No Brasil de hoje, nas grandes cidades, já existem núcleos preocupados em buscar soluções para os grandes problemas que afligem nossos idosos e que visam sua integração ao meio e ao ambiente e às múltiplas necessidades de atenção à saúde social dessa população.
Podemos observar, também, que a realidade, no que diz respeito ao cuidado ao idoso, vem se alterando com o avançar dos anos. A problemática do envelhecimento se faz presente na maioria dos cursos de graduação da área da saúde, o que nos dá uma maior capacitação dos profissionais dedicados ao atendimento ao idoso.
O interesse pela gerontologia, que vinha sendo já feito de maneira gradual, sofreu uma aceleração nos últimos 30 anos, devido ao envelhecimento da população mundial.
Diante desse quadro, a prevenção ocupa um importante papel na manutenção e controle das doenças que podem levar o idoso à condição de dependência ou semi-dependência e, dessa forma, acarretam maior ônus ao Estado e à sociedade no trato com esses indivíduos.
A preparação dos profissionais de saúde quantitativa e qualitativamente adequados deve ajustar-se às novas demandas, para um atendimento holístico, envolvendo equipes multidisciplinares, pois o idoso requer assistência não só em termos biológicos, mas, também, psicológicos, sociais e espirituais.
Entretanto, mesmo diante do conhecimento de todo este possível aparato, ainda hoje, percebemos a dificuldade do idoso em inserir-se nas práticas de saúde atuais, o que dificulta a real oportunidade dos nossos velhos enquanto cidadãos.
As sociedades modernas ocidentais promoveram uma progressiva socialização da gestão da velhice, durante muito tempo, considerada como própria da esfera privada e familiar, com a criação de inúmeras escolas abertas, universidades de terceira idade, grupos de convivência e programas específicos para o idoso nas últimas décadas. Todos estes fatores demonstram mudanças e contribuem positivamente para a criação de uma nova imagem do idoso.
Essas experiências bem-sucedidas de auto expressão não devem fechar o espaço para a visualização das situações de abandono e de dependência em que encontramos ainda hoje nossos idosos.
Existe a necessidade de buscarmos as causas determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e conhecer os múltiplos fatores que envolvem o envelhecimento, para que possamos evitar consequências pouco agradáveis para o idoso e para a sociedade.
Desta maneira, devemos ter uma visão do envelhecimento enquanto processo e do idosos enquanto indivíduo, através de um planejamento adequado das ações de saúde.
Sendo assim, a Educação e Saúde funciona como norteadora do processo de cuidado ao idoso na atualidade pois no processo de educar para o cuidado humano é necessária a conscientização como um valor e imperativo moral, sensibilização e consequente exercício da cidadania e da saúde.
Acreditamos que a Educação e Saúde pode exercer seu “poder”, no sentido de facilitar a compreensão de nossos idosos, suas famílias e/ou cuidadores, favorecendo, sua adaptação às alterações impostas pelo processo de envelhecimento.
Neste cenário a família tem um papel de destaque, devendo ser orientada a agir como facilitadora da compreensão do processo de envelhecimento, por parte de todos os seus integrantes. Ela deve ser estimulada a reaprender a conviver com os idosos em seu meio, através do exercício de seu real envolvimento e participação no cuidado ao idoso. Afinal, é na família que, inicialmente, o idoso pode e deve ser valorizado enquanto pessoa e indivíduo possuidor não só de deveres, mas, especialmente, de direitos.
Se faz fundamental ouvir e respeitar o idoso. Verificar com ele o que espera e pretende para sua vida e assim, traçando desta forma planos para uma vida na terceira idade de excelência e qualidade. Pensamos que nosso trabalho deve ser encarado como uma real possibilidade de se acrescentar qualidade de vida ao histórico de nossos velhos e, desta forma, ofereceremos o estímulo ou o alerta para toda a população.