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Dormir demais pode aumentar as chances de desenvolver demência

Um novo estudo sugere que pessoas com padrões de sono prolongados podem ter um risco aumentado de desenvolver demência.

Mais de 46 milhões de pessoas vivem com demência em todo o mundo, e estes números deverão  quase triplicar até 2050.

Nos Estados Unidos, estima-se que mais de 5 milhões de pessoas tenham   doença de Alzheimer. O risco de desenvolver esta doença aumenta com a idade, pois  1 em cada 3 idosos podem apresentar doença de Alzheimer ou outra forma de demência em idades mais avançadas.

Um novo estudo sugere que pessoas com padrões de sono prolongados podem ter um risco aumentado de desenvolver demência.

A pesquisa foi conduzida pelo Dr. Sudha Seshadri, professora de neurologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Boston (BUSM), e os resultados foram publicados na revista Neurology no mês de março de 2017.

Os pesquisadores examinaram dados do Framingham Heart Study (FHS) que  é um grande estudo de coorte que começou em 1948 com a participação de 5.209 homens e mulheres com idade entre 30 e 62 vivendo na cidade de Framingham, Massachusetts.

O objetivo original do estudo era identificar fatores de risco para doença cardiovascular.

Para este estudo, um grande número de adultos matriculados em ambulatórios da cidades  foram incluídos na amostra e foram questionados quanto tempo costumavam dormir por noite.

Os pesquisadores seguiram clinicamente os participantes durante 10 anos para verificar se alguns destes indivíduos desenvolveram a doença de Alzheimer e outra forma de demência.

Os pesquisadores examinaram os dados coletados sobre a duração do sono e calcularam o risco de desenvolverem demência.

A equipe descobriu que as pessoas que dormem regularmente por 9 horas ou mais eram duas vezes mais propensas a desenvolver Alzheimer dentro de 10 anos, em comparação com aqueles que dormiam consistentemente menos de 9 horas.

Além disso, explica o autor principal do estudo, a educação parece estar desempenhando um papel no afastamento do risco de demência.

Os participantes sem um diploma do ensino médio que dormem mais de 9 horas por noite tiveram seis vezes o risco de desenvolver demência em 10 anos em comparação com os participantes que dormiam menos.

Estes resultados sugerem que ser culto pode ser um fator  protetivo contra a demência em pessoas com sono prolongado.

O estudo também descobriu que as pessoas que dormiam mais tempo pareciam ter menor volume cerebral.

Por ser um estudo observacional, o mesmo não pode estabelecer a causalidade, mas os investigadores suspeitam que o sono excessivo é provavelmente um sintoma associado as mudanças neuronais que vêm com demência.

Como consequência, eles especulam, reduzindo a duração do sono não é uma garantia de diminuir o risco de demência.

Os autores acreditam que as descobertas podem auxiliar na identificação de demências e nas práticas de detecção precoce de deficiência cognitiva.

O relato individual da duração do sono dos participantes do estudo, pode ser uma variável útil no auxílio ao diagnóstico precoce das demências, nos próximos 10 anos, ou seja pessoas que relatarem aumento do sono podem ser monitoradas e avaliadas com mais afinco no que se relaciona as funções cognitivas. Pois, quanto mais cedo um paciente é diagnosticado com demência, melhor qualidade de vida poderá ser ofertada a ele e a sua família.

Fonte:

http://www.medicalnewstoday.com/articles/316006.php

 

 

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