Os adenocarcinomas se originam nas glândulas, e podem se espalhar para outras áreas do corpo. As glândulas secretam vários fluidos dos tecidos que revestem vários órgãos do corpo.
Os adenocarcinomas representam a maior causa de câncer nos seguintes órgãos:
- mama
- pulmão
- próstata
- pâncreas
- cólon
Outro tipo raro de adenocarcinoma conhecido como carcinoma adenoide cístico é um tumor maligno relativamente comum, e o que mais acomete as glândulas salivares menores, responsável por 10 a 15% de todos os tumores na região da cabeça e do pescoço. Geralmente é diagnosticado em pacientes entre a 5ª e 7ª década de vida e uma forte associação com o fumo, e o consumo de álcool pode ser observada, além de ser um tumor predominantemente do gênero feminino
Sintomas
Como o adenocarcinoma é um câncer que pode ocorrer em muitas áreas do corpo, nenhum teste diagnóstico ou lista de sintomas pode confirmá-lo.
A maioria das pessoas procuram atendimento com queixa de sintomas incomuns que começaram a experimentar.
- Cabeça: Dores de cabeça, náuseas, vômitos, convulsões, visão turva, alterações de personalidade, sensações estranhas nas pernas ou nos braços e alterações cognitivas.
- Pulmão: tosse, rouquidão, secreção sanguinolenta, perda de peso, fraqueza e exaustão.
- Mama: presença de caroço ou outro crescimento tumoral incomum no peito.
- Próstata: micção dolorosa, problemas de controle da bexiga, desejos mais frequentes de urinar à noite, sangue no sêmen e ejaculação dolorosa.
- Pâncreas: Perda de peso não intencional, dor nas costas e no estômago, fezes oleosas ou de cor clara e comichão na pele.
- Cólon: A sensação de que os intestinos estão cheios, fezes com sangue, sangramento retal, dor de estômago e perda de peso inexplicável.
Diagnóstico:
Tem início com a História cínica relatada pelo paciente e avaliação das queixas.
Biópsia
Este procedimento é a remoção de uma pequena amostra de tecido para testar células cancerosas. Uma biópsia também pode fornecer informações, sobre onde o câncer se originou no corpo. Alguns tipos de câncer são metastáticos – espalharam-se de uma área para outra.
Imagens digitalizadas
A tomografia computadorizada (TC) é uma radiografia que fornece imagens tridimensionais de um crescimento de tumores no corpo. Podem ser utilizados para medir a mudança do tumor ao longo do tempo e avaliar se o tratamento está funcionando.
A ressonância magnética é outra opção diagnóstica e usa ondas de rádio para criar uma imagem de várias partes do corpo.
Exames de sangue
A avaliação do sangue pode identificar mudanças nas células do sangue sugestivas de câncer. Marcadores específicos podem sugerir também a presença de alterações sugestivas de câncer, como o PSA no homem – Antígeno Prostático específico – na detecção de lesões na próstata.
O tratamento para o adenocarcinoma depende da localização do câncer, seu tamanho atual, como ele cresceu e se se espalhou. As opções de tratamento podem incluir :
Remoção do tumor
A remoção cirúrgica é uma escolha comum. A remoção do tumor é uma opção mais segura com alguns tipos de câncer do que outros. Por exemplo, uma mastectomia é a remoção das mamas em case de câncer mamário e é um procedimento relativamente seguro, enquanto a cirurgia no cérebro para remover um tumor pode ser fatal.
O médico também pode optar pela ablação por radiofrequência, um tratamento que usa ondas de energia para destruir ou encolher o tumor. Os gânglios linfáticos circundantes também podem ser removidos ao mesmo tempo que o tumor.
Quimioterapia
Este tratamento mata as células cancerígenas, mas também pode matar algumas células saudáveis. Muitas pessoas que passam pela quimioterapia adoecem, perdem os cabelos ou experimentam outros sintomas. Como resultado, pessoas em tratamento quimioterápico podem precisar tomar outros medicamentos ou permanecer no hospital durante o tratamento.
Terapia direcionada
Alguns medicamentos são projetados para atacar células cancerígenas específicas, oferecendo uma alternativa menos perigosa à quimioterapia. A disponibilidade desses medicamentos depende do tipo de câncer e da saúde de um indivíduo.
Radiação
A radiação usa ondas de alta energia para matar células cancerígenas. Da mesma forma que a quimioterapia, a radiação também pode matar células saudáveis.
A imunoterapia utiliza medicamentos que auxiliam o sistema imunológico a matar o câncer. A maioria das drogas de imunoterapia apenas prolonga a vida e não cura completamente o câncer. Produzem menos efeitos colaterais do que a quimioterapia ou a radiação.
A disponibilidade da imunoterapia depende do tipo de câncer, do seu estágio e da saúde geral da pessoa com câncer.
Progressão e perspectiva
O estadiamento do câncer uma forma de medir o progresso mesmo, incluindo o adenocarcinoma. Diferentes profissionais preferem diversos sistemas de estadiamento.
O sistema de estadiamento de câncer mais popular é conhecido como TNM. As letras representam tamanho do tumor, número de linfonodos afetados e metástase ou disseminação do tumor primário para outras partes do corpo.
T mede o tumor principal. TX indica nenhum tumor mensurável e T0 indica um tumor que não pode ser encontrado. T1-T4 denota o tamanho do tumor, com os maiores números referindo-se a tamanhos maiores.
N mede o efeito do câncer nos gânglios linfáticos próximos ao tumor. NX indica que nenhum câncer pode ser medido nos gânglios linfáticos próximos, e N0 não indica câncer nos gânglios linfáticos. N1-N3 indicam o número de linfonodos afetados, com números mais altos indicando linfonodos mais afetados.
M mede a metástase ou a disseminação para outras regiões. MX significa nenhuma metástase que pode ser medida, com M0 indicando ausência de metástase. M1 indica que o câncer se espalhou.
Alguns tipos de câncer tendem a se espalhar mais rapidamente do que outros. Outros geralmente não são detectados nos estágios iniciais, resultando em diagnósticos posteriores. O câncer de próstata é um desses tipos de câncer. É mais provável que esses cânceres sejam mais fatais que os que crescem lentamente ou são detectados precocemente.
Estágios mais avançados de câncer são mais difíceis de tratar e mais letais. No entanto, esta regra varia com o tipo de câncer, os tratamentos disponíveis e o local onde o câncer se espalhou.
As taxas de sobrevida variam significativamente, dependendo do tipo de adenocarcinoma. As mulheres com câncer de mama em estágio 2, por exemplo, têm uma taxa de sobrevida de 5 anos em torno de 93%. Para o câncer de pulmão em estágio 2, as taxas de sobrevivência são em torno de 30%.
Fonte:
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