O Dia dos Pais está chegando e hoje quero prestar uma homenagem a meu pai e a todos os pais que sabem toda a responsabilidade que essa palavra carrega.
Embora tenha nascido em São Paulo, minha família é mineira daquelas bem tradicionais onde a mulher casava e cuidava da casa, do marido e dos filhos enquanto o homem trabalhava e provia a família. Minha mãe era quem cuidava de nós (eu e meu irmão) na maior parte do tempo, assim como a maioria das mães, mas meu pai era diferente da maioria dos pais da época.
Pai, eu me lembro de você trabalhando muito, saindo bem cedo e nós ainda dormindo e quando você voltava, no fim do dia, minha mãe já havia nos colocado para dormir. Mas você sempre esteve presente em minha vida.
Você era tão moderno que nos ensinou, lá na década de 70, que não há distinções entre tarefas femininas e masculinas. Você sempre ajudou a mamãe a cuidar da gente, trocando nossas fraldas, nos alimentando, nos vestindo, contando estórias para dormirmos, mas acima de tudo você aproveitava cada minuto de seu tempo livre conosco.
Eu me lembro que todo domingo você era exclusivamente meu e do meu irmão. Acordávamos cedo e íamos para o Parque do Ibirapuera correr, andar de bicicleta, empinar pipa, rolar na grama (deixando minha mãe louca), fazer o que tínhamos vontade … passávamos a manhã inteira com você nos divertindo. Depois chegávamos em casa, almoçávamos e, às vezes depois de toda essa agitação, quando você queria assistir ao futebol na TV e nós pedíamos para você brincar com a gente ou jogar um jogo de tabuleiro ou qualquer outra atividade como, por exemplo, ir no Museu do Ipiranga, você largava tudo e vinha nos dar atenção. Você não faz ideia de como esses momentos eram importantes para mim e como essas lembranças me fazem feliz.
Outra lembrança boa que trago de você é nos criando para o mundo, nos cobrando notas boas no colégio sem recompensas materiais, pois só estudávamos, nos preparando para o mundo. Você sempre foi um espelho para mim, pela sua integridade, seu senso de justiça, sua empatia, seu companheirismo mas, principalmente, pelo seu amor. E não falo isso porque você é meu pai.
Você conseguia impor sua autoridade conosco sem levantar a voz, raramente nos bateu, mas, quando foi necessário, nos disciplinou com algumas palmadinhas no bumbum, chorando por dentro, mas nos explicava o porque daquela correção e o porque aquilo era errado. Em todas as vezes que fui corrigida por você sempre soube o porque daquele ato.
Você é meu pai para todas as horas e no momento mais triste da minha vida, quando minha mãe morreu, se a nossa relação não foi de amizade, com certeza eu teria tido muito mais dificuldade para me recuperar da perda. Eu sei que você chorava a falta da mãe, mas em momento algum vi você fazer isso na minha frente. Eu te admiro porque mesmo sem a nossa mãe, você estava ao nosso lado, cuidando da gente. Eu sei que posso contar com você em qualquer momento e você comigo, pois nossa relação é aberta, de amizade, de companheirismo, de dedicação e amor um para com o outro.
Até nos momentos em que temos diferenças de opinião e você diz que brinco com você, eu jamais faço isso para lhe magoar, eu faço isso para lhe preservar e defender, pois você é meu bem mais precioso na vida e não quero te perder nunca.
Quando eu nasci, você escolheu meu nome, Pérola, e, segundo minha professora de Psicologia da época do Doutorado, você escolheu esse nome para mim porque você me considerava sua joia rara, seu tesouro, mas, eu discordo em parte dela, pois nenhuma joia pode se destacar se não tiver um bom joalheiro para lapida-la e você foi o joalheiro que contribuiu para minha lapidação e me transformou no que eu sou. Por isso, eu quero lhe agradecer por tudo o que fez por mim, que eu ainda possa lhe dar muito orgulho e cuidar de você até o final de sua vida com muito amor e carinho.
