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O que é a Doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma doença neurológica que causa morte de células cerebrais, levando a perda de memória e declínio cognitivo. É o tipo mais comum de demência, representando 60 a 80% de todos os casos de demência em países desenvolvidos.

A doença de Alzheimer é uma doença neurológica que causa morte de células cerebrais, levando a perda de memória e declínio cognitivo. É o tipo mais comum de demência, representando 60 a 80% de todos os casos de demência em países desenvolvidos.

Em 2013, 6,8 milhões de pessoas nos EUA foram diagnosticadas com demência. Destes, cinco milhões tiveram um diagnóstico de doença de Alzheimer. Até 2050, espera-se que os números dupliquem.

Alzheimer é uma doença neuro degenerativa. No início, os sintomas são leves, mas eles se tornam mais graves ao longo do tempo.

A doença de Alzheimer caracteriza-se, na avaliação do tecido cerebral, pela maciça perda sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral. As características histopatológicas presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer incluem depósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos sanguíneos, associados a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da proteína tau e formação de novelos neurofibrilares (NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação.

As placas  neurais pertencentes ao sistema colinérgico e suas conexões são preferencialmente atingidas na Doença de Alzheimer.

Características da doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer ocorre quando as placas de uma proteína denominada beta amilóide se acumulam no cérebro.

À medida que os sintomas pioram, torna-se mais difícil para as pessoas lembrar eventos recentes, raciocinar e reconhecer pessoas que conhece.

Com a evolução da doença, o portador de Alzheimer irá precisar de assistência em tempo integral.

Para receber um diagnóstico de doença de Alzheimer, a pessoa deve apresentar declínio na função cognitiva ou comportamental e no desempenho. Este declínio deve interferir na capacidade executar ações no trabalho ou nas atividades habituais, ou seja interferir na realização da AVDs (Atividades da Vida Diária).

O declínio cognitivo deve ser visto em pelo menos duas de cinco áreas:

  1. Capacidade reduzida de receber e lembrar novas informações, que podem levar, por exemplo, a: – Perguntas repetitivas ou conversas;

– Não lembrar onde deixou objetos pessoais;

– Esquecer eventos ou compromissos;

-Perder-se  em locais conhecidos.

  1. Deteriorações ao raciocínio, tarefa complexa e exercício do julgamento, por exemplo:

– Pobre compreensão dos riscos relacionados à segurança;

– Incapacidade de gerenciar finanças;

– Incapacidade em tomar decisão;

– Incapacidade de planejar atividades complexas ou sequenciais

  1. Dificuldade em habilidades visuo espaciais que não são, devido a problemas de visão. Estes poderiam ser:

– Incapacidade de reconhecer pessoas ou objetos comuns;

– Incapacidade em executar um procedimento como lavar louça, abrir porta, dirigir.

  1. Dificuldade de fala, leitura e escrita, por exemplo:

– Dificuldade em lembrar palavras comuns, hesitações na fala;

– Erros de pronuncia, ortografia e escrita.

  1. Mudanças na personalidade e no comportamento, como:

– Mudanças de humor, incluindo agitação, apatia,  isolamento social ou falta de interesse, motivação e iniciativa

– Perda de empatia

– Comportamento compulsivo, obsessivo ou socialmente inaceitável

Se o número e a gravidade dos sintomas confirmarem a demência, os seguintes fatores podem confirmar a doença de Alzheimer:

– Início lento e gradual, ao longo de meses a anos, em vez de horas ou dias;

– Piora da cognição do indivíduo em áreas específicas.

A doença de Alzheimer tem como característica  perda de memória na forma de um sintoma proeminente, especialmente na área de aprendizagem e lembrança novas informações.

Problemas de linguagem também pode ser um sintoma inicial chave, por exemplo, dificuldade para encontrar as palavras certas.

Doença de Alzheimer de início precoce

A doença de Alzheimer familiar de início precoce pode afetar pessoas mais jovens com antecedentes familiares da doença, tipicamente entre as idades de 30 e 60 anos e representa menos de 5% de todos os casos de Alzheimer.

Diagnóstico

Não existe um teste único para a doença de Alzheimer, profissionais de saúde analisarão os sinais e sintomas, levantando a história médica e descartando outras condições antes de um diagnóstico.

