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Hipercalcemia – Causas, sintomas e tratamento

O cálcio é um mineral que é importante na regulação e nos processos de muitas funções do corpo, incluindo formação óssea, liberação de hormônios, contração muscular e função nervosa e cerebral. Hipercalcemia é o termo que se refere a níveis elevados de cálcio na corrente sanguínea.

Os níveis de cálcio na corrente sanguínea são regulados pela glândula paratireoide, depende do metabolismo da vitamina D para ser absorvido corretamente. O aumento de cálcio no sangue, pode levar a hipercalcemia que  pode variar em gravidade e em cronicidade.

O hormônio da paratireoide é um hormônio produzido pelas glândulas paratireoides, composta por quatro pequenas glândulas que circundam a tireoide e são encontradas na parte anterior do pescoço.

A vitamina D é obtida através da exposição solar à pele, o processo continua no fígado e nos rins, esta vitamina também pode ser encontrada em alimentos como ovos e laticínios.

A calcitonina é produzida em células especializadas na glândula tireoide.

Juntos, esses três hormônios agem nos ossos, nos rins e no trato gastrointestinal regulando os níveis de cálcio na corrente sanguínea.

Uma das causas mais comuns de altos níveis de cálcio (hipercalcemia) é uma superprodução do hormônio da paratireóide, ou hiperparatireoidismo, que tende a ser mais comum em mulheres acima de 50 anos.

Hipercalcemia pode ocorrer devido a outras condições que podem variar em gravidade e cronicidade e serem fatais. Em alguns casos o câncer pode ser  uma causa comum de cálcio sanguíneo elevado. Até 20% dos indivíduos com câncer desenvolverão hipercalcemia em algum momento da doença.

Outras condições associadas à hipercalcemia incluem:

  • Câncer de pulmão e mama
  • Imobilização durante um longo período de tempo
  • Falência renal
  • Tireoide hiperativa – hipertireoidismo ou ingestão excessiva de hormônios tireoidianos.
  • Uso de certos medicamentos, como diuréticos tiazídicos
  • Condições renais ou metabólicas herdadas
  • Níveis excessivos de vitamina D e de cálcio dietético excessivo ou de doenças que podem resultar em produção excessiva de vitamina D.
Sinais e sintomas

Na maioria dos pacientes com hipercalcemia, os sinais e sintomas são mínimos. Em geral, os sintomas são identificados por níveis mais altos de cálcio no sangue. Em casos graves, os níveis elevados de cálcio   podem levar a ritmos cardíacos anormais  com achados específicos no  eletrocardiograma.

O portador pode apresentar também, prisão de ventre, náuseas, diminuição de apetite, dor abdominal, ulcera péptica, urolitíase renal, dor em flanco, micção frequente, confusão mental, perda de memória e depressão.

Os ossos são afetados mais comumente com esse distúrbio e os sinais e sintomas incluem, dor óssea, fraturas, escoliose e diminuição da estatura.

Diagnóstico

A hipercalcemia é facilmente diagnosticada com exame de sangue para avaliar os níveis de cálcio sérico, hormônio paratireoideano e vitamina D. Diagnosticar as causas da hipercalcemia, no entanto, é um processo mais complexo.

O médico irá coletar uma história clínica detalhada e exame físico, exame de urina, raios-X e outros procedimentos de imagem.

Tratamento

Se a hipercalcemia estiver causando sintomas graves, ou se os valores forem criticamente altos, a redução dos níveis sanguíneos pode exigir hospitalização, hidratação, uso de esteróides e dialíse. .  Se a hipercalcemia for modesta, o tratamento com medicamentos pode ser administrado em nível ambulatorial.

Se a causa subjacente for o hiperparatireoidismo (devido a um adenoma), há certos critérios que são revisados ​​para discutir se a cirurgia deve ser considerada. Esses critérios incluem o nível absoluto de cálcio, uma história de cálculos renais ou outras complicações relacionadas ao cálcio, e a quantidade de cálcio observada em uma coleta de urina de 24 horas. Com base nesses achados, a remoção cirúrgica do adenoma pode ser considerada.

Fonte:

PAULA, Francisco JA; FOSS, Milton C. Tratamento da hipercalcemia e hipocalcemia. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 36, n. 2/4, p. 370-374, 2003.

MARTIN, Luciana NC; KAYATH, Marcia J. Abordagem clínico-laboratorial no diagnóstico diferencial de hipercalcemia. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 43, n. 6, p. 472-479, 1999.

COPÊS, Rafaela Martinez; ZORZO, Pietra; PREMAOR, Melissa Orlandin. Hipercalcemia: avaliação e princípios do tratamento. Rev AMRIGS [Internet], v. 57, n. 4, p. 328-34, 2013.

Créditos imagem:

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