Os seres humanos nascem e à medida que crescem vão se agregando a grupos sociais. Vive toda sua vida como parte da sociedade, de modo que o elemento social não pode ser facilmente removido da evolução de um indivíduo.
Mas como será que contato social ou a falta dele pode afetar nossa saúde?
Somos seres sociais, e interagir com outras pessoas paz parte de nossa natureza. Mas também traz benefícios físicos e mentais.
Como seres humanos, sonhamos, aprendemos, crescemos e trabalhamos como parte da sociedade. A sociedade em que nascemos e convivemos ao longo de nossas vidas moldam nossas identidades pessoais e nos transformam em quem somos.
Pode ser intuitivo dizer que sermos seres sociais ajudou a nossa espécie a não só sobreviver, mas também prosperar ao longo de milhões de anos.
Mas de que forma?
Um estudo , que foi publicado na revista Nature, argumenta que ser social tornou-se uma força-chave para nossos antepassados quando procuravam comida durante a noite (para que pudessem usar a escuridão como escudo) e realizavam atividades durante o dia (o que os deixava mais vulneráveis a uma variedade de predadores).
Outro estudo recente – também da revista Nature – sugere que os primeiros hominídeos podem ter desenvolvido uma forma básica de linguagem porque eles precisavam de uma comunicação mais avançada para compartilhar ideias. O que pode ter ajudado nossos antepassados a desenvolver ferramentas que lhes permitissem viver melhor e evoluir ainda mais.
Pesquisadores também sugeriram que os seres humanos são seres inatamente dotados de compaixão e que isso aliado a empatia nos serviram bem em nossa evolução – uma vez que a capacidade de cuidar e compartilhar é avaliada quando procuramos um companheiro.
Afinal, para que uma espécie possa sobreviver, seus membros não devem apenas procriar, mas também devem ser capazes de proteger seus descendentes de danos e servindo como escudos contra perigos, de modo que possam obter mais força diante da adversidade.
Cientistas afirmam que o contato direto pessoa a pessoa estimula regiões do nosso sistema nervoso que liberam um “coquetel” de neurotransmissores encarregados de regular a resposta ao estresse e à ansiedade.
Em outras palavras, quando nos comunicamos com as pessoas face a face, pode ser benéfico e nos tornar mais resilientes aos fatores de estresse a longo prazo.
O contato com o outro libera uma cascata de neurotransmissores e, funciona como uma vacina, nos protegem agora – no presente – e no futuro, de forma benéfica, gestos simples como apertar as mãos, dar e receber um abraço, um aconchego em carinho é suficiente para liberar oxitocina, o que aumenta nosso nível de confiança, e diminui os níveis de cortisol, e dessa forma reduz o estresse.
Uma pesquisa demonstrou que aqueles que são submetidos a quimioterapia no tratamento de câncer apresentam melhoras, se tiverem acesso ao apoio social e à interação, sugerindo que, ao estar em torno de familiares, amigos ou colegas que atravessam experiências semelhantes, podem nos fortalecer tanto mental como fisicamente.
Interagir com outras pessoas, é um tipo de exercício cerebral, pois nos fornece motivação e o contato social ajuda a melhorar a formação da memória a recordar e assim proteger o cérebro de doenças neurodegenerativas.
Quando aprendemos, com o propósito de compartilhar nosso conhecimento com os outros, aprendemos melhor, por exemplo se aprendemos para ensinar outra pessoa, aprendemos melhor do que sozinhos. Então ao interagir com o outro e passar nossas experiências, pode ser um ótimo treino para desenvolver nossas habilidades.
Outra pesquisa concluiu que fazer amigos na maturidade poderia ajudar a prevenir o declínio mental. A pesquisa – coordenada por cientistas do Centro de Neurologia Cognitiva e Doença de Alzheimer da Faculdade de Medicina de Northwestern University Feinberg em Chicago, IL – descobriu que Super Idosos definidos como pessoas com 80 anos ou mais, com preservação da agilidade mental, teriam algo em comum: amigos íntimos.
Estudos recentes associaram a conexão social com benefícios de saúde física e melhores hábitos, com um estilo de vida mais saudável. Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Maastricht, na Holanda, concluíram em um estudo que indivíduos socialmente ativos têm um risco menor de Diabetes tipo 2.
Em contraste, indivíduos que não participam de atividades sociais, como sair com amigos ou se reunirem em um clube, apresentaram um risco 60% de desenvolver “pré diabetes”, uma condição que antecede a diabetes.
Pode ser que apenas estar junto de pessoas que nos encorajem a manter hábitos saudáveis ou a alcançar metas relacionadas a qualidade de vida, possam nos ajudar a permanecer atentos aos nossos hábitos alimentares, físicos e outros relacionados a nossa saúde.
Desfrutar de laços sociais próximos – com amigos, parceiros ou familiares – pode nos tornar mais felizes e melhorar a nossa satisfação global da vida a longo prazo.
Ser mais feliz, sempre estar disposto a aprender coisas novas, buscar viver com qualidade, são ações que podem nos motivar a deixarmos de ser solitários e quem sabe nos estimular a sair e nos misturar.
Agora que tal desligar sua internet e usar seu celular para ligar para sua(seu) amiga(o) e convida-la(o) a dar uma volta, vamos viver, aproveite a vida ao máximo, pois ela é uma só e o tempo passa rápido. Aproveite bem o que vida tem de melhor e seja feliz.
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