Olá pessoal…
Este post é sobre os efeitos colaterais tardios que os medicamentos utilizados para o tratamento do câncer podem causar…
E, é muito importante o conhecimento destes efeitos tardios, medicamentosos e não medicamentosos, a fim de que não haja confusão sobre o que é produzido pela doença e o que é produzido pelos próprios tratamentos utilizados para combate-la.
O câncer, atualmente, é uma doença muito comum, de difícil controle e tratamento. Devido a isso, muitas pessoas passam por tratamentos prolongados com vários medicamentos que agem de formas diferentes.
Um efeito colateral a longo prazo, ou tardio, é um efeito indesejável que ocorre meses ou anos após o tratamento de uma determinada doença, no caso o câncer.
Muitas pessoas que receberam tratamento para o câncer têm um risco de desenvolver efeitos colaterais a longo prazo, os quais podem ser muito prejudiciais.
De fato, avaliar e tratar os efeitos tardios é uma parte importante dos cuidados dispensados as pessoas que recebem, a chamada, quimioterapia.
Tipos de efeitos colaterais tardios
Muitos tratamentos podem causar efeitos tardios e, estes são específicos para os medicamentos que são utilizados.
A seguir apresentaremos alguns dos efeitos colaterais tardios mais comuns apresentados no tratamento para o câncer.
1- Efeitos colaterais devidos a cirurgias
– Paciente diagnosticados com linfoma de Hodgkin, especialmente aqueles diagnosticados antes de 1988, muitas vezes tiveram seus baços removidos e, devido ao papel do baço no sistema imunológico, removê-lo está ligado a um maior risco de infecções.
– Pacientes que retiraram parte ou todo membro, podem experimentar efeitos físicos e emocionais. Um exemplo é a dor de membro fantasma, isto é, sentir dor no membro que foi removido, embora ele não esteja mais lá.
– As pessoas que tiveram a cirurgia para remover nódulos linfáticos ou terapia de radiação para os nódulos linfáticos podem desenvolver linfedema (quando o líquido linfático se acumula e causa inchaço e dor). Os gânglios linfáticos são pequenos órgãos em forma de feijão que ajudam a combater infecções.
– Homens e mulheres que tiveram certas cirurgias na pelve ou no abdômen podem não ter filhos. Isso é chamado de infertilidade.
2- Efeitos colaterais cardíacos
Ambos, quimioterapia e radioterapia na região peitoral, podem causar problemas cardíacos.
As pessoas que receberam estes tratamentos e, que podem ter um risco mais elevado de apresentar efeitos colaterais tardios, incluem:
– Qualquer pessoa que recebeu tratamento para linfoma de Hodgkin quando criança
– Qualquer pessoa de 65 anos ou mais
– Aqueles que receberam doses mais altas de quimioterapia
– Aqueles que receberam trastuzumab (Herceptin®) e doxorrubicina (Adriamycin®, Doxil®)
Abaixo apresentaremos uma lista de efeitos colaterais tardios cardíacos comuns:
– Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) – As pessoas com ICC pode sentir falta de ar, tonturas e mãos ou pés inchados.
– Doença arterial doença cardíaca coronária – Esta condição é mais comum naqueles que tinham altas doses de radioterapia para o peito. Pessoas com doença cardíaca podem sentir dor no peito ou falta de ar.
– Arritmia (batimentos cardíacos irregulares) – As pessoas que têm uma arritmia podem sentir tonturas, dor no peito e falta de ar.
Os medicamentos que tendem a causar mais problemas cardíacos são:
– Trastuzumab
– Doxorrubicina
– Daunorubicina (Cerubidina®)
– Epirubicina (Ellence®)
– Ciclofosfamida (Neosar®)
Para as pessoas que tomam trastuzumab, os médicos geralmente recomendam verificar a função cardíaca e observar os danos cardíacos durante e após o tratamento. Isto pode ser feito com um teste chamado ecocardiografia. Outros testes cardíacos podem incluir o exame físico, electrocardiograma (ECG), e uma cintilografia de aquisição com regulação múltipla (MUGA).
3- Pressão arterial elevada (Hipertensão)
Isto pode ocorrer juntamente com insuficiência cardíaca congestiva ou ser um sintoma separado.
Devido a este efeito colateral, você pode precisar ter sua pressão arterial observada mais de perto durante o tratamento do câncer.
Uma condição mais grave, chamada hipertensão acelerada, a qual é quando a pressão arterial de uma pessoa aumenta rapidamente e, devido a esta condição, muitas vezes, que causa danos aos órgão, é importante obter ajuda médica imediatamente.
Dentre os medicamentos que podem causar hipertensão, destacam-se aqueles que agem no fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), e os exemplos destas drogas são:
– Bevacizumab (Avastin®)
– Sorafenib (Nexavar®)
– Sunitinib (Sutent®)
O risco de hipertensão diminui uma vez que uma pessoa pára de tomar estas drogas. Mas, os efeitos a longo prazo não são conhecidos.
Pacientes com maior risco de pressão arterial elevada devem trabalhar com seus médicos para diminuir este risco. Isso pode incluir etapas como testar a pressão arterial, perder peso, comer menos sal, tomar medicamentos e fazer atividade física.
4- Efeitos colaterais pulmonares
Quimioterapia e radioterapia para a região do tronco (peito) podem danificar os pulmões.
Os pacientes que receberam quimioterapia e radioterapia podem ter um risco mais elevado de lesão pulmonar.
Alguns dos medicamentos que são mais propensos a causar danos nos pulmões incluem:
– Bleomicina (Blenoxano®)
– Carmustina (BiCNU®)
– Prednisona
– Dexametasona
– Metotrexato
Os efeitos colaterais tardios podem incluir:
– Uma mudança na forma como funcionam os pulmões
– Espessamento do revestimento dos pulmões
– Inflamação dos pulmões
– Dificuldade em respirar
Pessoas com história de doença pulmonar e adultos mais velhos podem ter problemas pulmonares adicionais.
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