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Melanoma – Como reconhecer

O melanoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos melanócitos, que são células pigmentares presentes na pele. É uma das formas mais graves de câncer de pele, pois tem uma tendência em se espalhar para outras partes do corpo (metástase)  provocando complicações e morte. Cerca de 50.000 novos casos de melanoma são diagnosticados em países desenvolvidos a cada ano. O prognóstico da doença é diretamente relacionado à profundidade do tumor.

Como a maioria dos melanomas ocorre na pele, o portador deste tipo de câncer ou seus familiares são os primeiros a detectar tumores suspeitos. A detecção precoce e o diagnóstico são cruciais para o sucesso no tratamento.

Diagnosticados precocemente, os melanomas podem ser tratados com uma pequena cirurgia.

A maioria das pessoas tem manchas na pele, que geralmente aumentam à medida que envelhecemos, no entanto são geralmente benignas e incluem sardas, angiomas, queratose seborreica, nevos, entre outras.

Sinais e sintomas e sinais do melanoma 

Para a suspeita clínica, utiliza-se a regra do ABCD na identificação das lesões:

– A – assimetria – as lesões são geralmente assimétricas

– B – bordas -as bordas irregulares

– C – cor -apresenta colorações variadas

– D – diãmetro – diâmetro maior que seis milímetros.

Os locais mais comuns de acometimento são o tronco (25%) no sexo masculino e os membros (28%) no sexo feminino.

No entanto alguns melanomas não se encaixam nessa descrição, e devem ser avaliados por um dermatologista. Nem todos os melanomas têm cor ou são ressaltados na pele. Melanomas amelanóticos com pouca ou nenhuma cor podem ser confundidos com nevos benignos, traumas na pele ou carcinoma basocelular. O melanoma dermoplásico tem a aparência de uma cicatriz por ferimento.

O melanoma não é doloroso, a não ser que haja uma lesão no local, e algumas vezes podem coçar.

Fatores de risco para Melanoma

No Brasil, as maiores taxas de melanoma são encontradas na região Sul, principalmente na população branca. Representa 4% dos tumores da pele, corresponde a 65% de todos os óbitos por câncer de pele , devido à sua alta possibilidade de metástase.

Alguns fatores podem aumentar o risco de ocorrência de melanomas, entre eles queimaduras solares, pele clara, exposição ao sol com frequência, história de melanoma na família, ou de outros tipos de câncer de pele.

Também se incluem nos fatores de risco, um grande  número de nevos (mais de 50 nevos adquiridos, mais de cinco nevos displásicos, presença de nevos congênitos gigante e nevos maiores que 6 mm), exposição química, imunossupressão, xeroderma pigmentoso, entre outros.

Tipos de melanoma:

Melanoma disseminativo superficial: Este tipo é responsável por cerca de 70% de todos os casos de melanoma. Os locais mais comuns das lesões são as pernas das mulheres e as costas dos homens, e ocorrem mais comumente entre as idades de 30 a 50 anos. (Nota: Melanomas podem ocorrer em outros locais e em outras idades, também.) Estes melanomas são planos e bordas levantadas e têm uma variedade de cores. Esses melanomas evoluem ao longo de um a cinco anos e podem ser facilmente capturados em um estágio inicial, se forem detectados e removidos. Um melanoma “in situ” refere-se a um melanoma que se espalha de forma superficial que não se estende além da junção da derme e epiderme que é a localização normal dos melanócitos.

Melanoma nodular: Aproximadamente 20% dos melanomas são mais profundos, de cor azul a pretos e nódulos arroxeados. Podem evoluir mais rapidamente e são mais propensos a se espalhar. Melanomas disseminados superficiais não tratados podem se tornar nodulares e invasivos.

Lentigo maligno : Ao contrário de outras formas de melanoma,  o lentigo maligno ocorre em locais como o rosto, pois são áreas mais expostas ao sol e de forma intermitente. Com pico de incidência a partir dos 70 anos, o melanoma do tipo lentigo maligno tem predileção por áreas foto expostas, o que algumas vezes torna difícil sua diferenciação de outras lesões melanocíticas associadas à exposição solar Este tipo de melanoma maligno parece uma grande sarda, com forma irregular ou colorida e se desenvolve lentamente. Pode levar muitos anos para evoluir para um melanoma mais grave ou nunca se tornar uma forma mais invasiva. Devido à imprevisibilidade do comportamento futuro, a remoção é recomendada.

O dermatologista geralmente diagnostica o melanoma examinando o local e se for necessário solicitando uma biópsia.

Fonte:

GON, Arion dos Santos; MINELLI, Lorivaldo; GUEMBAROVSKI, Alda Losi. Melanoma cutâneo primário em Londrina. An Bras Dermatol, p. 413-426, 2001.

MAIA, Marcus et al. Melanoma acrolentiginoso: um desafio ao diagnóstico precoce Acral lentiginous melanoma: a challenge for early diagnosis. An Bras Dermatol, v. 78, n. 5, p. 553-560, 2003.

PURIM, Kátia Sheylla Malta et al. Perfil de Casos de Melanoma em um Hospital Universitário, 2003 a 2007. Rev Bras Cancerol, v. 59, n. 2, p. 193-9, 2013.

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