona, e ela se liga ao DNA, ajudando-o a manter sua estrutura dentro das células. Os resultados foram publicados na revista Cell Reports.

Os pesquisadores  trabalharam com ratos jovens e idosos para entender como a proteína H2A.Z estaria envolvida com a formação e supressão da memória.

Como parte de sua experiência, os pesquisadores colocaram os ratos em uma nova caixa, de modo a forçá-los a familiarizar-se com um ambiente estranho. Então, para poder testar como a proteína funcionou, no contexto da formação da memória, os animais foram expostos a um estímulo negativo enquanto estavam na caixa.

Dessa forma, os camundongos formaram uma associação entre o novo ambiente e a má experiência a que foram expostos. A segunda vez que os cientistas os colocaram na caixa, os ratos agora cautelosos recusaram se deslocar e explorar, como normalmente o fariam.

Meia hora depois de os ratos terem sido expostos ao estímulo negativo, os pesquisadores avaliaram o cérebro dos animais para qualquer alteração na forma como H2A.Z se ligou ao DNA.

E o experimento revelou  que, em ratos jovens, o treinamento do medo foi associado a uma redução “esmagadora”  na ligação entre H2A.Z e DNA em 3,048 locais nos genes com os quais as proteínas normalmente se ligam, bem como um aumento ligação  em apenas 25 lugares.

O mesmo aconteceu com os ratos mais velhos, que sofreram uma redução de ligação em 2.901 lugares e um aumento em apenas 9 locais  após o treinamento do medo.

Isso, explicam os pesquisadores, significa que a liberação de H2A.Z (menos ligações entre a proteína e o DNA) está associado à formação da memória, permitindo que os ratos recuperem sua experiência negativa.

O estudo ainda continuará e usará experiência de aprendizagem direta,  para ilustrar que H2A.Z aparentemente serve para suprimir a memória, e a remoção desta proteína parece permitir memórias duradouras.

Os pesquisadores também observaram que os níveis de H2A.Z dependiam da idade dos animais. Assim, a proteína foi encontrada em níveis mais elevados nos hipocampos dos ratos idosos, que é uma região do cérebro fortemente associada à formação da memória.

Com base nessas observações, Zovkic e sua equipe acreditam que quanto maiores os níveis de H2A.Z, mais provável que a formação e retenção de memória seja prejudicada. Portanto, se avançar em idade correlaciona-se com mais ligações H2A.Z, isso pode explicar a perda de memória relacionada à idade.

Identificar H2A.Z como uma proteína única que está envolvida com a memória e que aumenta com o envelhecimento pode ser um grande problema para a criação de terapias genéticas ou farmacêuticas para o declínio cognitivo e a demência relacionados à idade. H2A.Z é um alvo terapêutico relativamente específico.

O próximo passo a partir daqui, dizem os pesquisadores, será testar sua teoria em camundongos muito velhos. Se as suas ideias forem confirmadas por outros estudos, os pesquisadores planejam seguir em frente e estudar os efeitos do H2A.Z em seres humanos, cujos corpos também produzem essa proteína.

A esperança da equipe é que essa pesquisa acabe levando a melhores terapias para prevenir e combater a perda de memória relacionada com a idade.

Fonte:

https://www.medicalnewstoday.com/articles/320804.php

Créditos Imagem:

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