Vão ser feitas análises da função neurológica com a avaliação do  equilíbrio, sentidos e reflexos.

Outras avaliações podem incluir um exame de sangue ou urina, tomografia e ressonância magnética do cérebro e investigar depressão.

Às vezes, os sintomas da demência estão relacionados a uma desordem hereditária, como a doença de Huntington, onde um teste genético pode ser feito para exclusão.

Depois de descartar outras condições possíveis, podem ser realizados testes cognitivos e de memória, para avaliar a capacidade do indivíduo em pensar e lembrar.

Avaliação cognitiva

Para o  diagnóstico de doença de Alzheimer, os seguintes sinais e sintomas devem estar presentes e serem graves o suficiente para afetar as atividades diárias:

– Perda gradual de memória

– Comprometimento cognitivo progressivo

Em alguns casos, o teste genético pode ser apropriado. Neste caso a presença de um gene conhecido como APOE-e4 (apolipoproteína do tipo E)  e está associado a um risco maior de pessoas com mais de 55 anos de desenvolverem a doença de Alzheimer.

A presença do gene apoE4 no braço longo do cromossomo 19 esteve associada a fatores de risco significativos para a doença de Alzheimer. A herança do gene da apoE4 eleva em até quatro vezes o risco para desenvolvimento da doença de Alzheimer, e esse risco aumenta ainda mais se o paciente herdar o alelo dos pais.

Este teste genético pode indicar a probabilidade de alguém ter ou desenvolver a doença. No entanto, o teste é controverso, e os resultados não são totalmente confiáveis.

No futuro, testes biológicos emergentes podem possibilitar a avaliação de biomarcadores em pessoas que correm risco de doença de Alzheimer.

Tratamento

Não existe uma cura conhecida para a doença de Alzheimer. A morte das células cerebrais não podem ser revertidas.

No entanto, existem intervenções terapêuticas podem facilitar a vida das pessoas com a doença.

De acordo com a Associação de Alzheimer, os seguintes são elementos importantes no  cuidado ao portador de demência:

– Gestão eficaz de quaisquer condições que ocorram em decorrência da doença;

– Envolvimento em grupos de apoio e serviços;

– Terapêutica medicamentosa;

Não há medicamentos modificadores da doença disponíveis para a doença de Alzheimer, mas algumas opções podem reduzir os sintomas e ajudar a melhorar a qualidade de vida.

Os inibidores da colinesterase são utilizados para minimizar os sintomas da doença, entre eles estão:

Donepezil (Aricept)

Rivastigmina (Exelon)

Um tipo diferente de fármaco, memantina (Namenda), um antagonista do receptor NMDA, também pode ser usado, sozinho ou em combinação com um inibidor da colinesterase.

Outra terapia

A necessidade de cuidado é um fator  importante, uma vez que a pessoa se torna menos capaz de viver de forma independente.

Fatores de risco

– Envelhecimento

– História familiar de Alzheimer

Fatores modificáveis ​​que podem ajudar a prevenir a doença de Alzheimer incluem:

– Exercitar-se regularmente;

– Manter o sistema cardiovascular saudável;

– Gerenciar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, tabagismo e pressão arterial elevada;

– Fazer uso de dieta variada e saudável;

– Treinamento cognitivo.

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Fonte:

1.SERENIKI, Adriana; VITAL, M. A. B. F. A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul, v. 30, n. 1 supl 0, 2008.

2.DE SÁ CAVALCANTI, José Luiz; ENGELHARDT, Eliasz. Aspectos da fisiopatologia da doença de Alzheimer esporádica. Rev Bras Neurol, v. 48, n. 4, p. 21-29, 2012.

  1. APRAHAMIAN, Ivan; MARTINELLI, José Eduardo; YASSUDA, Mônica Sanches. Doença de Alzheimer: revisão da epidemiologia e diagnóstico. Rev Bras Clin Med, v. 7, n. 6, p. 27-35, 2009.
  2. FERREIRA, Ana Paula Moreira et al. DOENÇA DE ALZHEIMER. Mostra Interdisciplinar do curso de Enfermagem, v. 2, n. 2, 2017.
  3. VIEIRA, Jéssica Soraia Basílio. A atenção dividida na fase inicial da doença de Alzheimer. 2017. Tese de Doutorado.

 

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