A tireoidite de Hashimoto, é um distúrbio autoimune onde ocorre inflamação da glândula tireoide e é a causa mais comum de hipotireoidismo – baixos níveis de hormônio tireoidianos no sangue.
Os sintomas e sinais da tireoidite de Hashimoto geralmente se assemelham aos do hipotireoidismo e costumam ser sutis. Eles não são específicos (o que significa que podem imitar os sintomas de muitas outras condições) e são frequentemente atribuídos ao envelhecimento. Pacientes com hipotireoidismo leve podem não apresentar sinais ou sintomas. Os sintomas geralmente se tornam mais evidentes à medida que a condição se agrava, e a maioria dessas queixas está relacionada a uma desaceleração metabólica do corpo.
Os sinais e sintomas da tireoidite de Hashimoto são os mesmos do hipotireoidismo e inclue:
¤ Sensação de frio
¤ Depressão
¤ Pele seca
¤ Depressão
¤ Obstipação intestinal
¤ Aumento de colesterol
¤ Fadiga
¤ Sonolência
¤ Ganho de peso
A tireoidite de Hashimoto, é diagnosticada por exames de sangue que medem a função da glândula tireoide e na identificação de anticorpos contra proteínas encontradas na glândula tireoide.
Como a tireoidite de Hashimoto é um distúrbio autoimune, não pode ser prevenida, o corpo provoca uma reação imunológica contra o tecido da glândula tireoide, levando à inflamação da glândula (tireoidite). A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada na parte inferior do pescoço, abaixo do pomo de Adão. A glândula tireoide envolve a traqueia e tem uma forma semelhante a uma borboleta – formada por duas asas ou lóbulos (lóbulos) e é fixada por uma parte do meio.
O prognóstico para alguém com tireoidite de Hashimoto é excelente com o tratamento adequado.
A condição foi nomeada após o Dr. Hakaru Hashimoto, o médico que a descreveu em 1912.
À medida que o hipotireoidismo se torna mais grave, pode haver inchaço ao redor dos olhos, diminuição da frequência cardíaca, queda da temperatura corporal e insuficiência cardíaca. Na forma mais grave da doença, o hipotireoidismo pode evoluir ao coma mixedematoso uma condição grave que pode levar a morte. Esta condição requer hospitalização e tratamento imediato com hormônio tireoidiano.
As pessoas com tireoidite de Hashimoto frequentemente experimentam inicialmente uma fase hipertireoidiana (excesso de hormônio tireoidiano), chamada de hashitoxicose, pois o hormônio tireóideo sai da glândula danificada quando é destruído. Eventualmente, eles se tornam hipotireoideanos.
Outros sintomas e sinais incluem:
Inchaço da glândula tireoide (devido à inflamação), que pode causar uma sensação de aperto ou plenitude na garganta.
A presença de edema na glândula tireoide é denominado bócio, onde a mesma se apresenta bem iaumentada.
Dificuldade de deglutição de sólidos ou líquidos devido ao aumento da glândula tireoide com compressão do esôfago.
Diagnóstico
É feito através da avaliação dos sintomas e as queixas comumente observadas no hipotireoidismo, exame cuidadoso do pescoço para procurar o aumento da glândula tireoide além de um histórico detalhado dos membros da família. Os exames de sangue são essenciais para diagnosticar a tireoidite de Hashimoto. Exames de sangue específicos determinam o nível da função tireoidiana.
Durante o estágio inicial da tireoidite, os níveis dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) podem estar normais. Com o hipotireoidismo crônico, os níveis do hormônio tireoidiano caem e o nível do hormônio estimulante da tireóide (TSH) se torna alto.
Tratamento
Não há cura para a tireoidite de Hashimoto. O período de tempo que o processo autoimune e a inflamação continuarão não é previsível. Na grande maioria dos pacientes, o hipotireoidismo resulta do processo inflamatório.
O tratamento de escolha para a tireoidite de Hashimoto é tipicamente T4 sintético ou tiroxina (levotiroxina) mais conhecidos como Synthride, Levothroid e Levoxyl. A medicação será utilizada por toda a vida, e o tratamento bem sucedido alivia os sintomas e sinais de hipotireoidismo. Sem medicação, há muito pouca chance de a tireoide ser capaz de manter os níveis hormonais dentro da faixa normal, e os sintomas e sinais de hipotireoidismo irão voltar e poder complicar A dose de levotiroxina pode precisar ser modificada após a verificação dos níveis de TSH uma vez por ano.
Fonte:
CAMBOIM, Denise Cruz et al. Carcinoma papilífero da tireoide associado à tireoidite de Hashimoto: frequência e aspectos histopatológicos. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 45, n. 1, p. 75-82, 2009.
HÖFLING, Danilo Bianchini et al. Importância da ecogenicidade da tireóide no diagnóstico da tireoidite crônica auto-imune. Radiologia Brasileira, v. 41, n. 6, p. 409-417, 2008.
SILVA, Regina do Carmo. Importância da avaliação da função tireoidiana em pacientes com diabetes mellitus. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 49, n. 2, p. 180-182, 2005.
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