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Refém do tempo

No auge de minha juventude, aos 17 anos, conversando com um sábio professor que já estava na idade madura, reclamei que o tempo não passava, queria fazer 18 anos, mas parecia que o tempo havia parado e nunca chegaria meu aniversário.

Queria poder ir a bailes, entrar em boates, tirar a carteira de motorista, ver filmes proibidos para menores, tantas coisas que me pareciam distantes, pois, ainda não havia atingido a idade da libertação, era como eu pensava.

Meu sábio professor então disse me: “Não tenha pressa, aproveite sua juventude, pois quando chegamos a maturidade o tempo passa tão depressa, que muitas vezes nem percebemos”…

Esse conselho, ficou durante muito tempo em minha mente, e a medida que o tempo passou. e atingi a maturidade, descobri que não devemos ser reféns do tempo, nem devemos barganhar com ele.

O tempo é cruel e impecável, não volta atrás, ele nos manipula e nos dirige por caminhos que muitas vezes não queremos seguir, mas podemos ser aliados do tempo e vocês podem me perguntar de que forma “ Bem vou dar algumas dicas, que segui ao longo da vida,

Quem sabe fazer do tempo um tesouro valioso, não devemos contar os dias como mais um e sim como dias especiais;

Viver cada minuto como uma benção, respirar fundo e sentir o aroma da manhã, poder olhar o por de sol como se fosse único, fechar os olhos e escutar a cantoria dos passarinhos como uma sinfonia, molhar os cabelos na brisa da tarde;

Ver nossos filhos crescerem e a cada sorriso deles, ter a certeza, de que vida, de fato valeu a pena;

Poder chorar quanto tristeza vier, mas ter a certeza que logo após a alegria vai voltar, fazer o tempo sentir inveja de ver tanta vida que há em mim.

Assim, quando meu tempo acabar, eu terei certeza que não perdi o “tempo”…

Aproveitei dele, “tempo”, o máximo que pude e quando for prestar contas com ele, o “tempo”, talvez sorria para mim, e eu lhe direi: “Fui feliz… Posso ir tranquila porque fui dona do meu TEMPO”…

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