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Os sintomas de ansiedade aumentaram durante a pandemia de acordo com o Google Trends

Uma pesquisa recentes nos Estados Unidos, descobriu que as buscas buscador Google por ‘preocupação’, ‘ansiedade’ e técnicas terapêuticas para controlar a preocupação e a ansiedade aumentaram durante a pandemia.

A pesquisa, foi apresentada como um comentário na revista Psychological Trauma: Theory, Research, Practice, and Policy , destaca o fardo que a pandemia COVID-19 colocou não apenas na saúde física, mas também em sua saúde mental da sociedade.

COVID-19 e saúde mental

COVID-19 teve um efeito extremamente mórbido nas pessoas. O mundo está se aproximando a 1 milhão de mortes pela doença. E alguns dos que se recuperaram dos efeitos iniciais do vírus, continuam a sofrer sintomas a longo prazo,   que ainda não foram totalmente compreendidos.

Uma vez que os efeitos colaterais da doença comprometem o sistema de saúde, como por exemplo, unidades de cuidados intensivos sobrecarregadas, prolongando o tempo de tratamento para pessoas com outras doenças graves – fica claro que a pandemia teve um efeito devastador na saúde das pessoas em todo o mundo.

Porém, assim como a saúde física, também está ficando claro que a pandemia está afetando significativamente a saúde mental da população.

No início da pandemia, houve relatos de que a saúde mental das pessoas estava piorando, incluindo indivíduos  com problemas de saúde mental pré-existentes ou indivíduos sãos. Com o passar do tempo, inúmeras pesquisas começaram a corroborar esses relatos.

No presente estudo, os pesquisadores queriam explorar uma forma alternativa de determinar os efeitos da pandemia na saúde mental: e resolveram analisar as solicitações de pesquisa do Google.

O Google Trends permite que qualquer pessoa veja os termos de pesquisa que as pessoas usam para várias populações, global e localmente. De acordo com os pesquisadores do estudo as palavras utilizadas nos sites de busca, refletem desejos de informações sem censura, pois não tem preconceitos das pesquisas de autorrelato tradicionais.

Diversos estudos com foco em ciências da saúde já  utilizaram dados do Google Trends em estudos, e os pesquisadores do presente estudo queriam ver como isso poderia ser eficaz no contexto da saúde mental na atual pandemia.

Para fazer isso, acessaram os termos de pesquisa semanais dos EUA de 21 de abril de 2019 a 21 de abril de 2020.

 

As pesquisas relacionadas a preocupação e ansiedade aumentaram

Ao comparar os termos de pesquisa pré e pós-pandemia, os pesquisadores foram capazes de identificar quatro temas relevantes.

Em primeiro lugar, após o anúncio da pandemia, os termos de pesquisa relacionados com ‘preocupação’ aumentaram significativamente. Esses termos incluem ‘preocupação’, ‘preocupação com a saúde’, ‘pânico’ e ‘histeria’.

Em segundo lugar, as pessoas passaram a pesquisar sintomas de ansiedade, que aumentaram após a enxurrada inicial de termos de pesquisa relacionados a preocupação.

Em terceiro lugar, os pesquisadores não observaram um aumento significativo em outros termos de pesquisa de saúde mental, como depressão, solidão, ideação suicida ou abuso de substâncias.

Em vez de interpretar isso para sugerir que essas questões não aumentaram, os autores especulam que as pesquisas das pessoas relacionadas a essas questões podem ocorrer mais tarde, ou que elas podem utilizar melhor as técnicas de autocuidado a respeito delas.

Por fim, os pesquisadores notaram que as pessoas não apenas procuravam, compreensivelmente, por mais terapia online do que pessoalmente, mas também por técnicas de terapia para lidar com os sintomas de ansiedade.

Os usuários fizeram isso com termos de pesquisa como ‘respiração profunda’ e ‘meditação de varredura corporal’.

Para o pesquisador chefe do estudo,  análises logo após a declaração da pandemia são a ponta do iceberg e sugere que, continuando a rastrear os dados do Google Trends, os órgãos de saúde pública podem ser capazes de identificar melhor as necessidades de saúde mental das pessoas mais rapidamente, reduzindo os efeitos psicológicos da pandemia.

Fonte:

https://doi.apa.org/fulltext/2020-59192-001.html

Créditos de imagem:

https://doi.apa.org/fulltext/2020-59192-001.html

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