A constipação intestinal ocorre quando temos dificuldade em esvaziar o intestino grosso (não conseguimos evacuar). Remédios caseiros e mudanças no estilo de vida geralmente podem ajudar a resolver esse problema, mas às vezes pode ser necessária buscar ajuda de um profissional de saúde.
A constipação pode ocorrer por várias razões, como quando as fezes passam pelo cólon muito lentamente. Quanto mais lento o alimento se move pelo trato digestivo, mais água o cólon absorverá e mais difíceis será eliminar o conteúdo fecal.
Às vezes, a constipação resulta de um bloqueio no intestino grosso, se for esse o caso que é diagnosticado após a avaliação médica se trata de uma urgência. Em outros momentos, pode ser simplesmente devido à falta de consumo de fibras ou água.
Sinais e Sintomas
Os principais sintomas da constipação são:
- dificuldade em evacuar (fazer cocô)
- fazer muita força para evacuar
- evacuar pouca quantidade
- fezes irregulares, secas ou duras
Outros sintomas incluem:
- dor e cólicas abdominais
- sensação de inchaço
- náuseas
- perda de apetite
Complicações
A constipação por si só pode ser desconfortável, mas normalmente não é fatal.
No entanto, pode se tornar um problema se for um sintoma de uma condição subjacente mais grave, como câncer coloretal , ou se começar a causar mais danos.
Os danos que podem surgir como resultado da constipação grave incluem:
- sangramento retal após esforço
- fissura anal, que é uma pequena lesão (corte) ao redor do ânus
- hemorroidas, que são vasos sanguíneos inflamados e inflamados no ânus
- impactação fecal, que ocorre quando as fezes secas estagnam e se acumulam no reto e no ânus, levando potencialmente a uma obstrução mecânica
Outras complicações são incluem uma qualidade de vida reduzida e depressão.
Causas
Falta de fibra na dieta
As fibras auxiliam a formação de bolo fecal e retenção de água, desde que haja o consumo de água constante.
Alimentos ricos em fibras incluem:
- frutas
- legumes
- grãos integrais
- nozes
- lentilhas, grão de bico e outras leguminosas
Alimentos com pouca fibra incluem:
- alimentos ricos em gordura, como queijo, carne e ovos
- alimentos altamente processados, como pão branco
- batatas fritas, fast foods e outros alimentos pré-fabricados
Inatividade física
Baixos níveis de atividade física também podem levar à constipação.
Alguns estudos anteriores descobriram que pessoas em boa forma física, incluindo corredores de maratona, têm menos probabilidade de constipar do que outras pessoas, embora as razões exatas para isso ainda não sejam claras.
Indivíduos que passam vários dias ou semanas na cama ou sentadas em uma cadeira podem ter um risco maior de constipação.
Medicamentos
Alguns medicamentos podem aumentar o risco de constipação. Entre eles:
Medicamentos opioides para alívio da dor : codeína (presente com acetaminofeno no Tylenol), oxicodona (OxyContin) e hidromorfona (Dilaudid).
Antidepressivos tricíclicos: incluem amitriptilina (Elavil) e imipramina (Tofranil).
Anticonvulsivantes: fenitoína (Dilantin) e carbamazepina (Tegretol).
Bloqueadores dos canais de cálcio : auxiliam no controle de hipertensão e diminuem a freqüência cardíaca. Eles incluem diltiazem (Cardizem) e nifedipina (Procardia).
Antiácidos que contêm alumínio: incluem Amphojel e Basaljel.
Diuréticos : Estes removem o excesso de líquido do corpo, como a hidroclorotiazida e furosemida (Lasix).
Suplementos de ferro : utilizados para tratamento de anemia ou deficiência de ferro.
Síndrome do intestino irritável
Neste caso a constipação pode variar ao longo do tempo. Quando a constipação não está presente, pode haver fezes soltas (diarreia)
Envelhecimento
À medida que envelhecemos, a prevalência de constipação tende a aumentar. Até 40% das pessoas idosas podem apresentar constipação o que pode aumentar consideravelmente em idosos institucionalizados, quando pode chegar à 60%.
