O eczema disidrótico, caracteriza-se pela presença de pequenas bolhas que aparecem nas mãos ou nos pés. Essas bolhas podem provocar pruridos e serem dolorosas. O eczema disidrótico, também é conhecido como disidrose que são erupções disidrosiformes, que formam lesões vesiculares nas extremidades dos membros, com caráter crônico e recidivante. Representam cerca de 20% dos quadros eczematosos das mãos. A causa das disidroses ainda não está totalmente esclarecida o que dificulta a terapêutica.
Seus surtos duram aproximadamente três semanas, mas podem prolongar-se.
Os sintomas do eczema disidrótico incluem:
– Presença de pequenas bolhas nas palmas das mãos ou no lado dos dedos
– Presença de bolhas nas solas dos pés
– Sensação de prurido e ardor em torno das bolhas
As bolhas causadas por eczema disidrótico tendem a desaparecer dentro de 2 a 3 semanas após esse tempo a pele pode ficar vermelha e rachada.
Como as bolhas podem ocorrer em áreas abertas da pele, o portador de eczema disidrótico corre risco maior de infecções cutâneas, como infecções por estafilococos. Caso isso ocorra poderá apresentar:
– Bolhas com a presença de pus;
– Dor
– Rachaduras na pele
– Inchaço
Causas
O eczema disidrótico pode ser causado por:
– Altos níveis de estresse
– Alergias sazonais
– Muito tempo na água
– Transpiração excessiva das mãos ou dos pés
As bolhas também podem ser causadas por uma reação alérgica a certos metais, incluindo o níquel e o cobalto. Estes metais são encontrados em objetos do nosso cotidiano, como em bijuterias, celulares, e em certos alimentos.
Fatores de risco
Possíveis fatores de risco para eczema disidrótico incluem aumento nas temperaturas externas, histórico múltiplo patologias e estresse severo.
Hstória familiar de eczema disidrótico.
Histórico de certas condições médicas, incluindo dermatite atópica, dermatite de contato e febre do feno
Trabalhos ou hobbies que envolvem mãos ou pés molhados por longos períodos de tempo
Terapia com imunoglobulina intravenosa também apresenta risco de desencadear eczema disidrótico.
Sua ocorrência é mais comum durante o verão
Diagnóstico
O diagnóstico da disidrose é essencialmente clínico. A anamnese detalhada pode estabelecer a etiologia na maior parte dos casos em que exista um fator associado
Para diagnosticar eczema disidrótico, o portador será submetido a exame físico da pele e a um questionamento sobre os antecedentes familiares de eczema do indivíduo, ocupação, dieta e medicamentos que está tomando.
O teste de alergia pode ser recomendado para determinar se alérgenos específicos estão causando o eczema.
Tratamento
Atualmente não há cura única para eczema disidrótico, mas existem várias terapêuticas que podem ajudar uma pessoa a gerenciar esta condição.
Uso de cremes a base de corticosteróides para reduzir a inflamação e a irritação da pele;
Uso de anti-histamínicos para reduzir o prurido- coceira;
Uso de esteroides orais, como a prednisona, para reduzir a inflamação;
Exposição à luz ultravioleta pode reduzir a incidência de eczema disidrótico.
As injeções de Botox (toxina botulínica) para reduzir a transpiração excessiva, o que pode piorar o eczema dishidrótico.
Uso de cremes hidratantes, especialmente depois de lavar as mãos ou tomar banho.
Lavar a pele com frequência mantendo-a limpa, reduzindo a probabilidade de infecções cutâneas.
Limitar o tempo no chuveiro a 10 minutos, evitando água muito quente e aplicar hidratante ou creme após o banho para evitar que a pele seque.
Complicações
O eczema disidrótico pode, causar infecções cutâneas em alguns casos, sendo necessário tratamento com antibióticos.
No caso de eczema recorrente o portador pode notar a pele mais espessa e dura nas áreas onde as bolhas ocorreram.
Prevenção:
Aplicando sempre que possível creme hidratante logo depois de sair do banho, pode evitar a perda de umidade e excesso de secura na pele.
Usar roupas leves e soltas feitas de fibras naturais, como algodão. Evite materiais excessivamente quentes como a lã.
Evitar se coçar pois isso rachar a pele e piorar o quadro.
Reduzira exposição a alérgenos, como pelos de animais e pólen.
Usar um umidificador de ar, especialmente se ar estiver seco.
Como medidas gerais, deve ser recomendada ao paciente a lavagem cuidadosa das mãos, seguida da aplicação frequente de hidrantantes. Da mesma forma, deve ser evitado o contato direto com substâncias irritantes e materiais de limpeza, estimulando a proteção por meio de luvas de vinil e meias de algodão.
Fonte:
https://www.medicalnewstoday.com/articles/320831.php
MINELLI, Lorivaldo. Disidrose: estudo prospectivo de 600 casos. An. bras. dermatol, v. 67, n. 2, p. 73-6, 1992.
MINELLI, Lorivaldo et al. Dyshidrotic eczema: clinical, etiopathogenic and therapeutic aspects. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 83, n. 2, p. 107-115, 2008.