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Medicamentos antidepressivos

Olá pessoal,

Neste post irei pegar um gancho com o post da Cristina Braga sobre depressão (clique aqui).

O post da Cris Braga fala sobre o processo de depressão e, tudo envolvido com o seu desenvolvimento.

Aqui irei falar mais sobre os medicamentos utilizados para a diminuição e controle desta patologia, a qual acomete muitas pessoas.

Bem, como já foi citado pela Cris Braga, os sintomas da depressão acontecem devido a alteração que acontecem no cérebro da pessoa. Estas alterações não estão muito bem definidas, mas acredita-se que está envolvida a diminuição de alguns neurotransmissores no cérebro.

Os neurotransmissores relacionados com a depressão são: serotonina, noradrenalina e dopamina. E estes neurotransmissores estão envolvidos com vários eventos no cérebro, tais como humor, sentimento, atenção, libido, entre outros. Outros neurotransmissores estão envolvidos também, entretanto, não elucidados.

Portanto, as drogas que são utilizadas para diminuir os sintomas da depressão irão aumentar os níveis destes neurotransmissores no cérebro.

Existem muitas classes de drogas antidepressivas e, cada irá aumentar um ou mais neurotransmissores no cérebro.

O médico irá determinar o uso de uma destas classes ou a combinação entre elas, de acordo com o tipo e intensidade da depressão do paciente.

Vamos ver as principais classes de drogas utilizadas atualmente, bem como as drogas pertencentes a cada uma delas, como elas agem e os efeitos colaterais que produzem:

1- Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs)

Drogas
– iproniazida, tranilcipromina, fenelzina, clorgilina, brofaromina, moclobemida e befloxatona.

Como agem
– Estas drogas inibem uma enzima chamada monoaminoxidase (MAO). Esta enzima é responsável por destruir a serotonina, noradrenalina e dopamina. Portanto, se a enzima que destrói os neurotransmissores relacionados ao desenvolvimento da depressão está inibida, os níveis destes neurotransmissores no cérebro irão aumentar, esperando-se a melhora dos sintomas da depressão.

Efeitos colaterais
– hipotensão ortostática grave (vertigem e tontura quando levantamos rápido devido a uma falha no aumento da pressão arterial), diarreia, edema nos pés e tornozelos, taquicardia, nervosismo, excitação, hepatite, leucopenia, confusão mental, inquietação, arrepios, incoordenação motora e febre.

2- Antidepressivos tricíclicos (ADTs)

Drogas
– imipramina, desipramina, clomipramina, amitriptilina, nortriptilina, doxepina, maprotilina

Como agem
– Estas drogas agem inibindo a retirada da serotonina e noradrenalina da fenda sináptica (espaço existente entre os neurônios, e que serve para transmissão das informações entre um neurônio e outro, ou para um órgão). Portanto, se a retirada destes neurotransmissores está inibida, eles irão continuar estimulando a transmissão de impulsos nervosos no cérebro, o que é interessante no caso da depressão, na qual os níveis destes estímulos estão diminuídos.

Efeitos colaterais
– boca seca, visão borrada, glaucoma, retenção urinária, taquicardia, constipação intestinal, ganho de peso, confusão mental, disfunções sexuais, nariz entupido, tontura, disfunção erétil e ejaculatória, vertigens, tremores, sonolência, sedação, fadiga, hipotensão.

3- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs)

Drogas
– fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram, fluvoxamina, escitalopram

Como agem
Estas drogas agem inibindo a retirada da serotonina, seletivamente, da fenda sináptica (espaço existente entre os neurônios, e que serve para transmissão das informações entre um neurônio e outro, ou para um órgão). Portanto, se a retirada da serotonina está inibida, ela irá continuar estimulando a transmissão de impulsos nervosos no cérebro, o que é interessante no caso da depressão, na qual os níveis deste neurotransmissor estão diminuídos.

