A doença hepática gordurosa não alcoólica DHGNA também denominada esteatose hepática ocorre quando há acúmulo de gordura no fígado. A condição também é conhecida como fígado gordo.
Nos estágios iniciais pode não haver sintomas, mas danos continuados ao fígado podem levar a uma condição mais grave.
Caso a doença não seja controlada pode evoluir para cirrose hepática ou outro tipo de disfunção do fígado.
O fígado gorduroso está relacionado à obesidade, pressão alta, diabetes e colesterol elevado.
A esteatose hepática é identificada como um componente da DHGNA (Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica). É definida como acúmulo de gordura, em grande parte triglicerídeos, que excede 5% do peso do fígado.
A esteatose pode estar associada ao abuso de álcool, obesidade, suporte nutricional excessivo, nutrição parenteral total, hepatite induzida por drogas ou toxinas, diabete tipo 2 e caquexia A prevalência de DHGNA na população em geral é paralela à prevalência de obesidade e de resistência à insulina, que são os dois fatores de risco mais comuns para este tipo de doença hepática. A prevalência de esteatose aumenta de 16,4% na população com peso normal para 75,8% em pacientes obesos que não utilizam álcool. Se não tratada ocorrer progressão para cirrose e que manifestações clínicas de hipertensão porta, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular podem se desenvolver em pacientes com DHGNA.
Cerca de 10% a 40% dos americanos têm fígado gordo, mas não inflamação ou danos mais graves.
Fatos rápidos sobre doença hepática gordurosa
- A esteatose hepática se caracteriza por excesso de gordura no fígado.
- Muitas pessoas têm um fígado gorduroso sem sintomas, mas, em alguns casos, podem evoluir para uma condição mais grave.
- A causa exata é desconhecida, mas a obesidade parece ser um fator de risco.
- Seguir uma dieta saudável e balanceada com baixo teor de açúcar e gorduras trans pode ajudar a prevenir ou mesmo reverter a condição.
- Pessoas com qualquer tipo de doença hepática devem evitar o consumo de álcool ou consumir quantidades muito pequenas.
Sintomas e estágios
O fígado é importante para remover toxinas do corpo. Se não funcionar corretamente, vários sintomas podem surgir.
Se o corpo produz muita gordura, ou se a gordura não for metabolizada adequadamente, ela pode se acumular no fígado.
Se muita gordura se acumula no fígado, isso pode causar esteatose hepática. Se a gordura continua a acumular-se, isso pode levar, à cirrose e insuficiência hepática.
A esteatose hepática pode se classificar de acordo com a gravidade:
– Grau I – a presença de gordura nesta fase geralmente não causa mal nenhum, e geralmente somente é descoberta por exames complementares.
– Grau II – nesta fase o fígado apresenta-se inflamado e podem ser observados dor e inchaço abdominal.
– Grau III ou fibrose hepática – encontra-se a presença de gordura e inflamação no fígado, mas ainda não há lesões permanentes.
– Grau IV ou cirrose hepática – considerada a fase mais grave da doença geralmente causada por anos de inflamação sem tratamento, o fígado fica seriamente comprometido com cicatrizes e nódulos disseminados, podendo evoluir para insuficiência hepática e câncer com danos permanentes e irreparáveis.
Fígado gordo
A maioria das pessoas esteatose hepática grau I não saberá que tem este distúrbio, o diagnóstico geralmente é feito por imagens de imagem específicos como ultrassonografia de abdome ou tomografia.
Os sintomas podem incluir:
- Cansaço e fadiga, incluindo fraqueza muscular e falta de energia
- desconforto e possivelmente inchaço no abdome superior
- perda de peso
- baixo apetite
- náuseas
Os sintomas podem ser vagos e podem se assemelhar aos de vários outros problemas. Testes podem ser realizados para eliminar outras condições.
Os cientistas não sabem por que algumas pessoas são mais propensas a desenvolver NASH.
Cirrose e insuficiência hepática
Se não houver tratamento a doença poderá evoluir e entre 10% a 25% dos portadores poderão desenvolverão cicatrizes ou fibrose, também conhecida como cirrose e insuficiência hepática.
Os sintomas incluem:
- cansaço e fraqueza
- náuseas, vômitos e diarreia
- fezes com gordura – esteatorreia
- inchaço abdominal e dor
- um amarelecimento da pele e dos olhos – iciterícia
- confusão, dificuldade de concentração, perda de memória e alucinações
- prurido na pele
- sangramento e hematomas
Em casos graves, um transplante de fígado pode ser necessário.
Causas e fatores de risco
A esteatose hepática ocorre quando o corpo produz muita gordura, ou quando não consegue processar a gordura adequadamente.
A obesidade é um fator de risco importante, pois cerda de 70% das pessoas com obesidade têm a doença, enquanto apenas 10 a 15% cento das pessoas com peso normal o têm.
Outros fatores de risco incluem:
- diabetes
- colesterol alto ou altos níveis de gordura no sangue
- pressão alta
- gorduras elevadas no sangue ou triglicerídeos
- Pessoas com síndrome metabólica, uma condição que envolve um agrupamento dos fatores de risco, estão em maior risco.
- influências genéticas
- fumante
- idade avançada
- certos medicamentos, como esteroides, e tamoxifeno para tratamento de câncer
- perda de peso rápida
- hepatite
- exposição a algumas toxinas
Pesquisas estimas que nos próximos 10 anos, espera-se que se torne a principal causa de patologia hepática, insuficiência hepática e indicação de transplante de fígado na infância e adolescência no mundo ocidental.
Tratamento e gerenciamento
Não existe um tratamento medicamentoso específico para esta doença no entanto alguns cuidados podem reduzir as complicações.
- seguir uma dieta equilibrada com porções moderadas
- Comer muitos frutos e vegetais
- Limitar o consumo de gorduras e açúcares
- reduzir o consumo de sal
- substituir gorduras saturadas e trans por gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas
- substituir gorduras trans e gorduras animais por óleos de óleo de oliva, óleo de linhaça, milho, soja e cártamo
- comer peixe oleoso em vez de carne
- evite alimentos com alto teor de açúcares simples, como a frutose, encontrada em bebidas açucaradas, bebidas esportivas e sucos
- ingerir alimentos com baixo índice glicêmico (IG), como frutas, verduras e grãos integrais
- evitar álcool ou beber com moderação
Estudos estão investigando se a vitamina E pode ajudar no tratamento mas mais pesquisas são necessárias. Aqueles que estão pensando em tomar suplementos ou remédios à base de plantas devem sempre falar com um médico primeiro.
Uma dieta saudável e exercícios regulares reduzirão o risco de uma ampla gama de condições, incluindo diabetes e doenças cardiovasculares.
Para a maioria das pessoas, um fígado gordo geralmente não causará problemas sérios. Até certo ponto, o fígado pode se recuperar, então mudar para um estilo de vida saudável ajudará.
A melhor maneira de tratar e prevenir é através de escolhas de estilo de vida saudáveis, com uma dieta variada e equilibrada e exercício físico regular. No entanto se não forem mudados hábitos de vida e não adesão ao tratamento, pode se tornar uma condição irreversível.
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