Telômeros são pedaços de DNA e proteínas situados nas extremidades dos cromossomos. Cada vez que uma célula se divide, esses alongamentos ficam naturalmente mais curtos. Uma vez que o comprimento do telômero atinge um determinado ponto de corte, a célula se torna senescente, o que significa que ela não pode mais se dividir e, posteriormente, morre.
Com o encurtamento progressivo dos telômeros vem a senescência celular. Pesquisadores acreditam que este é um mecanismo de defesa natural que impede que as células acumulem muitos danos e se transformem em células cancerígenas em potencial.
A medida que envelhecemos os telômeros são encurtados isso ocorre cada vez que a célula se divide – no decorrer do envelhecimento, eles se tornam tão curtos que perdem sua função de proteção. Como resultado, os cromossomos se tornam instáveis e a célula perde irreversivelmente sua capacidade de se dividir. Esta é uma das causas do envelhecimento celular.
O comprimento dos telômeros pode indicar a idade biológica de um indivíduo (que é diferente da idade cronológica). Diversos fatores – incluindo exercícios físicos, sono, depressão e mutações genéticas estão associadas à redução do comprimento dos telômeros e, por extensão, podem levar ao envelhecimento biológico prematuro.
Um estudo recente publicado na revista Pediatrics demonstra que as crianças que perderam os pais ainda jovens tinham telômeros significativamente mais curtos.
A ocorrência de adversidades durante a infância – incluindo violência, institucionalização e pobreza – também leva a telômeros mais curtos.
Não se sabe se o comprimento dos telômeros é um marcador do envelhecimento biológico ou uma causa dele, entretanto limitar os fatores que estão associados negativamente ao comprimento dos telômeros contribuirá para uma idade biológica mais jovem.
Créditos de imagem:
<a href=”https://www.freepik.com/free-photos-vectors/background”>Background vector created by GarryKillian – www.freepik.com</a>