Estudo o processo de envelhecimento há mais de 20 anos.
E, apesar de tanto tempo que passei pesquisando, estudando e tentando compreender este processo, cada dia mais me certifico que pouco sei.
São tantas informações novas que surgem a cada dia e tantas mudanças, que percebi a medida que envelheci, ou seja vivi e vivo na prática tudo aquilo que aprendi.
O mais interessante nisso tudo, é que eu acho magnífico e transformador este processo – muitas pessoas, podem achar que não é, e devemos aceitar e respeitar, cada um, com sua opinião.
No meu ponto de vista, a transformação do envelhecer não ocorreu apenas com meu corpo, ou seja, percebido através das mudanças em minha imagem corporal. As transformações foram muito mais profundas no meu modo de ser e de perceber o mundo a minha volta.
Por exemplo:
Percebi que a vida é bela e deve ser vivida plena e de forma lenta sem pressa, sem ansiedade, deve ser saboreada como um prato bem gostoso à fim de que nossos sentidos possam ser exercitados e estimulados em toda sua essência.
Também notei que envelhecer me deixou mais crítica do que eu já era, mas isso foi bom, pois pude ser mais seletiva com minhas escolhas e minha experiência me permitiu errar menos, ou pelo menos tentar.
Aprendi que perdoar é necessário, e que a mágoa envelhece a tristeza adoece e a raiva consome o corpo e alma.
Entendi que paciência é necessária, correr não adianta – nos faz incorrer no erro. Pois como dizia meu saudoso pai: “O apressado come cru”. E, eu adoro um bife bem passado.
Ter plena consciência dos meus erros e que não devo culpar ninguém por eles, a não ser a mim mesma, afinal a escolha foi minha – e olha que errei muito – mas a vida é assim, feita de tentativas, erros e acertos, errando é que a gente aprende – pelo menos eu acho.
Pude entender o significado da palavra “amor” quando fui mãe, e evito usa-la atualmente, por qualquer motivo, pois agora sei o real significado.
Descobri a importância de dar valor a pequenas coisas, atitudes, gestos e sentimentos pois é isso que ficará em nossas lembranças.
Modifiquei minha essência, sem deixar de ser eu mesma, continuo tendo os mesmos valores mas, sem tanto radicalismo, aceito opiniões, escuto conselhos – as vezes até sigo – penso muito antes de agir me tornei menos impulsiva.
Nossa quanta coisa boa aprendi!!!
Sendo assim, não consigo deixar de achar encantador o amadurecimento.
Estou pronta para vida.
Que ela venha pro que der e vier.
E, estou aqui, plena e pronta, para viver este momento único e encantador chamado maturidade.