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Enfim… o outono chegou. E a umidade relativa do ar fica cada vez mais baixa

Olá pessoal, tudo bem? O nosso post de hoje irá falar sobre a estação que inspira a beleza, a delicada e a ternura, de acordo com os poetas, que é o outono e suas principais características.

O outono (estação que compreende o período entre o verão e o inverno) se iniciou em 21 de março e terminará entre 20 e 21 de junho, quando se inicia o inverno.

Essa estação é considerada de transição entre o verão e o inverno e podemos perceber algumas características específicas como:

– Diminuição gradativa da luz solar diária ao longo de sua duração, ou seja, conforme os dias se sucedem percebemos que a iluminação da Terra pelo Sol vai ficando cada vez mais desigual, gradativamente, com dias mais curtos e noites mais longas.

– Há um aumento na incidência dos ventos.

– Redução gradual da temperatura.

– Maior incidência de nevoeiros pelas manhãs.

– Queda das folhas em alguns tipos de plantas.

– Diminuição da umidade relativa do ar.

Como todos já devem ter percebido, nosso outono está atípico em 2016. As temperaturas estão elevadas, bem acima da média para a época, mas a umidade relativa (UR) do ar está cada vez mais baixa, principalmente, no meio das tardes.

Mas afinal, o que é umidade relativa do ar?

Bem… Por definição, a umidade relativa do ar é a relação entre a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura, sendo um dos parâmetros utilizado pelos meteorologistas para se saber como o tempo se comportará, ou seja, para se fazer previsões.

A umidade presente no ar é decorrente do ciclo hidrológico ou da água, o qual pode ser resumido como o processo de evaporação da água.

O vapor de água sobe para a atmosfera, se acumulando nas nuvens, mas uma parcela desse vapor passa a compor o ar, circulando na atmosfera.

Entretanto, devemos lembrar, que o ar, assim como qualquer outra substância, tem uma capacidade limite, chamado ponto de saturação, para absorver a água. Abaixo desse limite, ocorre o acúmulo de umidade sob a forma de pequenas gotas ou neblina, conhecido como ponto de orvalho. Acima desse ponto, a água acumulada nas nuvens se precipita sob a forma de chuva.

A umidade relativa do ar é variável com a temperatura, presença ou não de vegetação ou florestas, cursos d’água como rios, mares e, até mesmo represas, e até com a queda de temperatura, o que ocasiona a formação do orvalho.

Em um deserto, por exemplo, a umidade relativa do ar pode chegar a 10%, sendo que a média mundial é de 60%, a qual é recomendada como ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quais são as consequências de uma umidade relativa do ar baixa?

Quando a umidade relativa do ar está muito baixa (inferior a 30%) pode provocar problemas, principalmente, respiratórios, ocasionando o surgimento de alergias, sinusites, rinites, asmas e outras doenças tendem a se agravar.

Por outro lado, quando a umidade está muito alta pode surgir fungos, bolores (mofos) e ácaros.

Vale a pena ressaltar, que quando está muito quente e a umidade relativa do ar muito baixa (característica do verão no hemisfério norte), conseguimos suportar melhor temperaturas de até 37°C pois o suor evaporará mais rápido provocando um resfriamento de nosso corpo.

Por outro lado, quando a temperatura encontra-se baixa (em torno de 20 a 22°C) e a umidade relativa do ar estiver muito alta, sentiremos calor. Isso ocorre porque o suor evapora de nossa pele com mais dificuldade, o que faz com a sensação térmica seja mais alta.

O outono e, principalmente, o inverno brasileiro são caracterizados por diminuição da temperatura e da umidade relativa do ar, especialmente, no período da tarde entre 12:00 e 16:00 horas.

Quando a umidade relativa do ar fica entre 20 a 30%, o ar se torna árido, característico do deserto. O sol brilha com intensidade, há poucas nuvens no céu e as chuvas se tornam escassas, o que pode levar as autoridades a declararem estado de atenção.

Nessas condições não se indica a prática de atividade física sob o sol no período de 11:00 às 15:00 horas.

Recomenda-se o uso de umidificadores ou vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes (como bacias e baldes) contendo água nos ambientes, além de se beber muita água (pelo menos 2 litros/dia) para hidratar.

No estado de alerta, a umidade relativa do ar fica entre 12 a 20% e se acrescenta à lista de recomendações anterior, a total eliminação de atividade física sob o sol no período de 10:00 às 16:00 horas.

Além disso, recomenda-se, também, evitar a aglomeração de multidões em espaços fechados e a utilização de soro fisiológico em mucosas de nariz e olhos para hidratação dessas regiões.

Já quando a umidade relativa do ar fica abaixo de 12%, entra-se no estado de emergência, onde além de todas as recomendações anteriores, recomenda-se a suspensão de qualquer tarefa realizada ao ar livre no período de 10:00 às 16:00 horas, a interrupção de atividades que impliquem na aglomeração de multidões em espaços fechados tais como: salas de reuniões e de aula, cinemas, etc. no mesmo horário citado anteriormente.

As crianças e os idosos são os principais atingidos por essas condições, sendo que alguns chegam até a falecer em decorrência de problemas respiratórios e alérgicos mais severos, ocasionado pela evaporação dos líquidos presentes nas mucosas.

Por isso, é importante ficar atento nessa época do ano e seguir as recomendações apresentadas acima.

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