Drogas, a intervenção médica mais comum, são uma parte importante da assistência médica para pessoas maduras. Sem drogas, muitas pessoas com idade avançada teriam muitas funções limitadas.
Pessoas mais maduras tendem a administrar mais drogas do que as pessoas mais jovens, porque elas são mais propensas a ter mais de um transtorno médico crônico, como pressão arterial elevada, diabetes ou artrite.
A maioria das drogas usadas por pessoas maduras para transtornos crônicos são administradas durante anos.
Outras drogas podem ser administradas por apenas um curto período de tempo para tratar problemas como infecções, alguns tipos de dor ou constipação.
Entre as pessoas com 65 anos de idade ou mais, 90% utilizam, pelo menos, 1 medicamento por semana, mais de 40%, pelo menos, 5 medicamentos diferentes por semana e, 12% utilizam 10 ou mais medicamentos por semana.
As mulheres, normalmente, utilizam mais drogas do que os homens.
As pessoas com mais idade e que são frágeis, hospitalizados ou em uma casa de repouso, tomam a maioria dos medicamentos.
Em pessoas que são residentes de casa de repouso são prescritos uma média de 7 a 8 drogas diferentes para serem utilizadas regularmente. Os idosos também fazem muito uso de medicamentos não prescritos.
Benefícios e Riscos dos Medicamentos Prescritos
Muitas das melhorias na saúde e função dos idosos durante as últimas décadas podem ser atribuídas aos benefícios das drogas.
– Vacinas ajudam a prevenir muitas doenças infecciosas (como gripe e pneumonia) que uma vez matou muitas pessoas idosas.
– Antibióticos são, muitas vezes, eficazes no tratamento da pneumonia e muitas outras infecções graves.
– Drogas para controlar a hipertensão (anti-hipertensivos) ajudam a prevenir acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos.
– Drogas para controlar os níveis de açúcar no sangue (insulina e outras drogas hipoglicemiantes) permitem a milhões de pessoas com diabetes a levarem uma vida normal. Esses medicamentos também reduzem o risco de problemas oculares e renais que a diabetes pode causar.
– Drogas para controlar a dor e outros sintomas permitem que milhões de pessoas com artrite melhorem de suas dores.
No entanto, as drogas podem ter efeitos que não são pretendidos ou desejados (efeitos colaterais).
Com o processo do envelhecimento, aumenta-se o risco de efeitos colaterais relacionados ao uso de drogas.
As pessoas mais maduras são duas vezes mais suscetíveis aos efeitos colaterais das drogas comparados aos jovens. Efeitos colaterais também são susceptíveis de serem mais graves, afetando a qualidade de vida e resultando em visitas ao médico e na hospitalização.
A susceptibilidade aos efeitos colaterais pelos idosos as drogas é devida a várias razões:
– Como as pessoas envelhecem, a quantidade de água no corpo diminui, e a quantidade de tecido adiposo aumenta. Assim, em pessoas mais maduras, fármacos que se dissolvem em água atingem concentrações mais elevadas, porque há menos água corpórea para dilui-los, e fármacos que se dissolvem em gordura acumulam mais, porque há menos tecido adiposo para armazená-los.
– À medida que as pessoas envelhecem, os rins são menos capazes de excretar drogas na urina, e o fígado é menos capaz de modificar (metabolizar) muitas drogas. Assim, os fármacos são mais lentamente removidos do corpo.
– As pessoas mais maduras, geralmente, utilizam mais drogas e têm mais distúrbios.
– As pessoas que administram mais drogas têm um maior risco de interações medicamentosas.
– Menos estudos foram feitos em pessoas mais maduras para ajudar a identificar doses apropriadas das drogas.
– As pessoas mais maduras são mais propensas a terem doenças crônicas que podem ser agravadas por drogas ou que podem afetar o modo como as drogas funcionam.
Devido a essas mudanças relacionadas à idade, muitas drogas tendem a permanecer no corpo de uma pessoa mais madura por muito mais tempo, prolongando o efeito da droga e aumentando o risco de efeitos colaterais.
Portanto, as pessoas mais maduras, muitas vezes, precisam tomar doses menores de certos medicamentos ou talvez um número menor de doses diárias.
Por exemplo, a digoxina, uma droga usada para tratamento de determinadas desordens do coração, dissolve-se na água e é eliminada pelos rins. Devido a quantidade de água no corpo diminuir e, os rins funcionarem menos, concentrações de digoxina no corpo pode ser aumentada, resultando em um maior risco de efeitos colaterais (como náuseas ou ritmos anormais do coração).
A fim de evitar esse problema, os médicos podem usar uma dose menor. Às vezes, outras drogas podem ser utilizadas como substitutas.
As pessoas mais maduras são mais sensíveis aos efeitos de muitas drogas. Por exemplo, estas pessoas tendem a tornarem-se mais sonolentas e são mais propensas a ficarem confusas ao usar drogas ansiolíticas (calmantes).
Algumas drogas anti-hipertensivas tendem a diminuir a pressão arterial em maior intensidade em pessoas mais maduras do que em pessoas mais jovens, produzindo tonturas e quedas.
Muitas drogas usadas, geralmente têm efeitos anticolinérgicos. Estes fármacos incluem alguns antidepressivos (amitriptilina e imipramina), muitos anti-histamínicos (tais como difenidramina, contidos em auxiliares para tratamento de insonia, e anti-alérgicos) e muitos antipsicóticos (como clorpromazina e clozapina).
As pessoas mais maduras, particularmente aquelas com deficiência de memória, são mais suscetíveis aos efeitos anticolinérgicos, que incluem confusão, visão turva, prisão de ventre, boca seca e dificuldade para urinar.
Alguns efeitos anticolinérgicos, como redução do tremor (como no tratamento da doença de Parkinson) e redução de náuseas, são desejáveis, mas a maioria não.
Um fármaco pode ter um efeito secundário indesejável porque interage com:
– Um distúrbio, sintoma ou condição diferente daquela para a qual o fármaco está sendo utilizado (interação droga-doença)
– Outra droga (interação droga-droga)
– Alimentos (interação droga-alimento)
– Uma erva medicinal (interação medicamentosa com ervas medicinais)
Devido ao fato das pessoas mais maduras terem maior probabilidade de apresentarem mais doenças e administrarem mais medicamentos do que as pessoas mais jovens, elas são mais propensas a terem a interação droga-doença e interações droga-droga.
Em muitas interações entre fármacos e doenças, a utilização de um medicamento pode agravar um distúrbio, sintoma ou condição.
Pacientes, médicos e farmacêuticos podem tomar medidas para reduzir o risco da interação droga-doença e interações medicamentosas.
Como os medicamentos que não necessitam de prescrição médica e as ervas medicinais podem interagir com outras drogas, as pessoas devem perguntar ao seu médico ou farmacêutico sobre a combinação do uso dessas drogas com os medicamentos prescritos.
Não seguir as instruções de um médico para utilizar um medicamento pode ser arriscado.
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