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Desvendando a diabetes

Olá pessoal!!!

Neste post irei falar um pouco sobre a diabetes, que é uma doença crônica degenerativa que pode ter várias causas, devido a alterações que essa doença pode causar em nosso metabolismo (forma que nosso corpo funciona).

A diabetes se caracteriza pela falta ou deficiência de uma substância denominada insulina que acarreta um aumento de açúcar no sangue chamado cientificamente de hiperglicemia (aumento de glicose que deveria estar sendo utilizada por nossas células afim de manter o equilíbrio corporal).

E, infelizmente este aumento de açúcar no sangue pode vir acompanhado do aumento de colesterol (gordura no sangue), aumento da pressão arterial (hipertensão) e problemas na pele e tecidos (neuropatia diabética).

Existem dois tipos de diabetes: o tipo I e o tipo II.

No tipo I seu portador é chamado de insulino-dependente e, é considerada a forma mais grave, pois o indivíduo não consegue produzir insulina por uma disfunção na glândula responsável por esta produção, o pâncreas e, geralmente, tem origem genética (transmitido pelos pais) ou transmitido por fatores ambientais e, acomete geralmente pessoas jovens, seu início pode se dar na infância.

Já, a diabetes tipo II ou não insulino-dependente, o indivíduo pode apresentar valores normais ou mais baixos de insulina, mas o organismos do portador apresenta uma resistência na utilização desta substância, o que vai elevar o nível de glicose (açúcar) no sangue, é como se o indivíduo tivesse uma chave que não consegue se adequar perfeitamente a fechadura, e desta forma é impossível abrir a porta, ou seja produz insulina mas o corpo não reconhece de forma adequada.

Esta forma de diabetes é a mais comum principalmente em pessoas acima dos 50 anos e, infelizmente, a demora no diagnóstico é que acaba prejudicando a qualidade de vida do indivíduo, pois sua ocorrência pode trazer complicações como distúrbios visuais (retinopatia diabética – indivíduo pode ficar cego), neuropatias (pé diabético, feridas que não cicatrizam), insuficiência renal entre outras.

Mas como saber se tenho diabetes?

Bem, a doença apresenta alguns sintomas bem característicos mas, geralmente, quando já está em uma fase adiantada, então, a melhor forma de saber se tem a doença é realizar periodicamente exames de glicemia (exames que analisam a taxa da glicose no sangue) e que podem ser feitos através da análise de laboratório com a coleta de sangue em jejum, ou na glicemia capilar que você pode fazer na UBS próximo da sua casa, onde uma picadinha no seu dedo já é o suficiente para coletar o sangue para o exame.

E isso é muito importante, pois quanto mais precoce o tratamento, maior a garantia de prevenção de complicações, mas vamos aos sinais e sintomas da doença:

– Cansaço excessivo: ocorre porque as células não conseguem receber a glicose, a qual é um elemento importante para a manutenção de energia das mesmas e, um combustível para o nosso organismo. E é a insulina a chave que permite que a glicose entre em nossas células.

– Sede intensa: por urinar demais o corpo pode ficar desidratado e, a sede funciona como um mecanismo de defesa no combate a desidratação, mas o excesso de açúcar no sangue aumenta a quantidade de água perdida na urina.

– Aumento da diurese (urina muitas vezes e mais ao dia): Polaciúria

– Fome exagerada e grande vontade de comer doce: isso acontece porque o diabético não consegue absorver glicose pelas células e esta substancia é uma fonte de energia (lembram o cansaço?).

– Dores nas pernas.

– Dificuldade de cicatrização (cuidado com os pés: sempre que possível utilize sapatos confortáveis e nunca corte a unha de qualquer jeito, deixe ela no formato quadrado – evita que ela encrave).

– Visão borrada (se este fato acontecer a consulta ao oftalmologista é necessária) .

– Hipoglicemia (diminuição da glicose no sangue) e hiperglicemia (aumento da glicose no sangue)

O tratamento envolve controle nutricional (ver post da Pérola – Nutrição e Diabetes), prática de atividade física, controle do peso, uso de drogas chamadas hipoglicemiantes que, geralmente, são prescritos por via oral (mais comum o uso em portadores de diabetes tipo II) e a insulinoterapia ( diabetes tipo I) pois muitas vezes o indivíduo não consegue produzir insulina e desta forma não metaboliza a glicose. (ver post da Ana Paula – Medicamentos para a diabetes)

A insulina é um hormônio necessário para a entrada da glicose nas células e, se o diabético produz pouco ou não produz insulina é necessário fazer uso desta substancia produzida em laboratórios á fim de manter a taxa de açúcar (glicemia) no sangue sobre controle.

Os hipoglicemiantes orais como a metformina, glibenclamida, clorpropamida, entre outros, são fármacos que ajudam a manter a glicemia sobre controle, no entanto atente para os efeitos colaterais que incluem ganho de peso, hipoglicemia, diarréia e náuseas.

Então, preste atenção se você tem mais de 40 anos e descobriu que tem diabetes, pois a dieta, o controle do peso e a prática de exercícios físicos serão um forte aliado na prevenção de complicações e na manutenção de sua saúde.

O melhor tratamento para diabetes tipo II é a promoção à saúde.

Atenção faça o controle diário dos valores glicêmicos se você for diabético, isto irá lhe ajudar a manter sua doença sob controle.

Fiquem em paz e até o próximo post.

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