Uma nova pesquisa encontrou uma forte relação entre o uso de medicamentos para osteoporose e um menor risco de mortalidade prematura. No entanto, a maioria das pessoas ignoram o conselho médico quando se trata do uso de medicação para a saúde óssea, referem os pesquisadores.
A osteoporose é uma condição relacionada à idade que torna o osso mais frágil e mais propenso a fraturas. Embora esta condição seja mais comum em mulheres, também afeta muitos homens.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a osteoporose da coluna lombar e da cabeça de fêmur, são a formas mais comuns de osteoporose e afetam 24,5% das mulheres e 5,1% dos homens com 65 anos ou mais de idade nos Estados Unidos.
Após uma fratura inicial relacionada à osteoporose, os médicos geralmente recomendam medicamentos para apoiar a saúde óssea. Alguns dos medicamentos para osteoporose que os médicos prescrevem mais comumente são os bisfosfonatos de nitrogênio e o etidronato, um bifosfonato não-ongênico.
Novas investigações do Instituto Garvan de Pesquisa Médica em Darlinghurst, Austrália, revelaram que o uso de algumas dessas drogas leva a menores taxas de perda óssea e promovem um risco de mortalidade significativamente menor.
No entanto, de acordo com os autores deste estudo, muitos indivíduos que receberam este tratamento para osteoporose, após fratura por fragilidade inicial não seguem essa prescrição.
É um equívoco comum, que a osteoporose afete apenas as mulheres, e muitas pessoas optam por não fazer os tratamentos recomendados, observa o coautor do estudo.
As fraturas osteoporóticas não são benignas e a medicação para osteoporose não só diminui o risco de novas fraturas como também diminui as taxas de mortalidade nos 15 anos subsequentes.
Menor risco de morte associado a menor perda óssea
No primeiro estudo, os pesquisadores analisaram os dados de 6.120 participantes com 50 anos ou mais que haviam se inscrito no estudo multicêntrico canadense de osteoporose.
Esta investigação revelou que os participantes do estudo no grupo de bifosfonatos de nitrogênio – alendronato e risedronato – tiveram um risco 34% menor de morte prematura. No entanto, quando os pesquisadores analisaram o bisfosfonato de nitrogênio separadamente, eles observaram que apenas o alendronato produzia esse efeito, e não o risedronato.
No segundo estudo, a equipe realizou uma análise mais aprofundada, usando dados de uma coorte que também havia se inscrito no Estudo Canadense Multicêntrico de Osteoporose. Mais especificamente, eles avaliaram os dados de 1.735 participantes do sexo feminino com 50 anos ou mais. Neste caso, eles excluíram os participantes do sexo masculino porque muito poucos preencheram os critérios do estudo.
Desta vez, a pesquisa revelou que os participantes que tomaram bifosfonatos de nitrogênio tiveram uma menor taxa de perda óssea, bem como um menor risco de mortalidade. Os autores estimam que uma menor taxa de perda óssea do colo femoral, em particular, contribuiu para cerca de 39% da redução da mortalidade observada nesse grupo.
Os pesquisadores esperam que suas descobertas recentes possam encorajar os indivíduos com osteoporose a adesão medicamentosa e a seguir a prescrição médica.
Para muitos indivíduos com osteoporose, a saúde óssea não é prioridade. Esperam-se que os resultados do estudo incentivem as pessoas com osteoporose ou risco de fratura a procurar tratamento e que assumam o compromisso no tratamento.
Fonte:
https://www.medicalnewstoday.com/articles/326046.php