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ENXAQUECA – Sintomas, fatores de risco, causas, tratamento, diagnóstico

A enxaqueca é uma dor de cabeça dolorosa palpitante, geralmente, em um lado da cabeça, que muitas vezes é iniciada ou desencadeada por compostos específicos ou situações (ambiente, estresse, hormônios, dentre outros).

Ela ocorre, mais frequentemente, em mulheres (75%, aproximadamente) e pode afetar a capacidade de uma pessoa para realizar tarefas comuns.

Pode ser considerada como um tipo de cefaleia caracterizada por crises recorrentes, podendo ser acompanhada de náusea, vômito, fotofobia (medo da luz) e fonofobia (medo do barulho).

É usualmente unilateral e pulsátil, de intensidade variável, sendo agravada por atividades físicas.

O número de crises é em média de 1,5 por mês, e a duração varia de duas a 48 horas. Tem uma prevalência maior em mulheres de 5-25% maior do que em homens, e de 2-10% predominante em idades de 35 e 45 anos.

Embora, muitas pessoas usam o termo “enxaqueca” para descrever qualquer dor de cabeça grave, a enxaqueca é o resultado de alterações fisiológicas específicas que ocorrem no interior do cérebro e conduzem à dor e sintomas característicos associados a ela.

Sintomas

Sintomas de enxaqueca incluem dor latejante, geralmente, em um lado da cabeça de uma pessoa, pode ser intensa o suficiente uma pessoa ser incapaz de fazer tarefas simples ou trabalhar.

A dor de cabeça pode irradiar para os olhos, testa e desencadear náuseas, vômitos, problemas de visão e sensibilidade à luz normal ou esforço leve.

Algumas pessoas descrevem sintomas visuais de perda de visão, que duram menos de uma hora, e pode ou não ser associado com dor de cabeça, uma vez que a visão retorna, como uma enxaqueca ocular.

Esses sintomas também são conhecidos como enxaqueca retiniana, e podem estar associados a sintomas semelhantes aos descritos como uma aura, como pontos cegos, perda completa da visão em um olho ou luzes piscando.

Se um paciente experimenta estes sintomas regularmente, a avaliação deve ser direcionada para excluir um problema primário da retina.

Deve ser investigado também a dor ocular isolada que é diferente da sensibilidade à luz não é um componente comum da enxaqueca.

Se a dor ocular é um sintoma persistente, ou se a dor ocular está presente e acompanhada de visão turva ou perda de visão, recomenda-se uma avaliação rápida de um oftalmologista.

O início de um episódio de enxaqueca pode variar de uma pessoa para outra ou de um episódio para outro, surgindo a qualquer hora do dia ou da noite.

A intensidade da cefaleia pode despertar o indivíduo durante o sono; e em outras ocasiões é notada ao despertar espontâneo.

Durante o dia os sintomas são notados lenta e progressivamente.

Sinais de aviso da enxaqueca

As auras “clássicas” não ocorrem em todos os pacientes, mas cerca de 25% dos pacientes com enxaqueca podem ter uma fase prodrômica.

A fase prodrômica ocorre até 24 horas antes do desenvolvimento da dor de enxaqueca; consistindo em alterações de humor (deprimido, excitado, irritável) e sensações de cheiros estranhos ou gostos, enquanto outros podem se sentir cansados ou tensos.

As causas neurológicas das enxaquecas não são compreendidas, mas os investigadores especulam que algo pode iniciar alteração na permeação do vaso sanguíneo (ele se dilata) e da ação anormal de alguns neurotransmissores no cérebro.

Fatores de risco

São fatores de risco: predisposição familiar, estresse, ingestão de álcool, falta de alimentação e sono, mudança climática, odores, perfumes, menstruação e exercício.

Esse distúrbio tem marcadas repercussões econômicas para o indivíduo e a sociedade, devido a faltas na escola e no trabalho, redução de eficiência no emprego, além do aumento da procura de serviços médicos e setores de emergência.

O que causa enxaqueca?

Acredita-se que a causa da enxaqueca seja uma resposta do dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro a algum gatilho, frequentemente externo.

A ativação de nociceptores (receptores responsáveis por captar sensações de dor) meníngeos e vasculares, associada a modificações na modulação central da dor, provavelmente, é a responsável pela dor.

É uma forma de cefaleia neurovascular, uma perturbação em que os eventos neuronais causarão a dilatação dos vasos sanguíneos que, por sua vez, provocam dor e ativação neuronal.

Uma série de fatores podem desencadear enxaquecas entre eles:

– Alterações hormonais;

Estresse;

– Estímulos fortes como ruídos altos a certos alimentos.

Fatores que foram identificados como gatilhos de enxaqueca:

– As flutuações hormonais normais que ocorrem com ciclos menstruais regulares podem predispor algumas mulheres a experimentar enxaqueca.

– Alguns tipos de contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais) podem desencadear enxaquecas.

