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O impacto do coronavírus na população idosa

Os desafios da pandemia do COVID-19 são diferentes para vários grupos sócio demográficos. E neste contexto a pandemia do COVID-19 está afetando os idosos de maneiras específicas que merecem cuidados e atenção urgentes.

Os desafios da pandemia do COVID-19 são diferentes para vários grupos sócio demográficos. E neste contexto a pandemia do COVID-19 está afetando os idosos de maneiras específicas que merecem cuidados e atenção urgentes.

Desde a probabilidade de desenvolver uma forma mais grave de COVID-19 até os riscos de isolamento e problemas de saúde mental, é de fundamental importância compreender o impacto da pandemia, nessa parcela da população.

A doença COVID-19, atingiu mais duramente os idosos  do que outras faixas etárias.

Isso ocorre pois os idosos podem  apresentem condições de saúde como doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças respiratórias – que são comorbidades que aumentam o risco de morte por COVID-19. Além disso, o idoso possui um sistema imunológico  comprometido devido ao processo de envelhecimento, o que torna mais difícil combater a infecção.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de abril de 2020, mais de 95% das mortes por COVID-19 ocorreram entre as pessoas com mais de 60 anos de idade e mais da metade de todas as mortes ocorreram em pessoas com mais de 80 anos.

Na Suécia, 90%  das mortes por COVID-19 ocorreram entre pessoas com mais de 70 anos de idade.

Os Centros Chineses de Controle e Prevenção de Doenças ofereceram dados em março, mostrando uma taxa média de mortalidade de casos de COVID-19 de 3,6%  para indivíduos na faixa dos 60 anos, 8% para aqueles na faixa dos 70 anos e 14,8% para pessoas com 80 anos ou mais.

Embora a comunidade em geral deva  estar preocupada com a saúde e o bem-estar dos idosos, há epicentros da crise atual, e as casas de repouso, estão entre esses locais.

Nos estados Unidos, as populações de idosos moradores em Instituições de Longa Permanência,  correm um risco maior de serem afetadas pelo COVID-19.

No geral, mais de um terço – ou seja, 35% – de todas as mortes de COVID-19 nos EUA ocorrem em instituições de longa permanência, incluindo residentes e trabalhadores da área da saúde.

Em outras partes do mundo, a situação também é terrível. Dados coletados por pesquisadores da London School of Economics (LSE), no Reino Unido, sugerem que a maioria das mortes relacionadas ao COVID-19 ocorreu em casas de repouso.

Na Bélgica, por exemplo, 53%  de mortes de COVID-19 no país ocorreram em casas de repouso.

  • No Canadá, essa proporção foi de 62%.
  • Na França, o número varia de 39,2 a 51%.

O perigo de o novo coronavírus se espalhar nos lares e afetar os trabalhadores e os residentes em casas de repouso é amplificado pelo fato de a maioria dos casos confirmados nesses ambientes, serem assintomáticos.

Infelizmente em países da Europa e EUA onde foram observados estes dados alarmantes, os idosos internados nas casas de repouso, eram  portadores da doença de Alzheimer ou outras formas de demência, o que dificultou a contenção de possíveis infecções pelo novo coronavírus.

Um dos desafios para as pessoas que vivem com demência e formas semelhantes de comprometimento cognitivo é que elas podem ter dificuldade em entender os perigos da infecção. Além disso, podem esquecer de seguir as precauções de segurança, como lavar as mãos ou praticar distanciamento físico.

Infelizmente não só o risco de contaminação pelo coronavírus pode trazer efeitos negativos aos idosos, a pandemia trouxe consigo o isolamento social, a solidão e o aumento do abuso de idosos.

A solidão afeta negativamente a saúde mental e o bem-estar de um indivíduo, e os idosos se encontram mais vulneráveis a esta condição. A deterioração da saúde ou a morte de parceiros e amigos pode atrapalhar a manutenção de um círculo social saudável.

A pandemia e a quarentena aumentam o risco de solidão.

Infelizmente relatórios emergentes mostraram que os o isolamento social aumenta o risco de abuso contra  idosos.

Durante a pandemia, os idosos se tornaram mais dependentes de seus familiares e cuidadores o que vem aumentando a violência doméstica contra eles, alguns cuidadores usaram a pandemia para exercer ainda mais seu controle e abuso.

O abuso de idosos tende a ocorrer com mais frequência em comunidades que carecem de saúde mental ou recursos de assistência social. Os autores do abuso também tendem a ter problemas de saúde mental, além de relatar sentimentos de ressentimento com seus deveres informais de cuidar.

Como pode ser visto pelas conseqüências da pandemia sobre a saúde mental e física dos idosos, os governos de vários países ainda não deram atenção aos conselhos da OMS – “Não podemos esquecer de proteger nossos idosos pois esse assunto é responsabilidade de todos”.

Fonte:

https://www.medicalnewstoday.com/articles/the-impact-of-the-covid-19-pandemic-on-older-adults#Mental-health-and-elder-abuse

Créditos de imagem:

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