Tai chi é uma antiga tradição chinesa que tem evoluído ao longo dos séculos e se tornou um meio de aliviar e estresse e a ansiedade, uma forma de “meditação em movimento”.
Praticantes afirmam que promove a serenidade e paz interior.
A prática do Tai Chi é considerada uma prática segura para pessoas de todas as idades porque não provoca tensão sobre os músculos e articulações.
Existem cinco estilos diferentes de tai chi, datando de períodos diferentes, cada um com sua metodologia, princípios, linhagens e data de origem. São eles:
– Chen-estilo, entre 1580 e 1660
– Yang-estilo, entre 1799 e 1872 – Estilo mais conhecido que tem 103 posturas diferentes e foi difundido por todo o mundo.
– Wu- ou Wu (Hao), entre 1812 e 1880
– Estilo Wu, entre 1870 e 1942
– Sun-estilo, entre 1861 e 1932
Alguns se concentram na saúde, enquanto outros enfatizam a competição ou a autodefesa.
História do tai chi
A real origem do Tai Chi, ainda é um mistério, mas tem seus conceitos enraizados na história chinesa, no taoísmo e no confucionismo.
Acredita-se que o fundador do tai chi seja Zhang San feng, um monge taoísta do século XII.
Algumas histórias afirmam que Zhang San Feng deixou seu mosteiro para se tornar um eremita, e que ele criou sua própria forma de melhorar a mente e a habilidade física baseado na suavidade.
Foi conferido a ele a criação das “Treze Posturas” fundamentais do Tai Chi, que corresponde aos oito trigramas básicos do I Ching e aos cinco elementos ( terra, água, fogo metal e madeira ).
Esses movimentos foram criados baseados no conceito do “yin” e do “yang“, princípios fundamentais do Taoísmo, da Filosofia Taoísta.
Foi criado inicialmente para fins de combate, mas que foi se aperfeiçoando e transformando em um exercício muito benéfico para saúde.
A natureza de baixo impacto do tai chi significa que é adequado para pessoas de todas as idades.
Benefícios do tai chi para a saúde
Os benefícios do tai chi incluem redução do stress, da ansiedade e da depressão. Além disso, melhora da postura, tanto em pessoas saudáveis, quanto em portadores de doenças crônicas.
Alguns dos benefícios atribuídos para o tai chi incluem:
– Melhora do humor, com níveis mais baixos de depressão, estresse e ansiedade;
– Maior capacidade aeróbia e força muscular;
– Mais energia e resistência;
– Maior flexibilidade, equilíbrio e agilidade;
– Redução da pressão arterial, melhora da saúde do coração;
– Melhora do sistema imunológico;
– Redução do risco e ocorrência de quedas;
– Melhora da qualidade do sono.
Benefícios em portadores de doenças crônicas
Doença de Parkinson
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) encontrou evidencias que portadores de Parkinson que praticavam tai chi apresentaram melhora na a marcha e postura, e diminuíram o risco de quedas.
Insuficiência Cardíaca
Um estudo realizado em Harvard Medical School e do Centro Médico Beth Israel comprovou que pacientes com Insuficiência cardíaca que praticavam regularmente tai chi apresentaram melhoria na qualidade de vida e humor e sono.
Fibromialgia
Portadores de fibromialgia que praticam Tai Chi relatam alívio da dor nas articulações e de outros sintomas relacionados a doença.
Diabetes
Pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine indicou que tai chi pode melhorar os níveis de glicose no sangue e resposta do sistema imunológico em portadores de diabetes do tipo II.
Entretanto apesar do Tai Chi ser uma atividade suave, de baixo impacto, deve-se procurar aconselhamento médico antes de começar, especialmente pessoas idosas, mulheres grávidas, pessoas com dores na coluna ou portadoras de osteoporose.
No Brasil, encontramos grupos praticantes de Tai Chi Chuan em praças, onde a participação é livre, recomenda-se a prática com roupas e sapatos confortáveis.
Espero que tenham gostado deste post e até a próxima.
Fonte:
PEREIRA, M. M. et al. Efeitos do Tai Chi Chuan na força dos músculos extensores dos joelhos e no equilíbrio em idosas. Rev Bras Fisioter, v. 12, n. 2, p. 121-6, 2008.
PAULA, Fátima de Lima et al. Eficácia dos exercícios de Tai Chi Chuan na prevenção do risco de quedas em idosos. Fisioter. Bras, v. 7, n. 2, p. 155-158, 2006.
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