Pessoas idosas com deficiência de vitamina K são sofrem um risco maior de imobilismo, de acordo com um estudo recente.
Fontes alimentares de vitamina K incluem couve, espinafre, brócolis e outras verduras de cor verde escura. Alguns laticínios também contêm vitamina K.
Os pesquisadores que realizaram o estudo sugerem que a vitamina K pode estar envolvida no processo de incapacitação na velhice.
Eles descrevem seu trabalho em um artigo em uma edição recente do The Journals of Gerontology: Série A.
Estudos anteriores encontraram ligações entre a vitamina K e condições de longo prazo que podem aumentar o risco de imobilismo. Estas condições incluem as doenças cardiovasculares e osteoartrite.
No entanto, nenhuma dessas investigações anteriores avaliou diretamente a relação entre a vitamina K e o imobilismo.
Níveis baixos de vitamina K tem sido associados ao aparecimento de doenças crônicas que levam à incapacidade, no entanto estudos acerca desta relação ainda são poucos.
Os estudiosos acreditam que este estudo seja o primeiro a avaliar a relação entre “deficiência de vitamina K e dificuldade de mobilidade ” em idosos.
A nova evidência se baseia em estudos anteriores que associaram baixos níveis de vitamina K circulante com “velocidade de marcha lenta e maior risco de osteoartrite”.
Mobilidade é fundamental para o envelhecimento saudável
A mobilidade pode ser definida como “ A capacidade de se deslocar (mover-se) de um local para outro”. O que promove independência ao indivíduo, condição essencial para qualidade de vida na maturidade.
Um estudo de 2018 encontrou evidências que cerca de 30% dos adultos mais velhos têm mobilidade limitada.
As causas mais comuns de incapacidade de mobilidade em pessoas idosas são o aparecimento de problemas pulmonares, artrite e outras condições de longo prazo.
Uma dorma comum de mobilidade é a capacidade de andar e subir escadas.
Mobilidade e status de vitamina K
A vitamina K, pertence a um grupo de vitaminas solúveis em gordura (lipossolúveis), que têm uma estrutura química semelhante e estão presentes em alguns alimentos. A filoquinona é a principal forma dietética de vitamina K e está presente principalmente em folhas verdes.
Para avaliar o status da vitamina K, os pesquisadores analisaram dois biomarcadores sanguíneos: a filoquinona e a proteína Gla de matriz uncarboxylated (ucMGP) que necessita de vitamina K para ser metabolizada e desempenha um papel crucial na construção e manutenção da saúde dos ossos em geral. Os pesquisadores observam que a ucMGP no sangue aumenta quando o valor sérico de da vitamina K está baixo.
Os dados analisados foram de 688 mulheres e 635 homens que participaram do Estudo da Saúde, Envelhecimento e Composição Corporal (HEALTH ABC). Neste estudo cerca de 40% dos participantes eram da raça negra e as idades variaram de 70 a 79 anos.
O estudo ABC da Saúde avaliou a mobilidade dos participantes a cada 6 meses por um período que variou de 6 e 10 anos. Os participantes compareceram às clínicas para análise e em entrevistas pelo telefone.
Os pesquisadores definiram a limitação da mobilidade como relatos de 6 meses consecutivos de “qualquer dificuldade, ou de andar +- 400 metros ou subir 10 degraus sem descansar”.
Eles definiram incapacidade de mobilidade como dois relatórios mensais consecutivos de “muita dificuldade ou incapacidade” para completar o mesmo desafio de caminhar e subir escadas.
A análise mostrou que as pessoas mais velhas que tinham maior probabilidade de desenvolver limitação de mobilidade e incapacidade eram aquelas com baixos níveis sanguíneos de filoquinona.
Em particular, os pesquisadores descobriram, que o desenvolvimento da limitação da mobilidade era quase 1,5 vezes maior, em indivíduos com baixos níveis sanguíneos de filoquinona, em comparação com aqueles que tinham níveis suficientes.
Além disso, a chance de desenvolver incapacidades de mobilidade para indivíduos com baixo filoquinona, foi quase o dobro em indivíduos com níveis suficientes.
Não houve uma relação clara entre a limitação ou incapacidade de mobilidade com os níveis sanguíneos baixos de ucMGP.
Os resultados para homens e mulheres que participaram do estudo foram semelhantes.
Os pesquisadores pedem mais estudos para confirmar suas descobertas e esclarecer os mecanismos que podem ligar a vitamina K à mobilidade.
Devido ao crescente aumento da população de idosos, é importante entender a variedade de fatores de risco que possam levar ao prejuízo da independência e autonomia, o que ocorre quando o indivíduo perde a capacidade de mobilidade.
Fonte:
https://www.medicalnewstoday.com/articles/325475.php
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