Isso pode ser devido à demora que digestão e excreção ocorrem em idosos. A imobilidade também pode contribuir para a constipação.
Mudanças na rotina
Quando viajamos nossa rotina habitual muda. Isso pode afetar o sistema digestivo. Dietas diferentes, horário de ir para a cama e usar o banheiro em horários diferentes do normal podem aumentar o risco de constipação.
Uso excessivo de laxantes
Os laxantes podem ajudar nos movimentos intestinais, mas o uso regular de certos laxantes permite que o corpo se acostume com sua ação e podem formar hábitos – especialmente laxantes estimulantes. Isso significa que quanto mais uma pessoa depende de laxantes, maior o risco de constipação quando parar de usá-los.
O uso excessivo de laxantes também pode levar a:
- desequilíbrio eletrolítico
- desidratação
- dano de órgão interno
Algumas dessas complicações podem se tornar fatais. Por esse motivo, é necessário conversar com um profissional de saúde antes de começar a usar laxantes.
Deixar de ir ao banheiro quando tiver vontade
Se você ignora o desejo de evacuar, ele pode desaparecer gradualmente até deixar de sentir a necessidade e as fezes permanecerão na ampola retal e a água deste bolo fecal será absorvida, deixando as fezes mais endurecidas.
Quanto mais tempo ficar sem evacuar, mais secas e mais difíceis as fezes se tornam. Isso aumentará o risco de impactação fecal.
Não beber água suficiente
Beber água regularmente, pode diminuir o risco de constipação.
Outros líquidos incluem sucos de frutas ou vegetais adoçados naturalmente e sopas transparentes.
É importante observar que alguns líquidos podem aumentar o risco de desidratação e piorar a constipação para algumas pessoas. Por exemplo, aqueles que são propensos à constipação devem limitar a ingestão de refrigerantes com cafeína, café e álcool.
Problemas colorretais
Distúrbios que afetam o cólon podem impedir e restringir a passagem das fezes, levando à constipação.
Exemplos de tais condições incluem:
- tumores cancerígenos
- hérnia
- diverticulite
- estenose colorretal, que é um estreitamento anormal do cólon ou reto
- doença inflamatória intestinal (DII)
Tratamento
A constipação geralmente se resolve sem a necessidade de tratamento com receita médica. Na maioria dos casos, mudanças no estilo de vida – como fazer mais exercícios, comer mais fibras e beber mais água – pode ajudar.
Programar um tempo para defecar, sem estresse ou interrupção, também pode ajudar. Também não devemos ignorar o desejo de evacuar.
Os laxantes podem melhorar os sintomas a curto prazo, mas devemos usá-los com cuidado e somente quando necessário.
Se a constipação persistir, deve-se consultar um médico.
Suplementos de fibra: Também conhecidos como laxantes formadores de massa, esses podem ser a opção mais segura, neste casos devem ser utilizados com bastante água, ingerir fibras sem água, piora o quadro de obstipação.
Estimulantes peristálticos: Cronoplex e plantacil.
Lubrificantes de fezes: ajudam as fezes a se moverem suavemente através do cólon. Um exemplo é o óleo mineral.
Osmóticos: atraem água para o cólon para hidratar as fezes e facilitar o movimento. Os laxantes salinos são um tipo de osmótica.
Agentes neuromusculares: incluem antagonistas opioides e agonistas do 5-HT4. Eles trabalham em receptores específicos para regular o movimento através do intestino.
Dieta ricas em fibras: ingestão de mamão, ameixa, couve, alface, entre outros.
Ingestão de água e líquidos em média 2 litros ao dia.
Outras opções de tratamento
Se os laxantes não funcionarem, pode ser necessário remover as fezes impactadas manual ou cirurgicamente.
Fonte:
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