Um conceito, nem tão novo assim, é utilizado na Nutrição quando queremos nos referir a alimentos que favorecem ou não o processo inflamatório em nosso organismo.
Além disso, esses alimentos, também, estimulam o sistema imunológico, contribuindo para que o organismo se torne mais resistente contra diferentes doenças como, por exemplo, as gripes.
Os alimentos classificados como anti-inflamatórios são ricos em vitamina C, compostos antioxidantes e ácidos graxos ômega 3.
Podemos citar alguns exemplos:
– Condimentos:
O alho e cebola são ricos em compostos antioxidantes como a alicina e quercetina, respectivamente.
Já o manjericão, o cravo e canela são fontes de eugenol, que é o principal componente do óleo essencial dessas especiarias.
A cúrcuma, curry e mostarda apresentam curcumina enquanto as pimentas apresentam, além do beta caroteno, tem capsaicina que estimula a oxidação de gorduras e o aumento do gasto energético.
– Frutas cítricas (limão, laranja, acerola, abacaxi, etc.):
São fontes de vitamina C que é reconhecida por seu efeito antioxidante, ou seja, combate os radicais livres formados pelo organismo. Além de favorecer o fortalecimento do sistema imunológico.
– Frutas oleagionosas:
Castanhas e nozes são ricas em gorduras vegetais e pobres em gorduras animais, sendo importantes fontes de proteína vegetal, fibra dietética e minerais como o selênio, que possui ação antioxidante.
Além disso, possuem fitoesteróis que conferem efeito protetor contra as doenças cardiovasculares e o câncer.
– Frutas vermelhas (morango, framboesa, amora, gojiberry, blueberry ou mirtilo):
São ricas em flavonoides como as antocianinas, conhecidas por sua capacidade antioxidante.
– Hortaliças crucíferas:
Representam esse grupo de alimentos, o brócolis, a couve flor e a couve de Bruxelas.
Seus efeitos protetores contra o câncer são atribuídos aos isotiocianatos que tem a capacidade de inibir as enzimas fase I, responsáveis pela bioativação de carcinogênicos que induzem as enzimas fase II de desintoxicação.
– Peixes e sementes ricos em ácidos graxos ômega 3:
O atum, o salmão e a sardinha, assim como a linhaça são riquíssimos em ácidos graxos ômega 3, o que favorece a prevenção de doenças cardiovasculares.
Além disso, é um componente essencial para o desenvolvimento de retina e do cérebro, sendo essencial seu consumo na gestação e infância.
Estudo realizado por Kramer, em 2000, demonstrou, ainda, que o ômega 3 teria ação na redução dos sintomas de dor nas articulações causados pela artrite reumatoide.
Para se observar os efeitos protetores de todos esses alimentos, deve-se ingeri-los regularmente como parte de uma alimentação variada e equilibrada.