Será que estamos preparados para proteger nossa saúde de doenças e infecções sexualmente transmissíveis? Algumas dessas infecções são mais familiares – provavelmente já ouvimos falar de clamídia, gonorreia, herpes genital e HIV. No entanto hoje iremos abordar o HPV ou papiloma vírus.
O HPV também é conhecido como verrugas genitais, que são causadas pelo papilomavírus humano (HPV).
Verrugas genitais afetam homens e mulheres, mas as mulheres são mais vulneráveis a complicações.
As verrugas genitais podem ser tratadas, mas podem voltar a menos que a infecção subjacente também seja tratada.
O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
Não é necessário ter relações sexuais para que uma doença sexualmente transmissível (DST) prejudique a saúde. O papilomavírus humano (HPV), a doença que causa verrugas genitais, pode ser transmitido por contato íntimo pele a pele.
A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.
Como reconhecer – Sinais e Sintomas
As primeiras manifestações da infecção pelo HPV podem aparecer entre, 2 a 8 meses, e algumas podem demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.
Lesões clínicas: se apresentam como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente de condilomas acuminados e popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas (elevadas e solidas). Em geral, são assintomáticas, mas podem causar coceira no local. Essas verrugas, geralmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu): podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinal/sintoma. As lesões subclinas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para desenvolver câncer.
Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.
Alguns tipos de HPV causam câncer do colo do útero ou anal e estão disponíveis vacinas para proteger contra os tipos mais perigosos. Outros tipos de HPV causam verrugas genitais, que podem ser elevadas, planas ou em forma de couve-flor. O HPV pode ser transmitido mesmo por pessoas que não apresentam verrugas visíveis ou outros. sintomas.
Tratamento
O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. Sobre o tratamento:
- Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
- São químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
- Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicado no serviço de saúde: ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação profissional para cada caso.
- Podofilina e imiquimode não deve ser usada na gestação.
Prevenção
Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
- Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
- Pessoas com HIV;
- Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.