O número cada vez mais crescente de portadores de demência tem se tornado um problema de saúde pública, uma vez que seu torna-se a cada dia mais dependente de outros. Como a população está envelhecendo e vivendo vidas mais longas está começando a se tornar a norma, a corrida para entender por que a demência ocorre está aumentando a cada dia.
Em todo o mundo, a demência é a principal causa de incapacidade e dependência em idosos.
Nos Estados Unidos, 5,7 milhões de pessoas estão vivendo com a doença de Alzheimer, que é a forma mais comum de demência. Em 2050, este número deverá aumentar para 14 milhões.
Atualmente, não há tratamentos eficazes, portanto, é essencial compreender os fatores que contribuem para que possamos eliminá-los pela raiz.
Como parte do esforço para entender quais fatores estão envolvidos os cientistas que estão buscando informações em todos os conjuntos de dados disponíveis.
Uma dessas fontes de dados é o Framingham Heart Study (FHS), que começou em 1948, e até o momento, acompanhou três gerações de participantes, sua principal função é observar os fatores comuns que contribuem para a doença cardiovascular.
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, em Massachusetts, aproveitaram recentemente a riqueza de dados coletados como parte do FSH.
Os estudiosos, acreditam que ao se concentrarem em fatores de risco modificáveis, possam identificar aqueles relacionados a doenças passíveis de mudança, permitindo a possibilidade de prevenir a demência.
A análise destes pesquisadores, foi a primeira a usar uma abordagem de aprendizado de uma máquina, para gerar uma imagem mais clara dos fatores de risco que contribuem para a demência. O aprendizado de máquina, usam técnicas estatísticas avançadas, que permitem que os sistemas de computador, “aprendam” com dados, sem serem especificamente programados.
Em outras palavras, os sistemas aprendem a visualizar os dados, e podem detectar padrões, sem que os seres humanos precisem guiar seu processo de “pensamento”.
Os pesquisadores usaram dados de 1979 a 1983, e estavam particularmente interessados, em informações sobre demografia e estilo de vida. Seus resultados foram publicados recentemente no Jornal of Alzheimer Disease.
A idade foi exposta como um fator de risco significativo. À medida que envelhecemos, as chances de desenvolver demência aumentam e isso é conhecido há muito tempo. No entanto, os pesquisadores encontraram outras relações significativas entre elas:
– Viuvez
– Índice de massa corpórea baixo – IMC
– Poucas horas de sono
Por exemplo, se um parente idoso é viúvo e está abaixo do peso, pode ser prudente manter-se atento aos primeiros sinais de demência.
Os pesquisadores queriam identificar informações que qualquer profissional de saúde pudesse ter acesso para determinar o potencial aumento do risco de demência no futuro.
A maioria das ferramentas de triagem de demência exige treinamento especializado, mas a linha de frente para o rastreamento são profissionais que trabalham na rede básica e membros da família.
De acordo com os pesquisadores, os fatores demográficos e de estilo de vida que não são invasivos e de baixo custo de implementação podem ser avaliados na meia-idade e utilizados para modificar o risco de demência no final da idade adulta.
Entender os fatores de risco por trás da demência pode ajudar a sociedade a minimizar os danos que ela pode causar.
Fonte:
https://www.medicalnewstoday.com/articles/321747.php
Créditos imagem:
https://www.medicalnewstoday.com/articles/321747.php