O Dia dos Pais está chegando e hoje quero prestar uma homenagem a meu pai, mas, também, a todos os pais que sabem toda a responsabilidade que essa palavra carrega.
Embora tenha nascido em São Paulo, minha família é mineira daquelas bem tradicionais onde a mulher casava e cuidava da casa, do marido e dos filhos enquanto o homem trabalhava e provia a família. Minha mãe era quem cuidava de nós (eu e meu irmão) na maior parte do tempo, assim como a maioria das mães, mas meu pai era diferente da maioria dos pais da época.
Pai, eu me lembro de você trabalhando muito, saindo bem cedo e nós ainda dormindo e quando você voltava, no fim do dia, minha mãe já havia nos colocado para dormir. Mas você sempre esteve presente em minha vida.
Você era tão moderno que nos ensinou, lá na década de 70, que não há distinções entre tarefas femininas e masculinas. Você sempre ajudou a mamãe a cuidar da gente, trocando nossas fraldas, nos alimentando, nos vestindo, contando estórias para dormirmos, mas acima de tudo você aproveitava cada minuto de seu tempo livre conosco.
Eu me lembro que todo domingo você era exclusivamente meu e do meu irmão. Acordávamos cedo e íamos para o Parque do Ibirapuera correr, andar de bicicleta, empinar pipa, rolar na grama (deixando minha mãe louca), fazer o que tínhamos vontade … passávamos a manhã inteira com você nos divertindo. Depois chegávamos em casa, almoçávamos e, às vezes depois de toda essa agitação, quando você queria assistir ao futebol na TV e nós pedíamos para você brincar com a gente ou jogar um jogo de tabuleiro ou qualquer outra atividade como, por exemplo, ir no Museu do Ipiranga, você largava tudo e vinha nos dar atenção. Você não faz ideia de como esses momentos eram importantes para mim e como essas lembranças me fazem feliz.
Outra lembrança boa que trago de você é nos criando para o mundo, nos cobrando notas boas no colégio sem recompensas materiais, pois só estudávamos, nos preparando para o mundo. Você sempre foi um espelho para mim, pela sua integridade, seu senso de justiça, sua empatia, seu companheirismo mas, principalmente, pelo seu amor. E não falo isso porque você é meu pai.
Você conseguia impor sua autoridade conosco sem levantar a voz, raramente nos bateu, mas, quando foi necessário, nos disciplinou com algumas palmadinhas no bumbum, chorando por dentro, mas nos explicava o porque daquela correção e o porque aquilo era errado. Em todas as vezes que fui corrigida por você sempre soube o porque daquele ato.
Você é meu pai para todas as horas e no momento mais triste da minha vida, quando minha mãe morreu, se a nossa relação não foi de amizade, com certeza eu teria tido muito mais dificuldade para me recuperar da perda. Eu sei que você chorava a falta da mãe, mas em momento algum vi você fazer isso na minha frente. Eu te admiro porque mesmo sem a nossa mãe, você estava ao nosso lado, cuidando da gente. Eu sei que posso contar com você em qualquer momento e você comigo, pois nossa relação é aberta, de amizade, de companheirismo, de dedicação e amor um para com o outro.
Até nos momentos em que temos diferenças de opinião e você diz que brinco com você, eu jamais faço isso para lhe magoar, eu faço isso para lhe preservar e defender, pois você é meu bem mais precioso na vida e não quero te perder nunca.
Quando eu nasci, você escolheu meu nome, Pérola, segundo minha professora de Psicologia da época do Doutorado, você escolheu esse nome para mim porque você me considerava sua joia rara, seu tesouro, mas, eu discordo em parte dela, pois nenhuma joia pode se destacar se não tiver um bom joalheiro para lapida-la e você foi o joalheiro que contribuiu para minha lapidação e me transformou no que eu sou. Por isso, eu quero lhe agradecer por tudo o que fez por mim, que eu ainda possa lhe dar muito orgulho e cuidar de você até o final de sua vida com muito amor e carinho.