Efeitos colaterais
– náusea, vômito, dor abdominal, diarreia ou constipação intestinal, agitação, ansiedade, insônia, tendência a mania, nervosismo, alterações do sono, fadiga, tremores, movimentos incoordenados, perda ou ganho de peso, disfunções sexuais, reações dermatológicas e alterações nos constituintes do sangue.

4- Inibidores seletivos da receptação de serotonina e noradrenalina (ISRSNs)

Drogas
– venlafaxina e duloxetina

Como agem
– Estas drogas agem inibindo a retirada da serotonina e da noradrenalina da fenda sináptica. Portanto, se a retirada da serotonina e da noradrenalina está inibida, elas irão continuar estimulando a transmissão de impulsos nervosos no cérebro, o que é interessante no caso da depressão, na qual os níveis destes estímulos estão diminuídos.

Efeitos colaterais
– náuseas, tonturas, sonolência, hipertensão, tremores.

5- Inibidores da recaptação de serotonina e antagonista alfa-2 (IRSAs)

Drogas
– nefazodona e trazodona

Como agem
– Estas drogas agem inibindo a retirada da serotonina, seletivamente, da fenda sináptica. Portanto, se a retirada da serotonina está inibida, ela irá continuar estimulando a transmissão de impulsos nervosos no cérebro, o que é interessante no caso da depressão, na qual os níveis deste neurotransmissor estão diminuídos.

Além desta forma de agir, estas drogas ainda bloqueiam um receptor da noradrenalina, o qual é chamado de alfa-2. Este receptor é responsável por diminuir os níveis da noradrenalina na fenda sináptica. Portanto, se a droga bloqueia o alfa-2, os níveis de noradrenalina irão aumentar no cérebro, com isso, aumentando os impulsos nervosos, os quais estão diminuídos na depressão.

Efeitos colaterais
– cefaleia, boca seca, sonolência, náuseas, constipação intestinal, visão borrada, irritação gástrica, fraqueza, erupções cutâneas, queda da pressão arterial e diminuição dos batimentos cardíacos (bradicardia).

6- Inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina (ISRNs)

Drogas
– reboxetina e viloxazina

Como agem
Estas drogas agem inibindo a retirada da noradrenalina, seletivamente, da fenda sináptica. Portanto, se a retirada da noradrenalina está inibida, ela irá continuar estimulando a transmissão de impulsos nervosos no cérebro, o que é interessante no caso da depressão, na qual os níveis deste neurotransmissor estão diminuídos.

Efeitos colaterais
– taquicardia, impotência sexual, retenção urinária, insônia, sudorese excessiva, constipação intestinal e boca seca.

7- Inibidores seletivos da recaptação de dopamina (ISRDs)

Drogas
– amineptina, bupropiona e minaprina

Como agem
– Aumenta a liberação da noradrenalina corpórea e é um fraco inibidor da retirada da fenda sináptica de dopamina e noradrenalina. Com estas maneiras de agir, os níveis e atividade da noradrenalina e dopamina no cérebro estará aumentada.

Efeitos colaterais
– agitação, ansiedade, erupções cutâneas, diminuição do apetite, boca seca e constipação intestinal. Além disso, estes fármacos apresentam o risco de desenvolver convulsões.

8- Antagonistas dos receptores alfa-2

Drogas
– mianserina e mirtazapina

Como agem
– Estas drogas ainda bloqueiam um receptor da noradrenalina, o qual é chamado de alfa-2. Este receptor é responsável por diminuir os níveis da noradrenalina na fenda sináptica. Portanto, se a droga bloqueia o alfa-2, os níveis de noradrenalina irão aumentar no cérebro, com isso, aumentando os impulsos nervosos, os quais estão diminuídos na depressão.

Efeitos colaterais
– sedação, ganho de peso, boca seca, edema, constipação intestinal e dificuldade respiratória.

Espero que tenham gostado…

Abraços medicinais.

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