A colite ulcerativa é um tipo de doença inflamatória intestinal que pode ser melhorada por mudanças na dieta. Mas quais alimentos são permitidos e quais devem ser evitados?
A colite ulcerativa pode causar períodos intensos de desconforto abdominal, diarréia e perda de apetite.
Embora não haja uma dieta para pessoas com colite ulcerativa, certas modificações na dieta podem ajudar a administrar a doença e evitar as suas complicações.
Alimentos que podem ser benéficos
Com tantos gatilhos alimentares potenciais, pode ser difícil para uma pessoa com colite ulcerativa saber o que é seguro para comer.
Tal como acontece com os alimentos desencadeantes, aqueles que não agravam sintomas variam de pessoa para pessoa.
Algumas das escolhas melhores para alguém com colite ulcerativa incluem:
– Geléia de maçã: esta é uma boa fonte de nutrientes. Mas, de forma semelhante aos outros alimentos nesta lista, o alto teor de fibra e a frutose podem torná-lo menos útil durante uma crise.
– Salmão: é rico em ácidos graxos ômega-3, que podem ter benefícios para a saúde do trato digestivo.
– Abóbora: muitas variedades são ricas em fibras, o que pode ser uma escolha ruim para algumas pessoas. No entanto, muitas pessoas acham que a abóbora é bem tolerada nesta situação.
– Abacate: rico em nutrientes e considerado uma boa escolha de alimento para pessoas com colite ulcerativa.
– Alguns alimentos fermentados: incluem iogurtes, contendo probióticos ativos. As bactérias nestas preparações podem ajudar a digestão. Alguns estudos demonstraram que o uso rotineiro de probióticos pode ajudar a reduzir estímulos e sintomas da colite ulcerativa.
– Aveia instantânea: se consumida sem adição de sabores, pois ela é, um pouco, mais fácil de digerir do que outras formas de grãos e aveia.
– Ovos: estes oferecem uma série de nutrientes, incluindo suplementação de ômega-3. Eles, geralmente, são fáceis de digerir, o que os torna bons para um plano de dieta.
– Muito líquido: pessoas com condições como colite ulcerativa podem precisar beber líquido extra, pois a diarréia pode levar à desidratação.
Alimentos a serem evitados
Embora a causa da colite ulcerativa não seja, completamente, compreendida, os médicos estão certos de que a alimentação não é uma causa da doença.
No entanto, os alimentos que as pessoas escolhem comer parecem ter um impacto nos episódios de ataques de colite ulcerativa.
Alguns alimentos, geralmente, são bons para comer, enquanto outros podem precisar ser evitados. E, nem todas as pessoas responderão do mesmo modo a um alimento. Devido a este fato, as dietas variam.
Existem alguns alimentos, comumente, reconhecidos como alimentos desencadeantes. Esses incluem:
– Cafeína: embora não haja muitos dados sobre o efeito da cafeína nos sintomas da colite ulcerativa, uma pesquisa de 2013, utilizando 442 pessoas, descobriu que 20% dos indivíduos com a condição, relataram que a cafeína piorou os sintomas. A cafeína é encontrada em café, chá, refrigerante e chocolate.
– Produtos lácteos: Embora não sejam ruins para todas as pessoas com colite ulcerativa, os produtos lácteos podem desencadear sintomas em algumas delas. Pessoas que também são intolerantes à lactose devem evitar lácteos, pois os sintomas são semelhantes.
– Álcool: o seu consumo pode desencadear diarréia em algumas pessoas.
– Bebidas carbonatadas: alguns refrigerantes e cervejas contêm carbonatação que pode irritar o trato digestivo e causar gás. Muitas bebidas carbonatadas também contêm açúcar, cafeína ou adoçantes artificiais, os quais podem ser desencadeantes de colite ulcerativa.
– Alimentos ricos em fibra: estes incluem feijões secos, frutas, grãos integrais, uvas, ervilhas e legumes. Eles podem aumentar o número de movimentos intestinais, flatulência e cólicas abdominais.
– Pipoca: de forma semelhante a outras sementes e nozes, isso pode ser difícil de digerir.
– Alimentos que contêm enxofre ou sulfitos: estes minerais podem causar excesso de produção de gases. Alguns desses alimentos incluem cerveja, vinho, amêndoas, cidra, soja, macarrão, pães, amendoim, passas e carnes curadas.
– Carne gordurosa: a gordura da carne pode não ser devidamente absorvida durante a digestão, o que pode piorar os sintomas.
– Nozes e sementes: podem causar cólicas abdominais, inchaço e diarréia. Quando uma pessoa está num momento de crise, mesmo pequenas sementes podem desencadear sintomas.
