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Cientistas acreditam ter encontrado a área reguladora de depressão e disturbios bipolares no cérebro

O lado esquerdo do hipotálamo revelou-se 5% maior em um novo estudo com pessoas portadoras de transtornos afetivos, como depressão e transtorno bipolar.

O lado esquerdo do hipotálamo revelou-se 5% maior em um novo estudo com pessoas portadoras de transtornos afetivos, como depressão e transtorno bipolar.

A depressão é um dos problemas de saúde mental mais prevalente em países desenvolvidos.

Pelo menos 9 milhões a mais de pessoas com 18 anos ou mais estão vivendo com transtorno bipolar, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental Americano.

As causas subjacentes precisas para ambas essas condições, permanecem desconhecidas, mas os neurocientistas estão desvendando quais os aspectos podem afetar as chances de uma pessoa desenvolver esses distúrbios.

As raízes neurobiológicas da depressão

A ressonância magnética funcional e outras novas técnicas de imagem foram utilizadas pelos pesquisadores para localizar várias áreas do cérebro e redes relacionadas aos distúrbios afetivos. No caso da depressão, os estudos descobriram que a depressão resistente ao tratamento está associada à diminuição do volume do hipocampo e a uma amígdala menor.

O hipocampo é uma área responsável pela aprendizagem e memória, enquanto a amígdala é uma pequena estrutura cerebral envolvida no processamento emocional e na resposta ao que é percebido como perigo ou estresse.

Na verdade, todo o sistema de resposta ao estresse endócrino, ou “eixo HPA”, é interrompido em pessoas com depressão. O eixo entre o hipotálamo, a glândula pituitária e as glândulas suprarrenais é hiperativo, esta descoberta fez com que pesquisas anteriores estabelecessem como uma “característica neurobiológica essencial da depressão maior”.

Normalmente, o eixo HPA aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, para garantir que o corpo esteja preparado para lidar com uma situação considerada perigosa ou ameaçadora.

Depois que a ameaça passa, o eixo HPA que também é responsável pela redução do cortisol e pela diminuição de outras respostas ao estresse, volta aos níveis normais.

No entanto, no caso de indivíduos com depressão, essas estruturas estão em vigília,  mesmo na ausência de perigo objetivo. Uma nova pesquisa teve como objetivo esclarecer o papel do hipotálamo nesta reação em cadeia hiperativa.

Essa pesquisa foi realizada na Alemanha e os pesquisadores, estudaram o volume do hipotálamo em transtornos afetivos, como transtorno bipolar e depressão. Os resultados foram publicados na revista Acta Psychiatrica Scandinavica.

Os cintistas examinaram os cérebros de 84 pessoas, das quais: 20 tiveram depressão, mas não tomaram medicação, 20 tiveram depressão, mas tomaram medicação, 21 eram portadores de distúrbio bipolar e 23 foram controles que não tinham nenhum transtorno afetivo. .

Foi utilizada a ressonância magnética para estudar os cérebros dos participantes e volumetria de alta precisão para determinar o tamanho do hipotálamo.

Os pesquisadores puderam observar que pessoas com um transtorno afetivo, tiveram um aumento de 5% no volume do lado esquerdo do hipotálamo, em média.

Observou-se que essa região do cérebro [o hipotálamo] estava aumentada em pessoas com depressão, bem como naquelas com transtorno bipolar, dois tipos de transtornos afetivos.

Importante, no caso de pessoas com depressão, o tamanho do hipotálamo se correlacionou diretamente com a gravidade da condição.

A medicação não afetou o tamanho da região do cérebro. Os pesquisadores observam, que além dos elos que encontraram não se pode inferir muito, sobre a causalidade subjacente aos achados.

Uma maior atividade poderia levar a mudanças estruturais e, portanto, a um volume maior do hipotálamo normalmente do tamanho de uma moeda de um centavo.

De acordo com os autores  as evidências emergentes de que a resposta ao estresse pode estar relacionada à assimetria estrutural e funcional do cérebro, essa descoberta sugere um papel crucial do hipotálamo nos transtornos do humor.

Fonte:

https://www.medicalnewstoday.com/articles/323137.php

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