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Medicamentos Antipsicóticos ou Neurolépticos

Nosso post abordará uma classe de medicamentos muito utilizada pela população: os ANTIPSICÓTICOS também conhecidos como NEUROLÉPTICOS.

Estas drogas são utilizadas para o tratamento dos sintomas da esquizofrenia e outros distúrbios de comportamento. Estas drogas diminuem a agitação, excitação e outros sintomas psicóticos, tais como as alucinações ou delírios.

A psicose se caracteriza como um distúrbio de comportamento, incapacidade de pensar coerentemente, discurso desorganizado, incapacidade de compreender a realidade e diminuição do sentido de orientação e memória.

É muito comum as pessoas com psicose apresentarem delírios (alteração do juízo de realidade e está relacionado a ideias e pensamentos), alucinações (ter a percepção clara e definida de um objeto – voz, ruído, imagem – sem a presença do objeto estimulante real), distorções ou exageros da linguagem e da comunicação, agitação. Apresentam também, retraimento emocional, dificuldade de relacionamento, passividade, falta de espontaneidade e atenção prejudicada.

A esquizofrenia afeta cerca de 1% da população, é uma doença frequentemente crônica, altamente incapacitante e está ligada a fatores genéticos.

Acredita-se que o aparecimento dos sintomas da esquizofrenia esteja relacionado com o aumento da atividade do neurotransmissor dopamina no sistema nervoso central (cérebro). Logo, as drogas utilizadas para a diminuição dos sintomas da esquizofrenia irão diminuir de alguma maneira, a atividade da dopamina.

As classes de drogas antipsicóticas podem ser divididas em:

Antipsicóticos clássicos (típicos) – clorpromazina, haloperidol, levomepromazina, tioridazida, flufenazina, pimozida, pipotiazina, zuclopentixol

Antipsicóticos atípicos – clozapina, risperidona, olanzapina, amisulprida, quetiapina, ziprazidona, aripiprazol

Como agem?

Estas drogas agem no sistema nervoso central, bloqueando a ação da dopamina, com isso diminuem a sua atividade, melhorando os sintomas da esquizofrenia.

Embora a maneira de agir destas classes seja muito semelhante, a classe dos antipsicóticos atípicos, que são drogas mais novas, tem algumas diferenças importantes na maneira de agir em relação aos antipsicóticos clássicos e, estas diferenças fazem com que os atípicos apresentem efeitos colaterais menos intensos quando comparado aos clássicos.

Efeitos colaterais:

O principal efeito colateral provocado pelos antipsicóticos é a chamada Impregnação Neuroléptica ou Síndrome Extrapiramidal. Este efeito acontece no sistema nervoso central e pode ser dividido em:

1 – Reação Distônica Aguda – Observa-se movimentos da musculatura do pescoço, boca, língua e às vezes um tipo crise oculógira (quando os olhos são forçadamente desviados para cima).

2 – Parkinsonismo Medicamentoso – apresenta tremor de mãos e pernas, rigidez muscular, aumento de movimentos repetitivos e face sem expressão.

Muitas vezes, pode haver desaparecimento de tais problemas após 3 meses de utilização dos antipsicóticos, como se houvesse uma espécie de adaptação ao seu uso.

3 – Acatisia – é caracterizada por inquietação motora, desejo incontrolável de movimentar-se e sensação interna de tensão. O paciente assume uma postura típica de levantar-se a cada instante, andar de um lado para outro e, quando tem que permanecer sentado, não para de mexer suas pernas.

4 – Discinesia Tardia – caracterizada por movimentos involuntários, principalmente da musculatura oro-língua-facial, ocorrendo saliência da língua para fora da boca, com movimentos de lambedura de um lado para o outro dos lábios, acompanhados de movimentos de “fazer caretas” sem vontade própria. O tronco, os ombros e os membros também podem apresentar movimentos sem vontade própria da pessoa e com muita dificuldade.

Além destes efeitos no sistema nervoso central, ocorrem outros efeitos:

– Pele e boca seca, constipação intestinal, dificuldade de acomodação visual, sedação e retenção urinária.

– amenorréia (parada das menstruações), galactorréia (secreção de leite) e ginecomastia (aumento da mama). Sendo estes efeitos decorrentes do aumento da prolactina (hormônio responsável pela produção de leite).

– hipotensão ortostática, leucopenia, fotossensibilidade, urticária, dermatite, icterícia, aumento do apetite e obesidade, impotência sexual.

Espero que tenham gostado.

Abraços medicinais.

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