– Sono excessivo

– Estresse

– Exposição a estímulos fortes como luzes brilhantes, cheiros fortes.

Alimentos que contribuem para o desenvolvimento da enxaqueca:

– Vinhos tintos

– Queijos envelhecidos

– Conservantes utilizados em carnes fumadas ( nitratos )

– Glutamato monossódico

Adoçantes artificiais

Chocolate

– Lacticínios

– Bebidas alcóolicas

Tratamento

Modificações de estilo de vida tais como dieta e exercício podem ser úteis para ajudar os portadores de enxaqueca a evitar os gatilhos que levam a dor, tais como:

– Evitar alimentos dietéticos;

– Praticar exercícios, como yoga, que promovem o relaxamento muscular e são úteis no gerenciamento da dor .

– A maioria das pessoas com enxaqueca podem gerenciar as crises de enxaqueca com a combinação de medicamentos e modificações do estilo de vida.

– Medicamentos preventivos de uma variedade de classes de drogas podem ser usados ​​em alguns pacientes para diminuir a frequência de enxaquecas.

O tratamento de uma cefaleia aguda da enxaqueca incluem acetaminofeno (Tylenol® e outros), ibuprofeno (Advil®, Motrin®,etc.), ou naproxeno sódico (Aleve®).

As drogas chamadas triptanos (sumatriptano, rizatriptano, eletriptano, zolmitriptano, naratriptano, almotriptano e frovatriptano) podem ser extremamente eficazes no tratamento de enxaquecas e podem ser prescritos para ajudar o paciente.

Nem todos as pessoas podem tomar esses medicamentos, e existem limitações específicas quanto à frequência com que esses medicamentos podem ser usados.

A di-hidroergotamina (DHE 45) pode ser administrada por via intravenosa ou por pulverização nasal. Este medicamento não pode ser utilizado se um triptano foi utilizado nas 24 horas anteriores.

Os analgésicos narcóticos não são necessariamente apropriados para o tratamento de enxaquecas e estão associados com o fenômeno da dor de cabeça de rebote, onde a dor de cabeça retorna, às vezes mais intensamente.

Em todos os casos de enxaqueca, as terapias para dor aguda devem ser observadas de perto por um medico, para um paciente não desenvolver dor de cabeça devido ao uso excessivo de medicação.

O uso excessivo de muitos dos medicamentos utilizados para tratar a dor de cabeça de enxaqueca pode levar a aumento da frequência de cefaleia, ou até mesmo dores de cabeça diárias. E, este tipo de fenômeno de dor de cabeça é conhecido como dor de cabeça de uso excessivo de medicação.

A medicação específica que é selecionada para um paciente é dependente de muitos outros fatores, incluindo idade, sexo, pressão arterial e outras condições médicas pré-existentes.

Alguns pacientes que apresentam mais de 15 dias de cefaleia por mês podem se beneficiar de injeções de Botox®.

Diagnóstico

De acordo com os critérios da Classificação Internacional de Distúrbios Cefálicos II (ICHD-II), para a enxaqueca sem aura, um doente deve ter tido pelo menos cinco ataques de cefaleia cumprindo os seguintes critérios:

– Cefaleias com duração de 4 a 72 horas (não tratadas ou tratadas sem sucesso)

– A dor de cabeça tem pelo menos duas das seguintes características:

– Localização unilateral

– Qualidade pulsante

– Intensidade de dor moderada ou intensa

– Agravamento do quadro por atividade física rotineira (por exemplo, andar ou subir escadas)

Alem destes sintomas, devem estar associados a:

– Náuseas e/ou vómitos

– Fotofobia e/ou fonofobia

A fim de diagnosticar a enxaqueca, a Imaginologia do cérebro pode ser solicitada.

Estes exames cerebrais incluem uma ressonância magnética, tomografia computadorizada ou a realização de um teste de ondas cerebrais (Eletroencefalograma).

O tratamento para a enxaqueca depende da frequência com que as dores de cabeça ocorrem e quanto tempo as dores duram.

Indivíduos que experimentam enxaquecas podem desempenhar um papel significativo no gerenciamento da frequência de dor de cabeça e gravidade.

Espero que tenham gostado deste post e até próxima.

Fonte:

http://www.medicinenet.com/migraine_headaches

MACHADO, Jorge; BARROS, José; PALMEIRA, Manuela. Enxaqueca: fisiopatogenia, clínica e tratamento. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, v. 22, n. 4, p. 461-70, 2006.

PAHIM, Luciane Scherer; MENEZES, Ana; LIMA, Rosângela. Prevalência e fatores associados à enxaqueca na população adulta de Pelotas, RS. Revista de Saúde Pública, v. 40, n. 4, p. 692-698, 2006.

GHERPELLI, José Luiz Dias. Tratamento das cefaleias. J Pediatr (Rio J), v. 78, n. Supl 1, p. S3-S8, 2002.

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