A leucemia é um tipo de câncer no sangue especificamente na medula óssea, local onde se produz células sanguíneas. A leucemia pode se desenvolver devido a um problema na a produção de células sanguíneas. Geralmente afeta os glóbulos brancos.
É mais provável que a leucemia afete pessoas com idade superior a 55 anos, mas também é o câncer comum em menores de 15 anos.
A leucemia aguda se desenvolve e se agrava rapidamente, entretanto a leucemia crônica vai se agravando com o tempo. Existem vários tipos diferentes de leucemia, a melhor forma de tratamento e a chance de sobrevivência do portador depende de qual tipo de leucemia possui.
No Brasil, atualmente a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres.
A leucemia se desenvolve quando o DNA do desenvolvimento de células sanguíneas, principalmente células da série branca, sofrem danos. Isso faz com que as células sanguíneas cresçam e se dividam incontrolavelmente. A leucemia acontece quando os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se reproduzir de maneira descontrolada.
As células sanguíneas saudáveis morrem e novas células as substituem, neste caso células defeituosas. As células sanguíneas anormais não morrem em um ponto natural do seu ciclo de vida. Em vez disso, eles se multiplicam cada vez mais e ocupando o espaço de células sadias.
À medida que a medula óssea produz mais células cancerígenas, elas começam a superlotar o sangue, impedindo que os glóbulos brancos saudáveis cresçam e funcionem normalmente.
Eventualmente, as células cancerígenas superam as células saudáveis no sangue.
Fatores de risco
Há uma série de fatores que podem levar a leucemia, entre eles:
Radiação ionizante artificial: ter sido submetido a radioterapia por um câncer anterior, embora esse seja um fator de risco mais significativo para alguns tipos específicos de câncer.
Leucemia mielóide crônica (LMC): exposição a altas doses de radioatividade e idade aumentada. Acomete mais homens que mulheres.
Leucemia mielóide aguda (LMA): tabagismo, exposição prolongada a produtos químicos como o “benzeno”, além de síndromes genéticas. Pessoas com síndromes mielodisplásica também podem desenvolver a LMA.
Leucemia Linfoide Crônica (LLC): exposição a substâncias químicas, como uso prolongado de pesticidas, e histórico familiar – casos em parentes de primeiro grau. Mais comum em homens que mulheres.
Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): estar exposto à radiação e substâncias químicas como benzeno. Embora não haja demonstrações de que seja hereditária, algumas síndromes familiares são fatores de risco, como a “Síndrome de Down”.
Quimioterapia: indivíduos que receberam tratamento por quimioterapia têm maior chance de desenvolver leucemia na maturidade.
Outra condição genética relacionada à leucemia é a A síndrome de Li Fraumeni é o nome dado à uma série de tipos de câncer, que possuem correlação genética, ou seja, são herdáveis, e não são causados exclusivamente por conta do ambiente. O padrão de herança é autossômico e dominante, ou seja, não há diferenças entre a herança entre homens e mulheres, e basta o indivíduo herdar um alelo que este está predisposto a manifestar os sintomas da doença. Os tipos de câncer que já foram associados e podem ser incluídos sob o nome de síndrome de Li Fraumeni são sarcomas, leucemias, carcinomas de mama pré-menopausa, tumores cerebrais e adrenocorticais, assim como câncer de osso e de tecidos moles, além de outros, como câncer de pulmão, carcinoma pancreático e melanoma Isso causa uma alteração no gene TP53.
Problemas herdados do sistema imunológico: Certas condições imunológicas herdadas aumentam o risco de infecções graves e leucemia. Esses incluem:
- Síndrome de Bloom
- Síndrome de Schwachman-Diamond
- Síndrome de Wiskott-Aldrich
Supressão imunológica: A leucemia infantil pode se desenvolver devido à supressão deliberada do sistema imunológico. Isso pode ocorrer após um transplante de órgão, quando a criança toma medicamentos para impedir que seu corpo rejeite o órgão.