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Centenários adoecem menos que idosos mais jovens

É possível chegar aos 100 anos com saúde – Pesquisas revelam que centenários tem períodos mais curtos de doenças em relação aos mais novos.

Uma longa vida, não significa necessariamente viver com doenças e incapacidades. Parece que os centenários tendem a viver seus anos a mais gozando de boa saúde, em comparação com  indivíduos mais jovens.

Pesquisadores chegaram à esta conclusão após examinar o estado de saúde de 3.000 centenários, em dois estudos de longevidade ainda em curso.

Liderados por Nir Barzilai – um professor de medicina e genética no Albert Einstein College of Medicine, em Bronx, NY – eles relatam suas descobertas na Journal of the American Geriatrics Society.

Embora centenários representem apenas uma pequena proporção da população do mundo, essa população está crescendo cada dia mais.

Em 1990, havia 2,9 pessoas com idades iguais ou superiores a 100 anos para cada 10.000 pessoas em todo o mundo. Em 2015, essa parcela havia crescido para 7,4 e deve chegar a 23,6 em 2050.

No entanto o Japão é o país que tem o maior número de centenários atualmente, 4,8 por 10.000 habitantes , a maior proporção do mundo, seguido de perto pela Itália que tem 4,1 por cada 10.000.
Mas será que o fato de mais pessoas estarem vivendo uma longa vida significa que irão viver esses anos extras com saúde?

Para examinar esta questão, Prof. Barzilai e colegas analisaram o estado de saúde de centenários ou quase centenários que participam do estudo Projeto Genética da Longevidade (PGL) e do Estudo de Centenários de New England (CNE).

A equipe vem realizando o PGL ​​desde 1998. O estudo recrutou idosos saudáveis, com idades entre 95 ou mais velhos, de forma aleatória no nordeste dos Estados Unidos Para efeito de comparação, a coorte incluiu os idosos mais jovens e indivíduos com e sem histórico familiar de longevidade.

​A NEC começou em 1994 com um estudo de centenários que vivam perto de Boston, MA, e desde então tem expandido para estudar os indivíduos de lugares mais distantes incluindo, América do Norte, Inglaterra, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia. Este estudo também inclui idosos com idade inferior a 95 para comparação.

Para a investigação, Prof. Barzilai e colegas compararam a saúde dos idosos mais velhos (95 e mais anos) em relação aos idosos mais jovens (idades em torno de 60-95).

A partir dos dados, eles compararam 483 pessoas com longevidade excepcional comparados com 696 idosos mais jovens, em outro estudo, eles compararam 1.498 pessoas bem idosas com 302 indivíduos mais jovens.

Em ambos os estudos e populações as equipes atentaram-se para as idades em que os participantes desenvolveram cinco principais problemas de saúde relacionados com a idade: câncer, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, osteoporose e acidente vascular cerebral.

Os pesquisadores descobriram então que, em ambos os grupos o início da doença foi mais tardio de forma consistente nos centenários, em comparação com os idosos mais jovens.

Em um dos grupos o câncer não afetou nem 20% por cento dos homens com idade até 97 anos, e as mulheres até 99 anos. Em comparação, nos idosos mais jovens, foram diagnosticados 20% por cento de incidência de câncer dos homens com idades em torno dos 67 anos e nas mulheres por volta dos 74 anos.

Estudo contradiz a ideia de que viver mais pode trazer um risco maior de doenças e agravos.

Os grupos estudados, apresentavam características geneticamente, culturalmente e socialmente distintas, mas seus resultados são notavelmente semelhantes: nos centenários, a doença foi pouco observada nos anos mais tardios, sendo que sua ocorrência foi descrita comumente na faixa etária entre os 69 e 76 anos.

A equipe relata, que os resultados observados podem contradizer a ideia, de que as pessoas mais velhas, tem um risco maior de desenvolver uma doença e que utilizam com mais frequência os serviços de saúde, em relação aos mais jovens.

Os pesquisadores também concluíram que estes grupos devem ser estudados por mais tempo, à fim de descobrir quais os fatores que eles têm em comum, que influenciam o atraso de uma ampla gama de doenças que são normalmente associados com a morte e incapacidade.

“A maioria das pessoas lutam com um fardo crescente de doença e incapacidade à medida que envelhecem, mas descobrimos que aqueles que vivem  uma longa vida tem o benefício adicional de períodos mais curtos de doença – por vezes apenas algumas semanas ou meses – Antes da morte”

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