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Poluição do ar surge como novo fator de risco para osteoporose

A osteoporose é uma doença, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo principalmente mulheres.  Ainda hoje não é possível alterar alguns dos principais fatores de risco, como o envelhecimento, sexo e fragilidade. No entanto, mais fatores de risco estão surgindo, e de acordo com estudos, a poluição do ar parece ser um deles.

A osteoporose é uma doença, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo principalmente mulheres.  Ainda hoje não é possível alterar alguns dos principais fatores de risco, como o envelhecimento, sexo e fragilidade. No entanto, mais fatores de risco estão surgindo, e de acordo com estudos, a poluição do ar parece ser um deles.

A osteoporose é caracterizada por diminuição da densidade óssea, que torna os ossos frágeis e quebradiços.

Essa condição tende a afetar, principalmente mulheres após os 50 anos, mas alguns fatores ambientais – como falta de Vitamina D também podem contribuir para o seu desenvolvimento.

À medida pesquisas sobre as causas e as melhores estratégias preventivas contra essa condição continuam, pesquisadores continuam descobrindo possíveis fatores de risco.

Um novo estudo liderado pelo Instituto de Barcelona para a Saúde Global – cujas descobertas aparecem no Jama Network Open,  sugere que a má qualidade do ar está associada a uma menor densidade óssea entre as populações em envelhecimento.

O estudo contribui para a literatura limitada e inconclusiva sobre poluição do ar e saúde óssea”, diz o autor do estudo.

Neste estudo, os pesquisadores analisaram dados sobre a saúde óssea e as condições de vida de 3.717 participantes, incluindo 1.711 mulheres, de 28 aldeias nas proximidades da cidade de Hyderabad, na Índia.

Os investigadores usaram estimativas de exposição ao ar livre à poluição do ar, referindo-se à presença de carbono e partículas finas no ar – partículas minúsculas que provêm, por exemplo, de escapamentos de carros. Essas partículas permanecem no ar por um longo tempo e se infiltram no corpo humano através dos pulmões.

Além disso, os pesquisadores também levaram em consideração dados auto relatados coletados por questionários, perguntando aos participantes que tipo de matéria prima usavam ao cozinhar.

A equipe continuou verificando se seria possível, estabelecer um vínculo entre a qualidade do ar e a saúde óssea, analisando especificamente as medidas da densidade óssea na coluna lombar dos participantes.

Eles descobriram que indivíduos que experimentavam poluição do ar ambiente com maior frequência, – especialmente por meio de partículas finas pareciam ter níveis mais baixos de massa óssea.

Os pesquisadores concluíram, que a ligação entre a má qualidade do ar e a má saúde óssea possa ser devida ao estresse oxidativo e à inflamação causadas pela poluição do ar.

Os pesquisadores observaram que a exposição dos participantes a partículas finas no ar era de 32,8 microgramas por metro cúbico a cada ano, o que excede em muito os limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de 10 microgramas por metro cúbico.

Do total de participantes, 58% relataram usar combustível de biomassa (gás, etanol, carvão vegetal, biodiesel) para cozinhar, mas os pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre essa prática e a má saúde óssea.

As descobertas feitas neste estudo, aumentam as evidências acerca da poluição do ar como fator de risco para osteoporose.

Fonte:

https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2758211

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