– Álcoois de açúcar: podem causar inchaço, diarréia e gás. O álcool de açúcar está em muitas gomas e doces livres de açúcar, alguns sucos de frutas e vários sorvetes.
– Açucar de frutose: pode ser mal absorvido, causando aumento do gases, cólicas e diarréia. Verifique o rótulo dos produtos, como xarope de milho, suco de frutas, mel e melaço, pois todos contêm frutose.
– Muitos vegetais: muitas vezes são ricos em fibras, o que pode ser difícil de digerir, causando cãibras, gases e cólicas abdominais. Os vegetais fibrosos como o aipo é um exemplo. Outros vegetais produtores de gases incluem repolho, couve de bruxelas e brócolis. Legumes cozidos são melhores tolerados do que cru.
– Alimentos picantes: incluem molhos picantes e pimentões. Podem causar diarréia em muitas pessoas. Para pessoas com colite ulcerativa, alimentos picantes podem desencadear ou piorar uma crise.
– Glúten: encontrado em trigo, centeio e cevada, e pode desencadear sintomas na colite ulcerativa. Embora, a aveia não contenha glúten, ela possui uma proteína similar que pode reagir de forma cruzada em indivíduos sensíveis ao glúten. A aveia também é processada no mesmo espaço de fábrica que o trigo.
Como identificar e evitar alimentos problemáticos
A melhor abordagem para determinar quais alimentos comer ou evitar é através de um relatório diário de alimentos.
Este relatório permite que a pessoa com colite ulcerativa tome decisões informadas sobre alimentos potencialmente ruins.
Deve ser organizado a fim de que seja fácil de ler e compartilhar com um médico.
Algumas anotações a serem incluídas neste relatório diário são:
– Data
– Alimentos que foram consumidos, incluindo uma lista de extras que foram adicionados, como molhos, por exemplo
– Hora do dia em que a comida foi consumida
– Quaisquer reações imediatas
– Quaisquer estímulos ou sintomas de piora
As revistas de alimentos são particularmente úteis quando as pessoas procuram adicionar comida adicional às suas dietas.
Ao adicionar um alimento de cada vez e gravá-lo, uma pessoa pode determinar se o alimento é uma boa escolha ou não, avaliando se os sintomas estão piorando ou não.
Planos de dieta para colite ulcerativa
Os planos de dieta para pessoas com colite ulcerativa variam.
Os melhores tendem a começar com um diário de alimentos, que molda as escolhas e idéias alimentares no plano.
Os planos de dieta devem incluir as seguintes informações:
– Alimentos agradáveis: isso incluirá uma lista de alimentos que uma pessoa conhece gosta, e não agrava seus sintomas.
– Alimentos ruins para comer: Da mesma forma, uma lista de alimentos que eles conhecem e que são desencadeantes do problema.
– Nutrição adequadamente equilibrada: uma das maiores complicações para pessoas com colite ulcerativa é a nutrição inadequada, devido a tolerâncias alimentares limitadas ou a poucas escolhas. As pessoas devem procurar maneiras de modificar alimentos ao invés de evitá-los, então os benefícios nutricionais não são perdidos. Por exemplo, descascar ou cozinhar uma fruta ou verdura pode torná-la mais tolerável.
– Suplementos: alguns alimentos ricos em nutrientes podem não ser digeríveis para as pessoas. Ou uma pessoa pode não ter nutrientes. Nestes casos, eles podem adicionar suplementos para substituir nutrientes não obtidos em seus alimentos.
– Planos de refeições: estes devem levar em consideração o cronograma de uma pessoa e ter lanches embutidos. Quanto melhor forjada uma refeição, mais provável é que alguém fique comendo alimentos que não agravem seus sintomas.
– Revisão e aprovação de um médico ou nutricionista: Qualquer profissional pode dar conselhos sobre o equilíbrio da dieta ou alternativas alimentares que o indivíduo pode não ter considerado.
– Manter-se informado: a colite ulcerativa pode mudar ao longo do tempo, por isso é importante acompanhar e registrar a ingestão de alimentos, como parte da manutenção do plano de dieta.
Os bons planos de dieta devem ser revistos ocasionalmente para explicar quaisquer mudanças na reação do corpo aos alimentos.
É importante, também, manter um médico no controle sobre quaisquer mudanças.
Existem algumas dietas pré-fabricadas e planos disponíveis para ajudar as pessoas. Alguns exemplos incluem dietas que evitam certos açúcares fermentáveis ou fibras.
No entanto, dietas que são “genéricas” podem não funcionar para todas as pessoas.
É importante, para quem procura alterar dietas ou seguir um plano pré-fabricado, conversar com seus médicos ou nutricionistas antes de começar.
Fonte:
http://www.medicalnewstoday.com/articles/317836.php
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