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Um novo estudo ajuda a desvendar as causas da morte neuronal responsáveis por certos tipos de demência

A demência surge como resultado da morte das células cerebrais, que pode levar a um declínio na aprendizagem, memória e outras funções cognitivas, mas precisamente o que desencadeia esse processo ainda não está claro.

A demência surge como resultado da morte das células cerebrais, que pode levar a um declínio na aprendizagem, memória e outras funções cognitivas, mas precisamente o que desencadeia esse processo ainda não está claro.

Uma equipe de pesquisadores no entanto estão próximos de explicar esse processo, pois  descobriram que a falta de um gene chamado histona demethylase 1 ou  (LSD1) desencadeia a morte de células cerebrais, levando a anormalidades cognitivas comparáveis às observadas em pessoas com doença de Alzheimer e demência fronto temporal DFT – (demência de PICK)

As descobertas foram apresentadas  na revista Nature Communications .

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, responsável por 60 à 70%dos casos de demência. Cerca de 5,5 milhões de idosos nos Estados Unidos têm esta condição, dos quais cerca de 5,3 milhões têm idade igual ou superior a 65 anos.

Na doença de Alzheimer, a morte das células cerebrais é parcialmente atribuída a presença de uma proteína denominada TAU.  Esta proteína pode formar “emaranhados” que interferem no sistema de transporte das células nervosas, impedindo-os de receber os nutrientes de que necessitam para a sua sobrevivência.

Já a demência fronto temporal – DFT – é uma forma mais rara de demência caracterizada pela perda de células nervosas nos lobos frontais do cérebro. Isso pode levar a mudanças de personalidade e deficiências de mobilidade, bem como problemas com linguagem, fala e habilidades de escrita.

Estima-se que cerca de 50.000 a 60.000 pessoas nos EUA vivem com uma das duas formas primárias de DFT: a variável comportamental demência frontotemporal ou afasia progressiva primária.

Tal como acontece com a doença de Alzheimer, a perda de células nervosas na DFT foi atribuída, em parte, ao acúmulo da proteína TAU. A condição também foi associada ao acúmulo de uma proteína chamada TDP43.

A nova pesquisa promove a compreensão dos mecanismos subjacentes à morte de células nervosas na doença de Alzheimer e DFT, depois de descobrir um papel crucial para LSD1, que também é conhecido como KDM1A.

Perda de LSD1 ligada à doença de Alzheimer e DFT

Para o estudo, a equipe eliminou o gene LSD1 em camundongos adultos. Seu objetivo inicial foi determinar se o gene está ou não envolvido na geração de esperma, após um estudo que foi realizado anteriormente, revelar que o LSD1 é importante no desenvolvimento embrionário precoce.

A pesquisa os levou outra direção. A equipe descobriu que a supressão do LSD1 nos roedores desencadeou a morte das células nervosas no hipocampo e no córtex cerebral do cérebro, o que levou à paralisia e déficit na aprendizagem e na memória.

Em pesquisas futuras, os pesquisadores descobriram que a atividade gênica nos cérebros desses camundongos estava associada a alterações no metabolismo celular, sinalização celular e inflamação semelhantes às observadas no cérebro de indivíduos com doença de Alzheimer e DFT.

Curiosamente, no entanto, os camundongos deficientes em LSD1 não mostraram sinais de acumulação de tau ou TDP43 em seus cérebros.

Como o LSD1 pode causar a morte de células cerebrais?

Em seguida, os pesquisadores analisaram amostras de tecido cerebral de pacientes com doença de Alzheimer ou DFT e ficaram surpresos ao descobrir que o LSD1 tinha se acumulado nos emaranhados da proteína TAU dos pacientes com Alzheimer, bem como nos agregados TDP43 de pacientes com DFT.

Esses achados forneceram indícios [como] sobre como  o gene  LSD1 poderia estar ligado a estes emaranhados e  ainda a  neurodegeneração seletiva que observamos nos camundongos com deficiência de LSD1, nas mesmas regiões cortical e hipocampo que são duas regiões vulneráveis nestas duas doenças neurodegenerativas distintas.

Em conjunto, os pesquisadores dizem que seus resultados indicam um possível vínculo entre a perda de LSD1 e casos de demência humana”.

A equipe também acredita que o LSD1 é necessário para suprimir outras atividades de genes potencialmente prejudiciais. Eles especulam que um acúmulo de agregados de proteínas nas células nervosas faz com que o LSD1 fique escondido no citoplasma, o que o impede de fazer seu trabalho.

Normalmente de acordo com os pesquisadores, o LSD1 mantém neurônios diferenciados e evita a ativação de caminhos neurodegenerativos comuns, reprimindo continuamente a transcrição de genes inadequados.

Como resultado, a inibição do LSD1 pelos achados patológicos nos neurônios de portadores da doença de Alzheimer e DFT pode se criar uma situação em que os neurônios fiquem  sujeitos a processos prejudiciais, resultando na morte das células neuronais e consequentemente a demência..

Em estudos futuros, a equipe planeja continuar a desvendar o papel do LSD1 na doença de Alzheimer e DFT, e gostariam de testar se os compostos que aumentam a função do LSD1 podem ajudar no tratamento destas  demências

Fonte:

www.medicalnewstoday.com/articles/319690.php

Créditos imagem:

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