A perda do sono é um problema comum na sociedade moderna, afetando muitas pessoas em vários momentos de suas vidas.
A privação do sono ocorre quando um indivíduo dorme menos do que precisa para se sentir bem disposto e alerta. Pessoas maduras parecem ser mais resistentes aos efeitos da privação do sono, enquanto outras, especialmente crianças e adultos jovens, são mais vulneráveis.
Embora interrupções ocasionais do sono, geralmente não sejam mais do que um incômodo, a falta contínua de sono pode levar a sonolência diurna excessiva, dificuldades emocionais, desempenho insatisfatório no trabalho, obesidade e uma percepção reduzida da qualidade de vida.
Não há como questionar a importância do sono reparador, e é necessária atenção para gerenciar e prevenir a privação do sono.
Curiosidades sobre a privação de sono
A perda do sono altera o funcionamento cognitivo pois diminui a atenção e perturba a capacidade concentração;
A falta de sono tem um papel significativo em acidentes trágicos envolvendo aviões, navios, trens, automóveis e usinas nucleares;
Crianças e jovens adultos são mais vulneráveis aos efeitos negativos da privação de sono;
A privação do sono, pode ser um sintoma de um distúrbio do sono não diagnosticado ou de outro problema de saúde;
Sintomas
Quando não dormimos o suficiente para nos sentirmos acordados e alertas, podemos ter sintomas de privação de sono.
O principal sintoma da perda de sono em curso é a sonolência diurna excessiva, mas outros sintomas incluem: bocejar com frequência, mau humor, fadiga, irritabilidade, humor deprimido, dificuldade em aprender novos conceitos, esquecimento, incapacidade concentração, falta de motivação, aumento do desejo por apetite e carboidratos, redução do desejo sexual
Não dormir o suficiente impede o corpo de fortalecer o sistema imunológico e produzir mais citocinas para combater processos infecciosos. Isso pode significar que podemos levar mais tempo para nos recuperar das doenças, além de levar a um risco aumentado de doença crônica.
A privação do sono também pode resultar em risco aumentado para doenças respiratórias.
A falta de sono pode afetar o peso corporal. Dois hormônios no corpo, a leptina e a grelina, controlam as sensações de fome e saciedade ou plenitude. Os níveis desses hormônios são afetados pelo sono. A privação do sono também causa a liberação de insulina, o que leva ao aumento do armazenamento de gordura e a um maior risco de desenvolver diabetes tipo II.
O sono ajuda os vasos do coração a se recuperarem e se reconstruir, além de afetar os processos que mantêm a pressão arterial e os níveis de açúcar, bem como o controle da inflamação. Não dormir o suficiente aumenta o risco de doença cardiovascular.
O sono insuficiente pode afetar a produção de hormônios, incluindo hormônios de crescimento e testosterona em homens.
As recomendações da National Sleep Foundation (NSF) de 2015 para tempo de sono adequado para grupos etários específicos são:
Recém-nascidos (0 a 3 meses): 14 a 17 horas por dia
Bebés (4 a 11 meses): 12 a 15 horas
Crianças (1 a 2 anos): 11 a 14 horas
Pré-escolares (3 a 5 anos): 10 a 13 horas
Crianças em idade escolar (6 a 13 anos): 9 a 11 horas
Adolescentes (14 a 17 anos): 8 a 10 horas
Adultos (18 a 64 anos): 7 a 9 horas
Idosos (mais de 65 anos): 7 a 8 horas
Alguns grupos de pessoas podem considerar o sono como um tempo perdido e privar-se propositalmente do sono para buscar outras coisas, como entretenimento, metas educacionais ou atividades lucrativas.
Esta privação intencional do sono é mais provável de ser vista em adolescentes e adultos jovens.
Outros podem, inadvertidamente, não dormir o suficiente por causa do trabalho por turnos, obrigações familiares ou trabalhos exigentes.
Padrões consistentes de sono-vigília de ir para a cama tarde, despertares noturnos frequentes ou acordar cedo podem levar à privação de sono e ao acúmulo de sono atrasado.
Causas adicionais de privação de sono incluem problemas médicos como depressão, apneia obstrutiva do sono, desequilíbrios hormonais e outras doenças crônicas.
Fonte:
MONTI, Jaime M. Insônia primária: diagnóstico diferencial e tratamento. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 22, n. 1, p. 31-34, 2000.]
ROBAINA, Jaqueline R. et al. Eventos de vida produtores de estresse e queixas de insônia entre auxiliares de enfermagem de um hospital universitário no Rio de Janeiro: Estudo Pró-Saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 12, p. 501-509, 2009.
PEREIRA, Alexandre Alves; CEOLIM, Maria Filomena; NERI, Anita Liberalesso. Associação entre sintomas de insônia, cochilo diurno e quedas em idosos da comunidade. Cadernos de Saúde Pública, v. 29, p. 535-546, 2013.
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