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Dieta mediterrânea promove a melhora da microbiota intestinal

Uma pesquisa recente descobriu, que idosos que aderiram à dieta mediterrânea por um ano apresentaram microbiomas intestinais (conjunto de microrganismos bactérias, vírus e fungosque habita em cada um de nós, estão em todas as partes do nosso corpo, como pele, narinas, boca, genitais e principalmente intestino) mais saudáveis.

Uma pesquisa recente descobriu, que idosos que aderiram à dieta mediterrânea por um ano apresentaram microbiomas intestinais (conjunto de microrganismos bactérias, vírus e fungosque habita em cada um de nós, estão em todas as partes do nosso corpo, como pele, narinas, boca, genitais e principalmente intestino) mais saudáveis.

Dietas mediterrâneas – ricas em vegetais, legumes, nozes e grãos integrais e geralmente excluindo carne vermelha – são objeto de inúmeros estudos sobre saúde e nutrição.

Pesquisas existentes descobriram que indivíduos que seguem uma dieta mediterrânea podem ter  melhorias no saúde do coração, viver mais e uma boa saúde mental.

Um estudo realizado por especialistas de instituições de oito países – incluindo a Universidade de Bolonha, na Itália, e o University College Cork, na Irlanda – está adicionando mais um dado à lista de benefícios potenciais trazidos pela dieta mediterrânea.

O estudo em questão foi realizado com mais de 600 idosos em cinco países. Na pesquisa, os estudiosos descobriram que, em todo o espectro, a dieta mediterrânea parecia melhorar a saúde intestinal dos idosos e reduzir a fragilidade.

Os autores do estudo apontam que pesquisas anteriores,  sugerem que uma simples intervenção dietética, como mudança para dieta mediterrânea, pode reduzir a fragilidade em idosos.

Estes dados são muito importantes, pois, a fragilidade envolve a degradação gradual de vários sistemas ao mesmo tempo, geralmente envolvendo inflamação generalizada e de baixo grau que contribui ainda mais para problemas de saúde.

Para verificar se a mudança para dieta mediterrânea poderia reduzir as medidas de fragilidade, os pesquisadores envolvidos no estudo recrutaram 612 indivíduos com idades entre 65 e 79 anos.

Os exames médicos mostraram que 28 dos participantes do estudo se qualificaram como “frágeis”, 151 estavam à beira da fragilidade e 433 não mostravam sinais de fragilidade.

Os participantes eram procedentes da França, Itália, Holanda, Polônia ou Reino Unido.

Do número total, 323 indivíduos (141 homens e 182 mulheres) concordaram em seguir uma dieta mediterrânea por 1 ano, enquanto o restante continuou com suas dietas habituais e atuou como um grupo controle.

A dieta mediterrânea envolvida era rica em vegetais, legumes, frutas, nozes, azeite e peixe. Apresentava pouca carne vermelha,  poucos laticínios e gorduras saturadas.

Para entender os efeitos da dieta na saúde de idosos, os pesquisadores começaram examinando o impacto na saúde intestinal, pois estudos anteriores,  sugeriram que indivíduos mais velhos – principalmente idosos asilados – tendem a apresentar microbiotas intestinais menos saudáveis, possivelmente como resultado de dietas mais restritivas.

O intestino não saudável corresponde a uma saúde geral ruim e início mais rápido de fragilidade em idosos.

Quando os pesquisadores compararam as composições dos microbiomas intestinais dos participantes que seguiram uma dieta mediterrânea por um ano com os dos participantes que seguiram dietas habituais, eles encontraram diferenças significativas.

As amostras de fezes revelaram que, após 12 meses de dieta mediterrânea, os participantes tiveram melhor diversidade bacteriana no intestino, em comparação com os pares do grupo controle.

Além disso, uma melhor diversidade bacteriana intestinal foi associada a melhores marcadores de fragilidade, incluindo melhor velocidade de caminhada, melhor força de preensão manual e melhor funcionamento cognitivo.

Os participantes que aderiram à dieta mediterrânea também exibiram menos marcadores de inflamação crônica de baixo grau.

Por que dietas mediterrâneas podem ser benéficas

Os pesquisadores descobriram que as melhorias na saúde estavam associadas a populações mais ricas de bactérias que produzem ácidos graxos benéficos de cadeia curta, por um lado, e à diminuição da população de bactérias que produzem ácidos biliares, no outro.

Os pesquisadores explicam que, quando as bactérias liberam muito de certos ácidos biliares, ocorre um risco aumentado de resistência à insulina, acúmulo de gordura no fígado, danos às células e até câncer no intestino.

Segundo os pesquisadores, as mudanças positivas foram provavelmente graças à dieta mediterrânea, que forneceu uma fonte consistente de nutrientes essenciais, incluindo fibras alimentares e vitaminas e minerais cruciais, como as vitaminas C, B-6 e B-9, além de cobre, potássio, ferro, manganês e magnésio.

Os participantes que seguiram a dieta mediterrânea apresentaram as mesmas melhorias gerais no intestino e na saúde sistêmica, enfatizam os pesquisadores.

Entretanto apesar de afirmar que a dieta mediterrânea é benéfica, os pesquisadores reconhecem que pode ser impraticável para alguns idosos – um obstáculo que os profissionais de saúde terão que enfrentar.

Indivíduos mais velhos com problemas como dentição, diminuição na produção de saliva, disfagia ou síndrome do intestino irritável, podem não conseguir se adaptar a dieta mediterrânea.

Fonte:

https://gut.bmj.com/content/early/2020/01/31/gutjnl-2019-319654

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