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Treinamento cerebral melhora o declínio cognitivo leve

Cientistas criaram um aplicativo de treinamento cerebral que pode impulsionar a memória episódica em pessoas com deficiência cognitiva leve amnésica - um potencial precursor da demência.

Cientistas criaram um aplicativo de treinamento cerebral que pode impulsionar a memória episódica em pessoas com deficiência cognitiva leve amnésica – um potencial precursor da demência.

A deficiência cognitiva leve (DCL)  é um  estágio entre o esquecimento normal e o declínio cognitivo que é uma parte natural do envelhecimento e sua relação com problemas de memória mais graves que podem sinalizar o início iminente de demência.

Alguns se referem a esta fase de transição como “comprometimento cognitivo leve amnésico” que pode se manifestar como esquecimento de fatos da rotina diária e déficits motivacionais.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge no Reino Unido desenvolveram um aplicativo de treinamento cerebral chamado “Game Show”, com o objetivo de melhorar a cognição e a motivação em pessoas com DCL.

O estudo foi liderado pelo Dr. George Savulich, e os resultados publicados no The International Journal of Neuropsychopharmacology.

Os pesquisadores, realizaram um ensaio clínico randomizado controlado envolvendo 42 participantes com idade igual ou superior a 45 anos.

Todos os participantes receberam um diagnóstico de deficiência cognitiva leve.

Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos o treinamento cognitivo – que jogaram o jogo em um iPad 8 horas durante um período de 4 semanas – e o grupo controle, que  não jogaram, mas visitaram a clínica para avaliação.

Os participantes do grupo de treinamento cognitivo jogaram o jogo em sessões de 1 hora.

O aplicativo de treinamento do cérebro convida o jogador a participar de um jogo onde e deveriam associar corretamente vários padrões geométricos com diferentes locais.

Como parte desta abordagem “gamificada”, cada vez que um jogador identifica corretamente e associa os padrões geométricos, eles ganhavam moedas de ouro – de mentirinha.

Além disso, a complexidade do jogo – ou seja, o número de padrões geométricos que deveriam ser identificados – aumentava proporcionalmente com as habilidades do jogador. Quanto melhor eles pontuassem, mais desafiador seria o jogo, o que mantinha os jogadores motivados.

Os pesquisadores solicitaram que os participantes passassem por uma série de testes cognitivos, incluindo um que mensurasse  a memória visuoespacial, bem como um teste que media apatia e prazer.

O estudo revelou que aqueles os jogadores com bom rendimento obtiveram uma melhora na memória em 40%.

Mais especificamente, os participantes conseguiram identificar corretamente os locais anteriormente apresentados, o que demonstra uma memória episódica melhorada.

A memória episódica,  refere-se à capacidade do cérebro de reter memórias e detalhes sobre certos eventos – ou episódios – ocorridos no passado distante ou mais recente (memória episódica de curto e longo prazo). É to tipo de memória que nos permite lembrar onde estacionamos o carro ou o que comemos no jantar ontem à noite.

Além da memória episódica melhorada, o teste descobriu que aqueles no grupo de treinamento cognitivo tiveram melhor memória visual em comparação com os controles.

Finalmente, jogar aumentou a autoconfiança dos participantes, o prazer e motivou-os a continuar jogando.

Os pacientes acharam o jogo interessante e envolvente e sentiram-se motivados a continuar treinando durante as 8 horas semanais. Os pesquisadores, buscarão estender essas descobertas para futuros estudos sobre envelhecimento saudável e na compreensão Doença de Alzheimer leve “.

A pesquisadora co-inventora do jogo, afirma que a  boa saúde do cérebro é tão importante quanto a boa saúde física, pois há  evidências crescentes de que o treinamento cerebral pode ser benéfico para aumentar a cognição e a saúde cerebral, mas precisa ser baseado em pesquisas sólidas e desenvolvidas com pacientes.

Essas pesquisas também precisam ser agradáveis para motivar os usuários a manterem se nos programas. O jogo permitiu individualizar o programa de treinamento cognitivo de um paciente e torná-lo divertido para eles usarem e torna-lo parte de sua rotina.

Os cientistas planejam realizar outro estudo, em grande escala para investigar como esses benefícios cognitivos dos jogos evoluíram ao  longo do tempo.

Fonte:

https://www.medicalnewstoday.com/articles/320093.php

Créditos imagem:

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